quarta-feira, 6 de julho de 2011

E depois de um tinto de 1996, um branco do mesmo ano: Gravonia 1996

E depois de postar sobre um português tinto, de 1996, mantenho minha incursão pela península ibérica, mas agora tratando de um branco de 1996, do produtor espanhol R. Lopez de Heredia, aquele que produz os espectaculares Tondonia. Os vinhos de Lopez de Heredia são preciosidades que não podem faltar na adega daqueles que apreciam riojanos tradicionais. Eles fogem à internacionalização, tem personalidade e tradição. Seus tintos podem envelhecer por décadas, e em sua maturidade têm uma elegância invejável. Mas surpreendente também são seus brancos, com muito tempo de maturação em barrica e em garrafa antes de serem comercializados. Além disso, possuem uma capacidade incrível de envelhecimento. Lembro-me bem do Tondonia Gran Reserva 1987 que apreciei este ano no último Vini Vinci, uma maravilha! 
Este Gravonia 1996 é feito com a uva Viura, e é maturado por 4 anos em barricas de carvalho. Sua cor é linda, um amarelo dourado sedutor. Ao nariz, aromas de frutas secas, casca de laranja, um pouco de mel e amêndoas. Em boca, uma delícia, com presença elegante da madeira, bom corpo e um final muito gostoso.  Excelente para ser apreciado sozinho ou acompanhando uma bela posta de bacalhau, como o Conde de Valdemar fermentado em barricas. Mas atenção: O vinho não deve ser apreciado gelado como brancos leves e sim, por volta de 12-14 graus, temperatura na qual libera seus aromas e manifesta toda sua potencialidade. Quem está acostumado apenas com os vinhos brancos mais comuns, não pode deixar de experimentar os brancos de Lopez de Heredia, pois são vinhos únicos e muito ricos. São comercializados pela Vinci.

2 comentários:

  1. Flavio,

    Esse eu ainda não provei mas o Tondonia Gran Reserva 1981 que tomei, foi uma experiência incrível. A orientação de não tomar muito gelado é imprescindível; os aromas são o grande lance dos vinhos desse produtor, e podem até chocar os desavisados. Esses vinhos casam muito com meu gosto.

    Abraço,

    Eugênio

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  2. Oi Eugênio,
    Realmente, são vinhos únicos, de ficar na memória. É incrível como se mantém vivos por tanto tempo. Além disso, diferentemente da maioria dos brancos, se transformam na taça.
    O legal foi que dois amigos, que não apreciam (ou apreciavam...) muito os brancos, gostaram muito do vinho.
    Grande abraço,
    Flavio

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