segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Confraria no Barone: Gibbston Valley Pinot Noir 2004, Sela 2008 e um replay de A-Crux blend 2003

Nessa última quinta-feira voltamos ao Restaurante Barone para beber bons vinhos. Estávamos apenas o Caio, JP e eu. 
Começarei pelo que levei, o neozelandês Gibbston Valley Pinot Noir 2004. Comprei este vinho na promoção da Vinci. O preço cheio é salgadinho, como conhecido para bons vinhos da Nova Zelândia. O vinho passa um pouco menos de um ano em barricas francesas (20%) novas. A cor é bem bonita, brilhante, e o nariz muito vivo, com notas de amoras e especiarias. Parecia muito promissor. No entanto, em boca o negócio pegou. A fruta era boa, o vinho saboroso, mas a acidez estava acima da conta. Dava pontadas na língua. E não melhorou com o tempo. Não parecia um vinho de quase 10 anos. Estava pegado e sem a finesse típica da Pinot Noir. Estranho para um Pinot Noir neozelandês, que juntamente com aqueles do Oregon, são os que mais se aproximam dos borgonheses. O JP mencionou que lembrava um sulafricano, mas mais vivão e menos doce. Era a acidez exagerada, que inclusive, não fez muito bem para meu estômago. Eu esperava mais desse vinho, sem dúvida. No catálogo da Vinci mencionam que é vinho pede mais tempo em garrafa que os outros do mesmo produtor. No entanto, não sei se o tempo lhe amansará.
O Caio levou um espanhol, das Bodegas Roda. Na semana anterior havíamos apreciado um Roda I, seu irmão maior. O Sela 2008 é o de entrada da vinícola e este foi elaborado com 96% Tempranillo e 4% Graciano, com passagem de 12 meses por carvalho. É um Riojano mais moderno, no qual a madeira dá lugar à fruta, que é bem viva. Ao nariz mostra notas de cereja e groselha, florais e cravo. Em boca, repete o nariz, mostra muito frescor e taninos redondos e doces. É um vinho muito agradável,  festivo, gostoso, e que agrada a gregos e troianos. Lembrou-me o estilo dos vinhos da Vega Saúco, de Toro. Tinha bom preço para sua qualidade, mas parece que aquele da safra 2009 já veio com um preço mais salgado. É um vinho que custa por volta de 15 Euritos lá na Espanha e que já custou aqui cento e poucos reais. Agora está perto de 200 e em alguns lugares, mais que isso. Aí não dá!
E o JP, levou um vinhão. Um Argentino com alma espanhola, como já citei aqui. Era um replay do A-Cruz Blend 2003. Nem vou gastar muitas linhas com esse vinho. Alguns deles já pintaram aqui no blog e este 2003 já nos foi levado também pelo confrade Rodrigo. Se o leitor quiser saber mais detalhes, clique aqui. Só não posso deixar de mencionar novamente: Um vinhaço que qualquer amigo gostaria de ganhar como presente! O tempo passa e o vinho parece indestrutível. Delicioso!

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