Nessa última quinta-feira, na reunião da Confraria do Ciao, levei um clássico e sempre correto Montes Alpha Cabernet Sauvignon 2005. Incrível como ainda está vivo e potente! O tempo lhe amaciou os taninos, mas o danado ainda tá cheião. Ao nariz, notas de ameixa, cassis e pimentão, com aquele fundinho de eucaliptol e grafite. Em boca, tava gostoso, mas foi melhorando muito com o tempo. Sempre bom esse danado!
E do lado dele, um outro Cabernet Sauvignon, levado pelo amigo JP. Só que tratava-se de um argentino, o Trapiche Gran Medalla Cabernet Sauvignon 2007. Duvido que alguém às cegas pudesse acertar se tratar de um Cabernet argentino. Tudo remetia a um ótimo Cabernet chileno. Inclusive, ele estava bem parecido com o colega Montes Alpha ali do lado... Logo ao nariz já mostrava aquelas notas de eucaliptol, que com o tempo foram diminuindo e dando lugar à fruta e um fundinho de grafite. Também aparecia a baunilha e um tostadinho gostoso. Em boca, os taninos ainda suplicam um pouco de tempo, mas o vinho já está perfeitamente apreciável. Com o tempo em taça foi ficando cada vez melhor. Como foi comentado, um degrau acima do Montes Alpha. Muito bom! Para mim, o melhor da noite. Se for apreciá-lo é recomendável decantar por uma hora.
O Caião levou o Olivier Guyot Pinot Noir 2007, adquirido do último Bota-Fora da World Wine (inclusive eu indiquei o danado em minha postagem sobre o Bota-fora). Eu bebi o 2005 tempos atrás e gostei muito, mas este 2007 estava bem diferente. Bem frutado ao nariz, com notas de morango e framboesa. Em boca, repetiva o nariz, mas possuia uma doçura que não agradou muito. E como foi lembrado pelo JP, carecia daquele toque terroso borgonhês. O vinho ficou nem lá, nem cá, ou seja, não parecia nem um borgonha clássico, nem um Pinot do novo mundo. Embora correto, não agradou muito. Mas pode agradar aqueles que gostam do Pinot mais doce, tendendo para o novo mundo. Faço aqui "mea culpa", pois fui eu quem indiquei para o Caião...
O amigo Rodrigo levou um espanhol que ainda não conhecíamos. Faz parte daquela turma de espanhóis que a Grand Cru está comercializando, que têm bom preço e boas notas de nosso amigo Parker. Era um Milcampos Tempranillo 2009, de Ribera del Duero. Mas era difícil dizer que era Tempranillo. Mostrava ao nariz notas tímidas de frutas vermelhas, com um fundinho de alcaçuz doce e especiarias. Em boca era bem leve, meio doce, fácil de beber. Não é do tipo que eu gosto, principalmente em se tratando de espanhóis. Mas tem seu público. No entanto, em sua faixa têm vários com maior presença.
E a noite foi finalizada com um Shiraz australiano levado pelo amigo Tom, o Peter Lehmann Shiraz 2008. Um típico australiano, com muita fruta madura, compotada (ameixa), chocolate e aquele fundinho especiado. Em boca era de médio corpo e com taninos bem redondos. Um bom vinho, redondo, que poderia ser só um pouquinho menos compotado.
E foi isso! Até a próxima! Ah, e espero que com a presença do amigo Paolão, que tá fazendo uma falta danada.
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