O confrade Caio tem nos brindado com excelentes vinhos. Há umas duas semanas levou uma garrafa de um grande Pesquera Reserva Especial 2003 para apreciarmos. E olha que o Caio, antes de eu ter o blog, nos levou várias (mesmo) garrafas do Pesquera Crianza 2001 (belíssimos). Bem, mas este Pesquera Reserva Especial 2003, obra do grande Alejandro Fernandez, fica degraus acima. O vinho, 100% Tempranillo, passa 30 meses em barricas francesas novas e foi uma edição limitada, que parece não ter sido repetida nos anos subsequentes. Mostrou-se um vinho aromático, com fruta compotada, denso, para o lado maduro e com notas de bala toffee e tabaco. Os taninos já estão bem redondos. Se puder lhe atribuir um defeitinho: Carecia mais acidez e para mim, já tinha atingido seu ápice. Posso estar enganado, mas ele teve a evolução acelerada por um acondicionamento não muito adequado. Mas obviamente, um grande vinho!
E na mesma noite, o JP levou um vinho embrulhado, que já havia sido levado pelo amigo Rodrigo, coincidentemente também embrulhado (clique aqui), e que na época surpreendeu a todos. Eu bati o nariz e já notei a Cabernet Sauvignon, muito elegante, sugerindo até um chileno de classe. Tudo estava muito correto, ajustado, sem sobras. Notava-se um vinho já senhorío, mas ainda com gás para mais uns anos. Ao nariz, além do cassis, notava-se leves toques de pimentão, goiaba, tabaco e couro. Em boca, muito redondo e com taninos perfeitamente domados pelo tempo. Eu chutei um bom corte chileno, com presença majoritária de Cabernet Sauvignon, mas com a chance de ser uma surpresa. Outros colegas chutaram Bordeaux. Bem, e o que era? Um Miolo Lote 43 2005! E estava muito bom o danado! Meu velho conhecido desde 1999, o Lote 43 mostra o quanto envelhece bem, e que tem qualidade.
E vem a pergunta: Estava melhor ou no mesmo nível do Pesquera? Não! Claro que não. Mas a comparação é meio desigual. No entanto, ele não fez feio, de maneira alguma, o que confirma sua boa qualidade.
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