domingo, 28 de dezembro de 2014

Riecine Chianti Clássico Riserva 2007: Belíssimo vinho!

Os Chianti são vinhos por vezes injustiçados. Isso porque muita gente ainda associa o nome àqueles vinhos das garrafas com a base envolta em palha, que ficavam penduradas enfeitando restaurantes. Mas os Chianti estão acima disso. Quem aprecia algum de grandes produtores, como Castello di Ama, Riecine, Felsina, Barone Ricasoli, Fontodi, Badia a Coltibuono, San Giusto a Rentennano e tantos outros de primeira grandeza, sabe da qualidade dos Chianti. 
A vinícola Riecine, que é uma da lista, fica na pequena comunidade de Gaiole, em Chianti. Foi fundada em 1971 pelo inglês John Dunkley, que com sua esposa italiana Palmina, adquiriram 1,5 hectares ao lado da conhecida Badia a Coltibuono. O primeiro vinho foi lançado em 1975. Embora a DOCG permita variedades francesas, como a Cabernet Sauvignon, John Dunkley não admitia plantar esta casta. Uma vez ele disse que, se um dia o Baron Phillipe de Rothschild plantasse Sangiovese, ele plantaria Cabernet Sauvignon. Hoje a vinícola é comandada por um grupo de investidores, mas mantém a tradição de fazer Chianti Clássico 100% Sangiovese (embora o corte clássico de Chianti tenha também a tinta Canaiolo e as brancas Trebbiano e/ou Malvásia, recentemente retiradas do corte).  Este Riecine Chianti Clássico Riserva 2007 ganhou como melhor Chianti em um painel da Decanter, que lhe tascou 19 pontos em 20. Peguei com dólar mais baixo na Vinci e fiz uma excelente compra! O vinho tem cor escura, com bordas avermelhadas na taça. Os aromas são típicos da Sangiovese, com cereja preta, chá, tabaco e couro, em meio a um tostado bem acertado. Em boca, repete o nariz, mostra excelente acidez e tem um final longo e especiado, com notas de alcaçuz. O tostado também se manifesta, no ponto certo. Um belíssimo Chianti Clássico Riserva, que dá chineladas em muitos Brunellos sem-vergonha que nos cercam (é... tem Brunello, Barolo e outros no mercado, bem sem-vergonhas...rs). É delicioso! Pode comprar, sem medo. Ah, e está mais barato que seu irmão de 2006 na Vinci. Atenção: Não é um Chianti barato, mas tem qualidade muito acima da média.

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