A reunião da confraria nessa última semana estava completamente esvaziada: Alguns viajando, outros dormindo e outros negando fogo mesmo. Bem, mas sobraram 3 mosqueteiros que foram ao Chez Marcel para celebrar com o Caião a notícia de que está vindo um novo meninão por aí! Parabéns, Caião!
O Caião levou um que dispensa apresentações: Tondonia Reserva Branco 1999. Nós somos fãs de carteirinha dos vinhos de Lopez de Heredia, tanto dos brancos quanto dos tintos. Este Reserva é feito com Viura (90%) e Malvasia (10%). O vinho é clarificado com claras de ovos e o envelhecimento é feito por 6 anos em barricas de carvalho, com duas trasfegas anuais. O engarrafamento é feito sem filtração. Tradição pura! O vinho começa a agradar pela bela cor âmbar e aromas deliciosos de frutas secas, amêndoas torradas e aquele leve oxidado, lembrando a Jerez, que muitos desavisados diriam ser defeito. Em boca, repete o nariz e mostra aquela presença e elegância típica dos Tondonia. Sempre digo: Quem fica bebendo branquelos sem graça, todos iguais, e nunca apreciou um Tondonia, está perdendo tempo.
O JP chegou com um Beronia Gran Reserva 2006. Seus irmãos de 1995, 2001 e 2005 já pintaram aqui no blog. Acho os Beronia vinhos de boa qualidade e bom preço, mesmo aqui no país. Mas este 2006 confirma uma coisa que tinha visto quando apreciei o 2005: São vinhos para serem bebidos mais velhinhos. Este 2006 tinha notas de ameixas e cerejas maduras, em meio a madeira e um tostado meio forte. Em boca, embora redondo, também mostrava a madeira um pouco acima do ponto. É um bom vinho, mas teve este porém. Espero que os anos lhe façam bem.
Eu levei um Quinta Vale D. Maria 2007, que já pintou aqui no blog anos atrás (clique aqui). Seu irmão de 2008 nos foi ofertado pelo Caião semanas atrás (clique aqui). E este 2007, depois de quase 4 anos, fico muito melhor! O vinho é feito pelo Douro Boy Cristiano Van Zeller, com um blend de uvas de vinhas velhas (mais de 40 tipos), com mais de 60 anos de idade. A maturação é por cerca de 21 meses em barricas de carvalho francês (75% novas e 25% de 1 ano). Ao nariz mostra notas de amoras, cerejas, kirsch, chocolate amargo e grafite. Em boca, repete o nariz e destaca-se pelo frescor e mineralidade. É daqueles que a taça evapora rapidamente e pede outra. Uma beleza de vinho! Estava muito melhor que quando o bebemos anos atrás. Pena que tenha subido tanto de preço desde aquela época.
Celebração bem feita, né Caião?
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