Este Naoussa Boutari Grande Reserve 2003 estava em minha adega há alguns anos. Vinho feito com a uva autóctone grega Xinomavro, com envelhecimento de 2 anos em madeira e 2 em garrafa (o Naoussa normal estagia 12 meses). A uva é uma das emblemáticas do país, que tem tradição milenar na produção de vinhos. Aliás, não entendo por que seus vinhos sejam tão pouco apreciados no Brasil. Ainda mais, por que eles têm boa relação qualidade/preço. Os vinhos feitos com a Xinomavro têm fama de ser em longevos e parecidos com aqueles feitos com a Nebbiolo, pela acidez e taninos firmes. Mas confesso a vocês que este vinho me lembrou mais um bom Pinot Noir borgonhês que um Nebbiolo Piemontês. Talvez uma mistura entre eles, não sei. O fato é que, com 14 anos mostrava uma elegância ímpar. Sua cor é muito bonita, cereja, brilhante, lembrando mesmo os vinhos feitos com as uvas supracitadas. Ao nariz, notas de cereja, canela e sous bois, em um fundo terroso e amadeirado muito agradável. Em boca, muito macio, elegante, com taninos sedosos e final especiado. Muitos falam que a uva tem notas de azeitonas e tomate seco, mas não notei muito. Talvez seja uma característica de sua juventude. De qualquer forma, impressões à parte, é um ótimo vinho. E o melhor, pode ser encontrado a bom preço. Não este Grande Reserva, que não tenho visto mais, mas o normal, que tem preço muito justo. Inclusive, o 2009 foi top 100 da Wine Spectator em 2013. Vale a pena experimentar. A propósito, ficou ótimo com um Risoto al Funghi Porcini.
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Foto da vinícola - retirada do site http://www.boutari.gr/en/main.php |
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