segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Campo Ardosa 2004, Viticcio Riserva 2007, Crognolo 2007, Pulenta XI Gran Cabernet Franc 2008 e Carlos Basso Signature Blend 2005 - Na Confraria do Ciao

Nessa última quinta-feira a reunião foi na cozinha do Tom, que nos brindou com belos assados, como sempre (e um arroz de cair o queixo...). 
O Caião levou o vinho que a turma, incluindo eu, considerou o destaque da noite. Fico feliz, pois fui eu quem lhe indicou... rs. Era um Campo Ardosa 2004, da Duriense Quinta da Carvalhosa, adquirido no Bota-Fora da World Wine por menos da metade do preço. O nome do vinho vem da presença da ardósia na região, a qual é utilizada até para construção dos esteios para condução das videiras. Segundo a vinícola, a presença da ardósia no solo dá aos vinhos da região um apelo mineral adicional. O vinho é feito com Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Barroca, de vinhedos que ocupam apenas 8 hectares entre Régua e Pinhão. É um vinho redondo, sedoso, elegante, com notas de amora madura e groselha, e aquele floral típico da Touriga Nacional (mas sem exageros!). Notava-se também especiarias, como a canela. Um vinho muito bom, que facilmente passaria por um bom Bordeaux. Valeu a compra no Bota-Fora.
O JP levou aquele que considero um dos melhores Cabernet Franc do cone sul, o Pulenta XI Gran Cabernet Franc 2008. Apesar de novo, estava perfeitamente apreciável. Ao nariz, aquelas notas de frutas mescladas a azeitonas pretas e pimenta do reino, com leve grafite ao fundo. Com o tempo as notas apimentadas foram diminuindo e a fruta compotada foi aparecendo mais, lembrando ameixa preta seca. Em boca, potente, denso, com final longo e taninos corretos. Vai melhorar com os anos, mas já estava muito bom o danado.
O Fernandinho levou um belo Chianti Clássico Riserva, que sempre tá ali presente nos top 100 da WS. Foi um Viticcio Riserva 2007. No começo ele estava brigão, italianão com aquela pegada típica. Mas com o tempo em taça foi mostrando suas qualidades. Ao nariz mostrava groselha e chá, em meio a notas florais e especiadas. Em boca, muito gostoso, amplo, e com aquela acidez que o fazia par perfeito para a Bisteca Fiorentina feita pelo Tom. Este Viticcio foi Top 100 da WS em 2010, com 93 pontos.
Nota sobre outra garrafa bebida em 2018: Depois de 11 Anos o vinho ainda está bom, mas a fruta já está diminuindo. O vinho ainda está com ótima acidez e mais seco. Neste estágio, pede ainda mais comida para acompanhar!
Eu levei outro da Bota, o Crognolo 2007, da Tenuta Sette Ponti. Este irmão menor do belo Oreno também é um querido da WS, sendo também top 100, com merecidos 93 pontos (os mesmos do Viticcio 2007).  Vinho rico em frutas, com destaque para a cereja e amora, em meio a cacau e couro novo. Em boca, amplo, intenso e sedoso. Como o Viticcio, ele também pede tempo em taça para mostrar suas qualidades, que são muitas. A propósito, o adquiri com um belo desconto na World Wine Ribeirão Preto. Aliás, tanto o Viticcio (Grand Cru), quanto o Crognolo (World Wine) são belos vinhos, com preços similares e que oferecem muita qualidade.  Bem, não precisa nem dizer que sou fã de ambos, precisa?
O amigo Rodrigo levou um argentino da Viña Amalia, o Carlos Basso Signature Blend 2005. É corte de Malbec, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Syrah, sendo a Malbec majoritária (50%) e a mais presente nos aromas e em boca. O vinho tem aquelas notas de ameixa típicas, com um pouquinho de figo, café com leite e chocolate. Em boca é sedoso, bem redondo, mas tem aquele excesso de doçura que me incomoda um pouco. Falta-lhe um pouco mais de acidez e pegada. Mas acompanhou bem a carne.
Bem, mais uma daquelas belas noites, com ótima comida, bebida e companhias (e muita chuva!!!). Até a próxima!

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