sexta-feira, 20 de abril de 2018
quarta-feira, 18 de abril de 2018
Champagne Duval-Leroy Brut
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A Maison Duval-Leroy foi fundada em 1859 e seus champagnes têm grande reputação. Este Champagne Duval-Leroy Brut é o de entrada da casa, e é um blend de Chardonnay e Pinot Noir feito com uvas de 15 diferentes vinhedos. Mesmo sendo o de entrada, sempre leva elogios da crítica e já figurou algumas vezes entre os Top 100 da Wine Spectator. Tem cor bonita, palha esverdeada, e bolhas finas e persistentes. Ao nariz mostra notas cítricas, de maçã verde, giz, leve mel e levedura. Em boca é muito fresco e mineral, com acidez cítrica, boa cremosidade, final longo e com notas de maçã. É bem gostoso e indicado como aperitivo, ainda que acompanhe bem comida. Eu, particularmente, gostei mais de seu irmão "Fleur de Champagne". Mas este também é muito bom.
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segunda-feira, 16 de abril de 2018
Tikal Jubilo 2012: Excelente!
Tikal Jubilo 2012: Vinho sempre muito bem avaliado pela crítica, produzido pelo competente e inovador Ernesto Catena. Este 2012 foi o mais bem pontuado pela Wine Spectator, que o considerou highly recommended e lhe outorgou belos 94 pontos, à frente de seu irmão de 2007, que já pintou aqui no blog (clique aqui). Ele é um corte de Malbec e Cabernet Sauvignon, que varia a cada ano (em 2012 foi 60/40, respectivamente). A maturação foi feita por 12 meses em barricas novas de carvalho francês (65%) e americanas de segundo uso (35%). O engarrafamento foi feito sem colagem e filtração. Ao nariz o vinho é bastante agradável, com notas de ameixa, cereja preta e cassis, em meio a chocolate amargo e especiarias doces. Em boca, repete o nariz, mostra boa acidez e taninos muito sedosos. A Cabernet Sauvignon equilibra muito bem o dulçor da Malbec e dá textura mais pegada ao vinho, que é persistente e possui final especiado e com notas achocolatadas. Muito elegante, redondo e sedoso, sem ser enjoativo. Para mim, degraus acima de seu irmão de 2007. Muito bom!
No dia seguinte: Metade da garrafa ficou para o dia seguinte, quando gostei ainda mais do vinho. O vinho ganhou ainda mais vivacidade. A ameixa deu lugar a fruta mais fresca, lembrando cranberry, e toques de tabaco, grafite e alcaçuz agregaram complexidade ao vinho. A ótima acidez ficou ainda mais evidente. Isso demonstra que o vinho deve ganhar em adega, e que, se for bebido agora, uma decantação lhe fará muito bem. Saltou de muito bom para excelente! E acompanhou um bife de chorizo na brasa com maestria! Vinhão! Isso mostra que muitas vezes perdemos muito dos vinhos bebendo logo ao ser aberto, sem dar chances de que ele se mostre.
sexta-feira, 13 de abril de 2018
Mosquita Muerta Blend de Blancas 2015: Gostei!
quarta-feira, 11 de abril de 2018
Esquenta da celebração: Crozes-Hermitage Silène J.L. Chave 2012, Chateauneuf du Pape Durieu 2010, Altos Las Hormigas Malbec Vista Flores 2007 e Brunello di Montalcino Bergollo 2012
terça-feira, 10 de abril de 2018
Quinta da Ponte Pedrinha branco 2012: Ótimo vinho do Dão!
