No aniversário do Caião, que aconteceu já há algum tempo, tomamos muito vinho bão no Chez Marcel.
O Joãozinho levou o argentino Carlos Basso Signature Blend 2009. É um produto da Viña Amália, que leva o nome de seu produtor. Vinho feito com Malbec, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Syrah. Ao nariz mostra notas de ameixas e cassis, em meio a chocolate e especiarias. Em boca é denso, concentrado, com taninos sedosos e final achocolatado. Um típico vinho argentino, com aquele lado adocicado, mas sem exagero. Mostra bom preço para o que oferece e confirma que os cortes argentinos estão cada vez mais acertados.
O Joãozinho levou o argentino Carlos Basso Signature Blend 2009. É um produto da Viña Amália, que leva o nome de seu produtor. Vinho feito com Malbec, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Syrah. Ao nariz mostra notas de ameixas e cassis, em meio a chocolate e especiarias. Em boca é denso, concentrado, com taninos sedosos e final achocolatado. Um típico vinho argentino, com aquele lado adocicado, mas sem exagero. Mostra bom preço para o que oferece e confirma que os cortes argentinos estão cada vez mais acertados.
O Tonzinho levou embrulhado o alentejano Quinta do Carmo Reserva 2009. Vinho de produtor tradicional, agora nas mãos da Bacalhôa, e que costuma sempre agradar. Mas dessa vez ele causou certa estranheza. Ao ser servido às cegas, Caião e eu pensamos até se tratar de um argentino, como aqueles cortes típicos de Malbec, Cabernet e Merlot. Senti o adocicado que me incomodou um pouco. O vinho é feito com Aragonês, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet e Syrah, com estágio de 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Ao nariz mostrava notas de frutas maduras, ameixas, caramelo e baunilha. Em boca, repetia o nariz e apesar de mostrar-se um vinho de peso, era mais doce que os seus irmãos de anos anteriores. Isso não me agradou.
O Caião levou um belo duriense, o Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo Touriga Nacional 2008. Vinhaço! Nada daquelas notas florais exageradas comuns em muitos Touriga Nacional. Elas aparecem, mas não são as protagonistas. O vinho mostrava notas de amoras, tabaco (charuto), chocolate amargo, azeitona preta, alcaçuz e outras especiarias. Em boca repetia o nariz, era mineral e mostrava muita riqueza. Os taninos eram finíssimos e o final muito longo e especiado. Vinho que sempre pede outra taça. Sem dúvida um dos melhores que bebi nos últimos tempos feitos com esta uva. Muita categoria!
E por falar em categoria, nosso amigo Paulinho, Rei dos portugueses, levou um grande Scala Coeli 2009. O nome significa "escada do céu", e referencia o Convento Santa Maria Scala Coeli, ou Convento da Cartuxa. É um vinho da Fundação Eugênio de Almeida, de produção pequena e feito apenas em alguns anos, com a melhor casta naquele ano. Este 2009 foi feito com Touriga Franca e estagiou 15 meses em barricas novas de carvalho francês. Vinho muito rico, com notas florais, de framboesas, e chocolate. Em boca é amplo, intenso, sedoso e com final interminável. Outra beleza de vinho! O preço é salgado, mas é um vinhão! Teve um Scala Coeli que ficou entre os Top 10 da Expovinis este ano. Em nenhum lugar consegui saber se era este ou de outro ano. Bem, mas isso não importa muito, pois já vi muita zurrapa figurando entre estes Top 10.
E para finalizar, o vinho levado por este que vos escreve. Era um Val de Flores 2005. Ele já apareceu outras vezes aqui no blog (clique aqui). Vinho feito com sob a batuta do onipresente Michel Rolland. Malbecão típico, concentrado, com notas de cassis, ameixas e cereja, em meio a chocolate e café. Em boca mostrava intensidade, boa acidez e final longo, muito longo. É um Malbec de categoria, que figura entre os tops. Embora seja concentrado, não é enjoativo. Possui longa capacidade de guarda. Este ainda teria alguns anos pela frente. Para mim, ele briga com seu conterrâneo Lindaflor, um queridinho de meus confrades.
O Caião levou um belo duriense, o Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo Touriga Nacional 2008. Vinhaço! Nada daquelas notas florais exageradas comuns em muitos Touriga Nacional. Elas aparecem, mas não são as protagonistas. O vinho mostrava notas de amoras, tabaco (charuto), chocolate amargo, azeitona preta, alcaçuz e outras especiarias. Em boca repetia o nariz, era mineral e mostrava muita riqueza. Os taninos eram finíssimos e o final muito longo e especiado. Vinho que sempre pede outra taça. Sem dúvida um dos melhores que bebi nos últimos tempos feitos com esta uva. Muita categoria!
