quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Dois espanhóis e dois chilenos: Hacienda Monasterio 2008, Beronia Gran Reserva 2005, Montes Alpha Pinot Noir 2009 e Sol de Sol Pinot Noir 2008

A noite estava quente e estávamos inclinados a levar brancos para a reunião da confraria no restaurantes Chez Marcel. No entanto, furou e dois de nós levamos Pinot Noir e dois outros, tintos espanhóis.
O Caião levou um clássico Montes Alpha Pinot Noir 2009. Ele gosta muito do estilo do vinho, maduro e com bastante fruta. O vinho era quente, com notas de cereja e goiaba, em meio a um toque tostado. Em boca repetia o nariz, tendia para o doce e deixava um final levemente herbáceo. Não é do tipo de Pinot Noir que eu aprecie muito. Prefiro os menos frutadões. Este Montes Alpha é um representante fiel do estilo dos Pinot Noir chilenos.
Eu levei um embrulhado, para matar a cisma com este Sol de Sol Pinot Noir 2008. Da outra vez ele não deixou boa impressão (clique aqui). Dessa vez, deixei respirando mais tempo em casa antes de levar e ele melhorou. Às cegas, o pessoal não malhou tanto, mas notou seu lado seco e falta de fruta. Eu achei melhor que da outra vez e notei que ele acompanha muito bem comida. No entanto, ao contrário do Montes Alpha anterior, que a meu ver peca pelo excesso, este peca pela falta de de fruta. E é só um totózinho. Se tivesse um pouquinho mais... Eu ainda boto fé nas futuras safras deste vinho.
Migrando para os espanhóis, o levado pelo JP foi um Hacienda Monasterio 2008. Havíamos provado um 1999 há algum tempo e que estava ótimo. Este 2008, que é da linha Cosecha, estava uma delícia. Bem, a vinícola tem como enólogos Carlos de La Fuente e Peter Sisseck (Domínio Pingus) e dela espera-se coisa boa. O vinho é feito com 80% Tempranillo e pitadas de Merlot e Cabernet Sauvignon. A fermentação é feita por leveduras da própria uva e o vinho matura 20 meses em barricas de carvalho francês. Os aromas de frutas, como a ameixa e cassis, se mesclam a notas de especiarias, como o alcaçuz e canela. Em boca é mineral e destaca-se pela suavidade. Os taninos são muito sedosos. Vinho redondinho, redondinho. Delicioso! Para mim, o destaque da noite.
E para finalizar, nosso confrade Rodrigo levou um Beronia Gran Reserva 2005. Eu considero os Beronia riojanos de ótima relação custo benefício. Oferecem bastante pelo preço. Já passaram por aqui os Gran Reservas 1995 e 2001. Esse 2005 não ficou atrás. Só lhe achei mais maduro e um pouquinho mais doce que os seus irmãos. Mas a qualidade estava lá. O vinho mostra notas de cereja madura, ameixa e tostadas, em meio a um toque de casca de laranja. Os taninos estão já redondinhos e o vinho é muito sedoso. Tudo certinho! Novamente, um ótimo Beronia.
Bem, é isso aí!

2 comentários:

  1. Flávio,

    Prove o 2009, tenho certeza que você vai gostar!

    abraços,

    Alexandre/DF

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu Alexandre! Provarei, sem dúvida! O 2008 já indica um bom caminho da Aquitânia. Às cegas, um amigo comentou: "Este é o tipo de vinho que você gosta, mais europeu". Outros dois confrades, que não haviam gostado da primeira vez, foram mais "amáveis" com o vinho, e um deles citou que se fosse para comprar, preferia ele ao Montes Alpha... Bom sinal! rsrs. Bem, isso foi às cegas... Logo que desembrulhei e mostrei que era o Sol de Sol, começaram a descer a lenha, para não darem o braço a torcer...kkkk.
      Espero que o 2009 chegue logo por aqui.
      Abração,
      Flavio

      Excluir