Comprei este Quinta da Ponte Pedrinha branco 2012 no último bota-fora da Mistral, por um preço mais que justo pela ótima qualidade do vinho. A compra foi também incentivada após ler um artigo sobre o 2014 no ótimo blog Pingas no Copo. O autor, Pingus, recomendou fortemente o vinho e não tive dúvidas, pois não conheço ninguém que conheça tão bem os vinhos do Dão quanto ele. Ainda mais se forem os brancos. A Quinta Ponte da Pedrinha fica na sub-região da Serra da Estrela e é propriedade da Sra. Maria de Lourdes Mendes Oliva Nunes Osório, cuja família é dona da Quinta há quatro séculos. Seus vinhos se destacam pela qualidade, apelo gastronômico e ótimo preço. Segundo o contra-rótulo, este branco de 2012 é feito com Encruzado e Malvasia Fina. Sua cor é bonita, citrina, dourada, e os aromas remetem a maçã verde, leve mel, notas herbáceas e minerais bem evidentes. Estas últimas são marcantes, lembrando giz e querosene (remetendo a aromas da Riesling). Vai mudando em taça com o tempo e é melhor se bebido não muito gelado, e sim, entre 10-12 graus. Em boca é seco e destaca-se pela ótima acidez e mineralidade. Vinho fresco e com final médio e levemente herbáceo. A persistência não é lá das maiores. Mas resolve-se tomando mais um gole, pois o vinho é muito gostoso. Fica ainda melhor com comida. Eu apreciei com uma bela posta de bacalhau, que ele escoltou muito bem. Se você comprou este vinho no bota-fora, fez bom negócio! E este 2012 não mostra o mínimo sinal de cansaço, devendo ainda durar um bom tempo.
segunda-feira, 9 de abril de 2018
Barranco Oscuro Cerro las Monjas 1368 2003: Vinhaço natural granadino!
Meu amigo Marceleto, em uma de suas viagens a Espanha, passou por Granada e me trouxe alguns vinhos naturais de lá. Eu já havia bebido lá mesmo o belíssimo Syrah Rubaiyat e ficado impressionado com os vinhos da vinícola Barranco Oscuro. Este 1368 Cerro las Monjas 2003 é um vinho top da vinícola, e seu nome remete à altura dos vinhedos, considerado os mais altos da Europa. O vinho é produzido por Manuel Valenzuela, na D.O. Andalucia, região de Granada. Pertence à classe dos vinhos naturais, fermentado com leveduras da própria uva, com o mínimo de intervenção e sem adição de sulfito. Este 2003 é feito com Garnacha (30%), Syrah (30%), Cabernet Sauvignon (15%), Cabernet Franc (10%), Merlot (10%) e Tempranillo (5%), de baixa produção e vinificadas separadamente. A maturação é feita em barricas de carvalho francês por 17 meses. Apenas 8.300 garrafas foram produzidas. O vinho mostrava uma cor muito bonita, granada, brilhante. Ao nariz, aromas riquíssimos que invadiam o ambiente. Notas florais, de ameixa fresca, cerejas, azeitonas, balsâmicos, caixa de charutos e notas terrosas. Uma beleza! Em boca, frescor, mineralidade e taninos finíssimos. O final era longo e mineral. Muito equilíbrio e grande vivacidade. Lembrou-me excelentes Prioratos, como o Mas Doix. Nada de superextração, ou madeira sobressaindo. E tampouco aromas de Brett etc, por vezes presentes nos ditos vinhos "naturais". É um vinho sensacional! E para mim, não é por que é "natural". Obviamente, é melhor que seja feito assim, sem pesticidas nos vinhedos, conservantes etc. Claro que, se o vinho é bom e ainda é feito da forma mais saudável e artesanal possível, tanto melhor. Mas o fato é que, a meu ver, um vinho não é bom, ou deva ser assim considerado, só por que é natural, orgânico ou biodinâmico. Ele deve ter qualidades e ausência de defeitos. E suas qualidades são produto de vários fatores, mas penso que, principalmente, do uso de boas uvas e produção cuidadosa de um grande enólogo (que é o caso!). Mas devo dizer que todos os vinhos "naturais" espanhóis que bebi até hoje me agradaram muitíssimo. E este 1368, não fugiu à regra. Recomendadíssimo! Logo abaterei o 2001, que veio na mesma remessa.
sexta-feira, 6 de abril de 2018
Brancaia Chianti Clássico Riserva 2009: Redondinho!
