Nessa última semana a reunião da confraria estava esvaziada. Apenas estavam presentes o Fernandinho, João Paulo e este que vos escreve. Bem, mas nos divertimos muito, como sempre. E os colegas confrades haverão de admitir que o centro da diversão foi um vinho levado por mim, o argentino A-Crux blend 2002, da vinícola O.Fournier. Eu, particularmente, adoro os vinhos desta vinícola, sejam eles produzidos na Espanha, Chile ou Argentina. Já comentei aqui sobre o A-Crux Malbec, que considero um dos melhores feitos com esta cepa na Argentina.
Este A-Crux 2002 eu trouxe da Argentina, mais precisamente da Vinoteca Don Jorge, de Puerto Iguazu, onde se pode encontrar belos vinhos argentinos, inclusive uma linha de vinhos de belos anos, como aqueles de 2002. O vinho é um corte de 60% Tempranillo, 35% Malbec e 5% Merlot, que estagia em carvalho francês e americano. Ao nariz, já mostrava a presença da Tempranillo, com notas de cereja e leve tabaco, e da Malbec, com notas de figo e ameixa. A Merlot lhe aportava um toquezinho especiado. Tudo isso, integrado à madeira levemente doce. Em boca, repetia o nariz e possuía taninos sedosos, redondos. O vinho tinha ótima acidez e também mineralidade. Apesar de ser um 2002, mostrava grande jovialidade! Ainda aguentaria tranquilamente alguns anos na adega, mas não lhe demos esta chance, felizmente! O vinho agradou a todos, mas vi no JP a empolgação de quem aprovou com distinção. É realmente um grande vinho. Um Argentino com alma espanhola. Este sim justifica o fato de ter levado 93 pontos da WS e ficado entre os top 100 de 2006, sendo eleito também o melhor vinho do novo mundo pela revista inglesa Decanter.
A propósito, os vinhos O.Fournier são importados pela Vinci.
Bem, os vinhos oferecidos pelo Fernandinho e JP não vou citar, pois não agradaram. Vou deixar aqui apenas a bela impressão do A-Crux...
Caro Flávio,
ResponderExcluirAdoro este vinho! Abri uma de minhas duas últimas garrafas no ano passado e o "danado" me pareceu ainda jovem. A garrafa derradeira vou abrir ano que vem.
Provei o Syrah 2004 da O. Fournier na Vini Vinci e fiquei admirado com sua qualidade. Taí uma vinícola que sabe o que faz...
Abs,
Luiz Cola
Caríssimo Luiz!
ResponderExcluirRealmente é um vinho excelente. Concordo com você: A O.Fournier sabe o que faz! Eles conseguem fazer vinhos bons em todos os lugares. Também adorei o Syrah experimentado na Vini Vinci. Felizardo você de ainda ter uma garrafa do A-Crux. Certamente ele te dará ainda mais prazer daqui a algum tempo.
Grande abraço,
Flavio
Flavinho, não estou gostando nada dessa sua predileção (JP E Fernandinho)em não tornar publico as experiências com os vinhos ruins. Acho que você deveria nos mostrar qual vinho não comprar, porque é muito mais fácil abrir o armário. E outra coisa, assim o JP perde mais uns pontinhos..... Abraço Caio
ResponderExcluirIh... vou ter que divulgar então... Mas depois se vira com o JP, hein? rs...
ResponderExcluirO JP levou um Cotes du Rhone-Villages Selection Laurence Féraud 2007. A intenção foi boa, principalmente na tentativa custo-benefício, mas não deu. Até melhorou um pouquinho com o tempo, mas não convenceu. Perde fácil para outros Cotes du Rhone mais baratos.
O Fernandinho abriu um Pinot Noir Reserva 2010 da chilena Viña Leyda, que era perfumado demais, doce. Não gostamos...
Pronto, contei...
Abração,
Flavio
Ah, Caião, nós fizemos uma assembléia na última quinta e decidimos que quem falta perderá um ponto na planilha também...
ResponderExcluirabs,
Flavio
Flavinho, quem perde são vocês sem meus vinhos....Caio
ResponderExcluirSem dúvida perdemos! Mas agora vamos coibir esta prática ilícita de ficar faltando para não correr o risco de levar o troféu. Por isso, já tirei 2 pontos seus na planilha.
ResponderExcluirabração,
Flavio