domingo, 30 de agosto de 2015

Quinta fria, com bons vinhos: Brunello Il Poggione 2009, Chianti Classico Riserva La Selvanella 2010, Montes Alpha Cabernet Sauvignon 2009, Dominican Oaks Zinfandel 2010 e Celeste Crianza 2011


 Com esse inverno atípico que estamos tendo é bom aproveitar as poucas noites mais frias. Essa última quinta-feira era uma delas e pediu vinhos com mais corpo. Vários confrades deram o cano, mas os que foram, levaram coisa boa, como geralmente acontece.
O Caião chegou com um Brunello di Montalcino Il Poggione 2009 debaixo do braço. Promessa de boas taças, o que se concretizou. O vinho, apesar de novo, estava já pronto para ser apreciado. Claro que no começo estava um pouco nervoso, mas com o tempo foi se abrindo em belas notas de cereja bem madura, terrosos, tabaco e mentol, em um fundo tostado bem legal. No estilo de seu irmão de 2006, mas menos intenso que ele. Em boca, repetia o nariz e mostrava taninos firmes e um final longo e balsâmico. Esquentou a noite, claro! Il Poggione não decepciona. 
O segundo da foto foi levado por este que vos escreve, e era um Chianti Classico Riserva Vignetti la Selvanella 2010. O vinhedo da fattoria Il Selvanella é propriedade da conhecida Melini. Ele foi um dos 50 vinhos do ano da Decanter em 2014 e figurou também em segundo lugar em um painel de Chianti Classico 2010, com 95 pontos. O vinho deixa as marcas da Sangiovese logo na primeira fungada. Tem aromas intensos de cerejas e frutos silvestres, em meio a couro, chá e especiarias. Em boca é fresco e com final longo e especiado. Os taninos e acidez indicam longa vida pela frente. Uma belezinha que comprei a um ótimo preço em uma daquelas queimas da Wine, que a gente tem que ficar de olho, pois às vezes pinta coisa bem legal. 
O terceiro da foto, levado pelo JP, dispensa apresentações. Era um Montes Alpha Cabernet Sauvignon 2009. Os Montes Alpha frequentaram bastante as taças da confraria, mas fazia tempo que não pintava um Cabernet. Esse 2009 estava no ponto! Os aromas típicos de um CS chileno tinham como destaque o cassis bem maduro, um toque achocolatado, pimenta do reino e o pimentão que não suplantava a fruta. Em boca estava muito macio, com taninos devidamente arredondados e um final dominado pelo cassis e chocolate. Cabernet Sauvignon de manual, como dizem por aí... Muito bom!
O penúltimo vinho era um Dominican Oaks Zinfandel 2010, californiano do Napa Valley levado pelo Rodrigo. Um típico Zin (como dizem os americanos...rs), com notas de framboesas, anis, especiarias doces e um fundo defumado. Em boca repetia o nariz e, apesar daquele toque doce da zinfandel, tinha uma acidez destacada, que compensava o dulçor e fazia com que o vinho não cansasse. Bem, eu não sou muito fã de zinfandel. Gosto de alguns mais envelhecidos. Mas este estava agradável.
E para finalizar, o vinho levado pelo Thiago, que já estava para ganhar um cartão amarelo. Era um Celeste Crianza 2011, espanhol de Ribera del Duero produzido pelo craque Miguel Torres. É o primeiro vinho feito pela família Torres em Ribera, e é produzido a partir de uvas de vinhedos de quase 900 metros de altitude (de onde, segundo a vinícola, quase se pode tocar as estrelas e dar forma às nuvens... Daí o nome e o rótulo). O vinho tinha aromas frutados bem vivos, com notas de ameixa e cereja, em meio a caramelo e notas terrosas. Em boca, repetia o nariz e mostrava corpo médio e uma ótima acidez, que lhe aportava frescor. Os taninos são maduros e o final especiado. Um Ribera típico, que se destaca pela fruta, e que pode ser encontrado a bom preço aqui no Brasil.
Isso aí, pessoal! Noite fria e bons vinhos!


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