segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Laberinto Sauvignon Blanc 2011: Mineral prá valer!

Tempos atrás postei aqui no blog sobre o Laberinto Cabernet/Merlot 2007, da vinícola Ribera del Lago. A vinícola é um projeto pessoal do conhecido enólogo Rafael Tirado, e fica ao lado do lago articial Colbún. O Sauvignon Blanc do produtor eu havia tomado apenas umas tacinhas em uma degustação, o suficiente apenas para saber que se tratava de um ótimo vinho e colocá-lo lado a lado com aquele que considero o melhor Sauvignon Blanc chileno, o Casa Marin CipresesMas agora, pude apreciar uma garrafa inteira (ou quase, pois a patroa bebeu umas tacinhas...rs) e tirar uma posição mais definitiva sobre ele. E esse Laberinto Sauvignon Blanc Cenizas de Barlovento 2011 estava uma beleza. Seu nome vem do solo com cinzas vulcânicas onde o vinhedo é plantado. Sua cor é palha bem clarinha, levemente esverdeado, mas esconde um vinho nervoso. Ao nariz é intenso e mostra notas cítricas, de aspargo e minerais. Destaque absoluta para essas últimas. Como cita Patrício Tápia, no Descorchados 2012 (que lhe outorgou 94 pontos) o vinho parece ser feito de pedras. Em boca, repete o nariz e mostra uma acidez vibrante, que lava a língua e dá um frescor impressionante ao vinho. A mineralidade está lá, no final longo. Sente-se também a típica grama cortada, mas ela fica na sombra total do lado mineral. Um ótimo vinho, que deve ficar ainda melhor daqui a um ou dois anos. Quero experimentá-lo com ostras...rs. Ficou ótimo com queijo de cabra.
Aos meus leitores: Se ainda não beberam, não deixem de experimentar esse vinho. Eu comprei no Empório Mercantil.

Comentário final: Eu adorei o vinho, mas confesso que o Casa Marin Cipreses tem um toque floral e frugal que, somados à sua mineralidade, fazem com que ele me agrade um pouquinho mais. Mas a briga é boa!

6 comentários:

  1. Belo vinho Flavio, mas também concordo contigo na preferência pelo Cipreses, aliás do novo mundo (Chile e Argentina) só compro os brancos, os tintos já não me encantam há tempos.

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    1. Sem dúvida, Eugênio. Embora o Laberinto seja um belo vinho, falta um "tiquinho" para se igualar ao Cipreses, que acho mais completo. Realmente os brancos de nossos hermanos estão melhorando a cada dia, enquanto na área dos tintos as novidades sejam mais raras (e muitas vezes, caras).
      Abraços,
      Flavio

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  2. Flavio,

    Realmente o vinho parece feito de pedras...

    Também tenho essa curiosidade de prova-lo daqui a um tempinho.

    abraços,

    Alexandre.

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    1. Grande Alexandre,
      Muito mineral mesmo! Eu guardei uma garrafa e quero ver como ele se comporta daqui a um ou dois anos. Mas pela cor, acho que tem boa vida pela frente. O Cipreses 2009, último que apreciei, acho que está no ponto. Uma beleza! Espero que o Laberinto, com o tempo, ganhe características dele.
      Abraços,
      Flavio

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  3. Flavio

    O que te parece esse aroma de grama, às vezes muito presente nos Sauvignon Blanc do Chile?

    Abs.
    Marcelo

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    1. Caro Marcelo,
      Obrigado pela visita e comentário.
      Esse famoso aroma de grama cortada, como você bem citou, presente em Sauvignon Blanc chilenos, também aparece às vezes em alguns exemplares da Nova Zelândia, África do Sul etc. Confesso que não me incomoda, desde que não seja exagerado. O que às vezes me incomoda em alguns Sauvignon Blanc chilenos são aromas exagerados de maracujá.
      Abraços,
      Flavio

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