E por falar em categoria, nosso amigo Paulinho, Rei dos portugueses, levou um grande Scala Coeli 2009. O nome significa "escada do céu", e referencia o Convento Santa Maria Scala Coeli, ou Convento da Cartuxa. É um vinho da Fundação Eugênio de Almeida, de produção pequena e feito apenas em alguns anos, com a melhor casta naquele ano. Este 2009 foi feito com Touriga Franca e estagiou 15 meses em barricas novas de carvalho francês. Vinho muito rico, com notas florais, de framboesas, e chocolate. Em boca é amplo, intenso, sedoso e com final interminável. Outra beleza de vinho! O preço é salgado, mas é um vinhão! Teve um Scala Coeli que ficou entre os Top 10 da Expovinis este ano. Em nenhum lugar consegui saber se era este ou de outro ano. Bem, mas isso não importa muito, pois já vi muita zurrapa figurando entre estes Top 10.
E para finalizar, o vinho levado por este que vos escreve. Era um Val de Flores 2005. Ele já apareceu outras vezes aqui no blog (clique aqui). Vinho feito com sob a batuta do onipresente Michel Rolland. Malbecão típico, concentrado, com notas de cassis, ameixas e cereja, em meio a chocolate e café. Em boca mostrava intensidade, boa acidez e final longo, muito longo. É um Malbec de categoria, que figura entre os tops. Embora seja concentrado, não é enjoativo. Possui longa capacidade de guarda. Este ainda teria alguns anos pela frente. Para mim, ele briga com seu conterrâneo Lindaflor, um queridinho de meus confrades.
Meu comentário anterior não foi salvo, grande Flávio essa postagem assim como as outras está campeã, bebi esse Val de Flores 2005 a algum tempo e pra mim junto com o Colomé foram os melhores malbecs que bebi, tenho duas garrafas do linda flor 2006 e 2007, mas com base em seus ensinamentos estou me segurando pra degustá-las. O que vc acha de pagar 140 dilmas no Gran Vin do Fabre Montmanyour, achei o preço interessante e comprei duas garrafas. Vc conhece o projeto do Perez Cruz chamado La Montaña? Bebi o blend e achei bem interessante é bem chileno, mas sem excesso de extração, não é um vinho muito comercial e bem gostoso. Grande abraço amigão.
ResponderExcluirGrande Hélio,
ResponderExcluirMuito obrigado pelos elogios e comentário. Realmente o Val de Flores se destaca entre tantos Malbecs argentinos. É concentrado, mas muito elegante e faz presença frente a qualquer vinhão na mesa. O Linda Flor é outro! Muito bom também. O 2006 está excelente! O Fabre Gran Vin ainda não bebi, mas segundo o Vitor, do saudoso blog Louco por Vinhos, é um vinhão. Assim, acho que você fez uma ótima compra. Não conheço o novo projeto da Perez Cruz, mas conhecendo os outros vinhos deles, imagino que vai sair coisa boa. Ainda mais se partirem para um caminh sem excessos.
Um grande abraço meu amigo! Será que vai dar Malbec ou Riesling hoje na decisão de hoje? rsrs.
Flavio
Flavio, meu caro, parabéns para mais uma bela postagem.
ResponderExcluirInteressante, provei, recentemente, esse Quinta do Carmo Reserva 2009, e, ao contrário, de sua percepção, não o achei com um dulçor exagerado. Pelo contrário, posto ao lado de um Cobos Bramare 2010, pareceu bem mais elegante, especialmente no do dulçor. Pode ter sido apenas uma falsa impressão, tendo em vista, especialmente, a minha inabilidade.
Tenho dois Scala Coeli, um 2007 (touriga nacional) e um 2008 (alicante bouschet), espero muito deles, principalmente do 2008.
Forte abraço,
Roberto.
Caríssimo Roberto,
ExcluirMuito obrigado, meu amigo.
Então, eu torço muito para que seja um problema da garrafa o Quinta do Carmo 2009 que bebemos. O Quinta do Carmo Reserva é um vinho que sempre agrada. Quero experimentá-lo de novo e confirmar minhas impressões. Um amigo achou o mesmo deste que bebemos.
Agora o Scala Coeli... Que vinhão! O Touriga Nacional deve ser excelente, mas este Alicante Bouschet que você tem deve ser uma preciosidade, hein?
Grande abraço!
Flavio
Caro Flávio,
ResponderExcluirPara mim o grande porém do Quinta do Carmo é o que ele entrega pelo preço que custa.
Recentemente tomei um 2005 e me ficou a sensação de que há diversos alentejanos melhores por um preço menor.
Abraços,
Márcio
Caro Márcio,
ExcluirConcordo plenamente! Você tocou em um ponto importante. Se fizermos uma listinha rápida com Cartuxa Reserva, Mouchão, Quinta do Mouro, Esporão Private Selection etc..., veremos que a briga do Carmo é pesada.
Abraços,
Flavio