Os vinhos da Casa Brancaia são muito bem feitos, desde os mais simples, como o TRE. Este Brancaia Chianti Clássico Riserva 2009 fica uns degraus acima, já apresentando os vinhos tops da vinícola, como o Ilatraia e Il Blu. Ele é feito com Sangiovese (80%) e Merlot, que lhe aporta muita maciez. O vinho matura por 16 meses em barricas de carvalho, sendo metade em barricas novas e a outra metade, em barricas usadas. Isso contribui para que a madeira não deixe tantas marcas e a fruta se manifeste. Ao nariz o vinho mostra notas de cereja preta e cassis, em meio a alcaçuz, tabaco e chocolate. Em boca mostrou-se muito macio, sedoso, com taninos devidamente arredondados pelo tempo. A boa acidez equilibrava o conjunto, tornando o vinho muito agradável. O final é médio e achocolatado. Muito bom vinho, que faturou merecidos 91 pontos da WS e 92 da Wine Enthusiast. Já está prontinho para beber e não acredito que evoluirá mais em garrafa.
quarta-feira, 4 de abril de 2018
Gravner Ribolla Gialla Anfora 2005: Que vinhaço!!!
O esloveno Josko Gravner produz grandes vinhos na região de Friuli-Venezia Giulia, Norte da Itália. São tintos e brancos espetaculares. Os dois tintos que apreciei dele eram realmente sensacionais (clique aqui). No entanto, acho que ele é mais conhecido pelos seus vinhos chamados "laranja", brancos fermentados por longo tempo em ânforas de terracota juntamente com as cascas e que desenvolvem uma coloração alaranjada. Os vinhedos de Gravner ocupam uma pequena área de apenas 18 hectares, sendo alguns, na sua pátria, a vizinha Eslovênia. Ele pratica a produção chamada "natural", com pouca intervenção, utilizando as leveduras presentes na própria fruta, cultivo de vinhedos sem pesticidas e sem uso de conservantes. A fermentação deste Gravner Anfora Ribolla Gialla 2005 foi feita em ânforas da Geórgia mantidas enterradas no solo. A maceração é longa e sem controle de temperatura. Depois da separação do vinho do debris ele é devolvido para as ânforas, onde passa mais 5 meses antes de entrar na fase de maturação em barricas de carvalho, o que ocorre por longos 4 anos. O vinho é engarrafado em garrafas escuras, sem filtração. A cor deste Ribolla 2005 era algo incrível! Alaranjado brilhante, dourado, muito límpido. Os aromas eram incríveis, florais, de damasco, abacaxi, cardamomo, frutas secas, cítricos e minerais. Mudavam a cada minuto na taça. Em boca, repete o nariz e mostra acidez vibrante e mineralidade. O final era interminável e com notas de damasco, amendoado e cardamomo. Uma maravilha de vinho! Intenso, com grande estrutura, fresco, mineral e com grande persistência. É daqueles que a gente chora quando acaba. É para ser apreciado como os grandes Tondonia, de Lopez de Heredia, ou seja, devagar e não muito gelado. Como pode ser visto pela forma de produção, a chance de ocorrer um "desastre", sem uso de conservantes, é grande. Mas a habilidade do produtor é grande, e seus vinhos são verdadeiras obras de arte. Isso tudo, claro, reflete em seus preços, que costumam ser salgados. Mas trata-se de vinhos realmente notáveis e que não podem deixar de ser apreciados por bebedores de bom gosto. É, para mim, juntamente com o Trebbiano d'Abruzzo Valentini, destaque total entre os brancos italianos. Aliás, me arrisco a dizer que figura entre os melhores brancos do mundo.
segunda-feira, 2 de abril de 2018
Montes Folly 2006: Um grande Syrah chileno!
Aurélio Montes produz grandes vinhos no Chile, Argentina (Kaiken) e EUA (Napa Angel). O seu Montes Folly é, para mim, um dos melhores Syrah chilenos, ao lado do La Cumbre, Gravas del Maipo e de um "menos caro", mas também muito bom: Tanagra, da Villard. O Montes Folly é sempre muito elogiado pela crítica, e com razão. Este Montes Folly 2006, já com seus 12 anos, mostra ainda força. É um vinho com aromas de amoras maduras, ameixas, chocolate amargo, café, alcaçuz e outras especiarias. Em boca, repete o nariz e é concentrado, mostrando fruta madura, mas também, bom frescor. O final é longo, com notas de café e levemente picantes. Eu acho que ele atingiu o seu máximo e não evoluirá mais. No entanto, está excelente! Vinhão ofertado pelo Paolão!
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