quarta-feira, 16 de julho de 2014

Georges Vernay Condrieu Les Terrasses de L'Empire 2007, Barolo Paolo Manzone Meriame 2009, Pulenta XV Gran Pinot Noir 2010 e Campo Viejo Reserva 2005

Noite com 4 ótimos vinhos em reunião ocorrida há um tempinho na confraria. Era noite com poucos confrades, mas sedentos, como sempre.
O primeiro vinho foi levado pelo Caião e é um branco belíssimo de um produtor que somos fã: Georges Vernay Condrieu Les Terrasses de L'Empire 2007. Já havia bebido este vinho antes e o danado já pintou aqui no blog dois anos atrás (clique aqui). Ele é produzido com uvas de um vinhedo de apenas 4.5 hectares, cultivado sem uso de inseticidas e herbicidas. Apenas 10% do vinho afina em barrica de carvalho. É um vinho com aromas complexos, florais e de frutas como a pêra e pêssego branco, em meio a notas de mel, amendoadas e de camomila. Em boca é sedoso, amplo, com ótima acidez e levemente amanteigado. Maravilha de branco!
À direita dele, na foto, o vinho levado pelo Joãozinho, um Barolo Paolo Manzone Meriame 2009. É um Barolão de estilo mais denso. É um bebê, claro, mas já pode ser bebido. Eu queria que tivesse sido decantado algumas horas, mas já que não deu, foi assim mesmo...rs. Ele é feito com uvas do Cru Meriame, que fica em Serralunga D'Alba, a leste de Barolo. É do time dos Helvecianos, mais encorpados. Ao nariz mostra notas de frutas maduras, ameixas e cerejas pretas, em meio a alcaçuz, couro e tabaco. Em boca é potente, denso, tânico obviamente, e com final longo e especiado. Sem dúvida ganhará muito com adega. Mas já estava muito bom!
O terceiro vinho foi levado pelo JP e era um Pulenta XV Gran Pinot Noir 2010. Pertence àquela linha especial da Pulenta, que inclui o XI (Cabernet Franc), VII (Gran Corte) etc. É um vinho que me lembrou bons examplares da Patagônia. Este 2010 passou 12 meses em barricas de carvalho francês 50% novas. Os aromas são delicados, sem exageros, com notas de cerejas, terrosas e especiadas. Em boca é leve, fino, sem exageros, com boa acidez e final de boca especiado. É do tipo que eu gosto, e que a Wine Spectator nem tanto, pois deu-lhe apenas 84 pontinhos. Bem, ele foge ao padrão frutadão da maioria dos Pinot Noir sulamericanos. Se o álcool (14,5%) fosse um pouquinho mais baixo, ficaria ainda melhor. Mas não compromete. Gostei muito! Só que o preço é salgadinho.
E para finalizar, o vinho levado pelo Tonzinho. Era um Campo Viejo Reserva 2008. Riojano tradicional, com cor rubi e aromas de cereja, ameixa, tabaco, cedro e couro. Em boca, repetia o nariz, mostrava boa acidez, um toque cítrico, mineralidade e taninos corretos. Os vinhos deste produtor são bons e têm boa relação custo benefício. No entanto, apesar de agradar, não emocionam.
Isso aí!

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