segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Caramba! Por que eu insisto em ir a grandes degustações?

Já faz tempo que penso muito antes de ir a degustações fora da cidade de São Carlos. Costumo ir muito a São Paulo em degustações da Mistral, Vinci, World Wine, Qualimpor etc. E confesso que estou cansado. Dá trabalho, cansa e custa ir a degustações. Tem a viagem, o hotel, o preço da própria degustação, refeições etc. Se coloco tudo na ponta do lápis, compraria uma bela garrafa de vinho e beberia tranquilo em casa, sem cansaço ou amolações. Pois é, essas últimas costumam também acontecer. Cito a recente viagem que fiz até São Paulo, para a Feira dos Naturebas. Cheguei em São Paulo em dia de evento na Arena Palmeiras e a rua do hotel onde fiquei estava com trânsito impedido. Transtorno total. Foi meia hora rodando que nem bobo até conseguir chegar no hotel. Já começou a cansar... No evento, realizado em um local muito bonito (Casa das Caldeiras, na Francisco Matarazzo), tive também um contratempo chato. Em um determinado momento, inadvertidamente, fiquei do lado de dentro, entre duas mesas, de olho em uns queijos que uma moça servia. Até que fui abordado por um cidadão que apresentava os vinhos do Louis-Antoine Luyt, que me perguntou de forma irônica se eu era expositor. Eu, obviamente, respondi que não. A partir daí ele começou a me passar um sonoro "pito", dizendo que eu estava no lugar errado, atrapalhando as pessoas, se eu gostaria que fizessem isso comigo blá, blá, blá. Eu fiquei sem entender, pois eu não estava cometendo nenhum crime e certamente saíria rapidamente com uma simples frase educada. Mas tem gente que quer aparecer mais que os produtores e se acha o dono da festa. Fiquei chateado com o negócio. Procuro tratar as pessoas muito bem e, obviamente, gosto de ser tratado assim. Deslocar-me até São Paulo, para levar "pito", é o que faltava...rs. Mais um motivo para eu não ir mais a degustações. 
A feira estava bem cheia. Muita gente, o que dificultava o acesso às mesas dos produtores e expositores. Mas era um pessoal legal, educado e de bom papo. Público seleto! O lugar era bonito e tinha bons vinhos (outros nem tanto, para o meu gosto). E ainda provei bons queijos (menos aquele citado acima...rs) e comi um Choripan de primeira - Delícia! Pude ainda encontrar alguns produtores que queria conhecer pessoalmente, como o Lorenzo Valenzuela, espanhol da Barranco Oscuro (com quem bati um bom papo); o craque Alvaro Espinosa (como um craque daque pode ser tão simples?); Felipe Uribe (Andes Plateau - Gente muito boa!); Manuel Moraga Gutierrez (Cacique Maravilla - Um show de pessoa!) e outros... E ainda revi o simpático e competente Zanini, produtor do Era dos Ventos Peverella, que eu gosto muito. Por fim, encontrei também os amigos blogueiros Luiz Cola e Silvestre Tavares. 
Na próxima postagem eu colocarei fotos e legendas com algumas linhas sobre os vinhos. Não quis colocar nessa para não misturar as bolas.






2 comentários:

  1. Olá,Flavio!
    Grandes degustações por vezes provocam sensações não tão boas. Mas, fazer o quê? São momentos de provar e comparar vários vinhos. O negócio é deixar os mal educados no vácuo e seguir adelante.
    E o preço dos naturebas, merece consideração?
    Grande abraço!

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    Respostas
    1. Grande Alexandre!
      Então, estou cada vez mais cansado das grandes degustações. Estou preferindo comprar um bom vinho e beber em casa...rs. Mas como você disse, é a oportunidade para provar bons vinhos e deixar de lado os mal educados.
      Então, eu acabei não fazendo uma postagem dedicada ao evento, mas tinha vinhos muito bons. Os preços variavam. Os que mais gostei, da espanhola Barranco Oscuro, que eu já conhecia bem, eram os mais caros (mas excelentes). O Antyal também estava ótimo, mas é caro. Mas tinha alguns de bom preço e muito bons. Provei muitos feitos com a uva País, que ainda não havia me impressionado. E gostei bastante de vários. Aqueles Cacique Maravilha são bons, e o produtor é uma pessoa incrível! Alegria pura! Muito bons também os do produtor Roberto Henriquez, que mostrou vários vinhos diferentes feitos com a País. Excelente os Andes Plateau, de Felipe Uribe! Vale a pena experimentar, pois tem bom preço e grande qualidade (tanto o Andes Plateau 700 quanto o 500).
      Abração!
      Flavio

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