sábado, 29 de junho de 2013

Sol de Sol em dobro: Polêmica!

Ontem, sexta-feira, passei na Mercearia 3M para encontrar amigos e beber vinhos, claro.... O JP sugeriu bebermos um Sol de Sol Pinot Noir 2008, que eu havia encomendado para o amigo Léo. Abrimos o danado e a polêmica foi instaurada! A meu ver, o vinho estava fechado e carecia de fruta. Mas mostrava notas de terra molhada e minerais interessantes. Era seco em boca, diferente de seus compatriotas. O pessoal, acostumado com explosão de frutas de Pinots chilenos, estranhou. Alguns até disseram que não tinha nada de Pinot Noir, o que eu discordo. Eu só estranhei um pouco porque já havia lido comentários sobre ele que relatavam boas notas de cerejas e especiarias, as quais, no entanto, não se fizeram notar no conteúdo dessa garrafa. A fruta estava muito discreta (mesmo). Porém, encontrei na rede mais elogios que críticas ao vinho. Talvez não tenhamos dado o tempo suficiente para ele se abrir. No site da vinícola recomendam abrir a garrafa ao menos 30 minutos antes de apreciar. Não fizemos isso. Pode ser também que a garrafa que apreciamos estivesse temperamental, e isso acontece. Mas a conclusão geral é que, realmente, o vinho deixou a desejar.  Eu, como sou teimoso e ponho fé na Aquitânia, peguei uma garrafa e vou deixá-la descansar na adega, pois acredito que pode evoluir com algum tempo. Estou torcendo para mudar de opinião daqui a algum tempo.
E como pintou uma decepção na turma, resolveram abrir um Sol de Sol Chardonnay 2009. Aí a aprovação foi global. Já postei sobre esse vinho aqui no blog (clique aqui). É um dos melhores Chards chilenos que já bebi. Tudo na medida certa: fruta, acidez, mineralidade! Um Chablis sulamericano! [Básico, claro...]. Tem um frescor que impressiona. É compra certa.

4 comentários:

  1. Ihhh, Flávio...
    Não é o 1º Pinot chileno que se propõe a ser top, inaugurar a Borgonha sulamericana... e fica devendo.
    Sou absolutamente favorável a experimentações, busca de terroirs diferentes, mas não tem como extrair da uva algo que ela não trouxe do berço. Acho que eles têm um grande potencial na mão, mas negar a tipicidade local não me parece correto. Será que o pessoal da Aquitânia caiu nessa furada?
    Abs.

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    1. Pois é, Vitor... Ele ficou no meio do caminho. Acho que a tentativa era mesmo diminuir a fruta e destacar o lado terroso e mineral. Só falta acertar o tom agora...rs. Tá certo que geralmente os PN chilenos têm muita fruta, mas tirá-la toda, não dá... É como você cita, não dá para negar a tipicidade local. Mas ainda estou esperançoso de que ele abra. Qualquer coisa, faço um blend com um frutadão e beleza! rsrs. Realmente a Aquitânia tem um Chardonnay diferenciado, e pode ser que acertem a mão no PN também. Esse, dessa garrafa em particular, não fez a cabeça. Acho que a Undurraga, com o TH, está trilhando um caminho mais promissor.
      Abraços,
      Flavio

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  2. Flávio,

    Já havia degustado o 2009 ano passado, e por uma dessas incríveis coincidências acabei de tomar o 2008.

    Minhas impressões são de que realmente o vinho tem um lado terroso e mineral bem destacado, mas havia de tudo ali, café expresso, cerejas, framboesas, frutas em passa, um herbáceo incomum e muito interessante, cogumelos, alcaçuz... Enfim, eu adorei o vinho.

    Concordo que é bem diferente dos pinots chilenos, talvez aproximando-se mais dos pinots do Oregon e da Nova Zelândia. A fruta estava lá, mas contida.

    Não acho que vai evoluir mais, pelo menos esta garrafa que bebemos já estava bem evoluída. Penso que pode ter sido uma garrafa ruim, quem sabe...

    Pra mim é simplesmente o melhor pinot sul americano que já bebi. Inclusive acabei de abrir um Montsecano 2009 e para mim o Sol de Sol estava bem superior. Alias o Montsecano é ainda mais austero, com menos fruta, e o lado mineral super destacado. Se achar a safra 2009 do Sol de Sol compre, ela tem a fruta bem mais destacada e um perfil um pouco diferente, mais alegre.

    O Chardonnay eu só provei o 2008, preciso comprar esse 2009 pois também gostei muito dele.

    grande abraço,

    Alexandre/DF

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    1. Oi Alexandre,

      Muito bom ter suas impressões sobre o vinho e saber que provavelmente abrimos uma daquelas garrafas "premiadas". Todas as características que você descreve são as que me agradam em um Pinot. Eu havia lido uma postagem do Silvestre, do Vivendo a Vida, com muitos elogios para o vinho. Acho que vou abrir logo a outra garrafa que tenho aqui, e estou torcendo para queimar a língua (minha e de meus confrades, que lascaram a lenha no danado...rs). E vou ver se encontro a 2009. Valeu pela dica!
      Quanto ao Chardonnay, é muito bom, né? Cada vez o deixam mais complexo.

      Grande abraço!

      Flavio

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