E lá vai mais uma postagem atrasada...rs. Desta vez, sobre dois vinhos apreciados na companhia dos amigos Akira e Carlão. O Akira levou o espanhol Wences 1998, vinho top das Bodegas Vega Saúco. O vinho é da região de Toro, que tem se destacado nos últimos anos por gerar repetidamente, grandes safras. Ele leva o nome do fundador da Bodega, Sr. Wences Gil, é feito com Tempranillo (80%) e castas nativas (finca experimental "La Cascajera" - 20%). Maturou 22 meses em barricas de carvalho americano e francês (pequena porcentagem). Ao nariz mostrava notas de fruta madura, com destaque para a cereja preta e ameixa, em meio a notas especiadas (alcaçuz e cravo), além de tabaco e couro. Em boca, muita maciez aportada pela idade, acidez ainda presente, taninos sedosíssimos e final longo, levemente tostado. Um Toro domado pelo tempo. Belíssimo vinho, com muita categoria. Um prêmio para apreciadores pacientes.
E ao seu lado, um outro ibérico, agora lusitano, levado por este que vos escreve, o Quinta de Pancas Reserva 2001. Mais um vinho devidamente amaciado pelos anos. O vinho, da região de Estremadura (atual Lisboa) foi feito com Cabernet Sauvignon, Aragonês, Syrah e Touriga Nacional e maturou 10 meses em barricas de carvalho francês (80%) e americano (20%). O nariz mostrava frutas maduras, com destaque para o cassis e cereja, em meio a tabaco e chocolate. Em boca, muito redondo, com taninos muito macios e final duradouro. Outro vinho muito elegante e que confirma o potencial de envelhecimento dos vinhos feitos pela Quinta de Pancas. Até hoje, não bebi um vinho dessa vinícola que não tenha me dado prazer.
Isso aí, pessoal! Dois ibéricos mais velhinhos e em perfeitas condições, que nos deram muita alegria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário