Mais uma postagem que estava atrasada, de uma reunião da confraria que ocorreu 3 semanas atrás. Bem, mas vamos lá. Nessa reunião todos os vinhos, sem exceção, estavam bons. Aliás, a turma costuma honrar e muito o nome do blog... rs. Descreverei os vinhos na sequência da foto...
O primeiro é uma edição especial da vinícola argentina Graffigna. E para quem pensa que esta vinícola só faz vinhos mais simples, como os Graffigna C, ou G, tem que experimentar este que o amigo Tom nos levou. É um Graffigna 135 Aniversário 2003, feito em homenagem a Santiago Graffigna, fundador da vinícola centenária. A curiosidade é que ele foi feito com a seleção das melhores 135 barricas da bodega. E se você gosta de bombas potentes, este não te agradará. É um vinho mais leve, elegante, aos moldes europeus. O corte é de 40% Cabernet Sauvignon, 30% Malbec e 30% Syrah. A Cabernet dá o tom, com notas de cassis, mas o vinho tem ainda notas de ameixa, groselha, alcaçuz e leve tostado. Em boca é muito redondo, com taninos muito sedosos. Eu gostei muito do vinho. Recomendo! Mas novamente a advertência: Não é para quem gosta de bombas!
Do lado dele, o vinho levado pelo amigo JP, um Perlato del Bosco 2007, da vinícola Tua Rita. Este tem pedigree, e dos bons. A Sangiovese é cortada com a Cabernet Sauvignon, o que torna o vinho muito estruturado. Ao nariz mostra notas tostadas, de cereja, cassis e amora preta. Em boca é amplo, intenso, muito saboroso, com taninos corretíssimos e acidez típica de um italiano. Vinho que pede sempre mais uma taça. É compra certa! Vinhão! É importado pela World Wine.
No meio da foto, o vinho levado pelo amigo Paolão, que já havia levado um desses para apreciarmos, mas que era da safra 2006. Desta vez foi um Anwilka 2007. O vinho é um corte Syrah, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot. Ao nariz já mostra seu lado novo mundo, com fruta compotada, mas que, com o tempo, vai se equilibrando. Notas de cassis, goiaba madura, chocolate, alcaçuz e um fundinho apimentado que surgiu com o tempo. Em boca, de médio corpo e mostrando taninos sedosos. Vinho gostoso e que alegra novomundistas. Ganhou muito depois de bastante tempo aberto. Só acho que seu preço é um pouco exagerado.
E do lado direito do Anwilka, um velho conhecido, já comentado aqui no blog (clique aqui) e que levado pelo amigo Caio. Esse Marques de Riscal 2005 foi um dos que achei mais leves dos seus irmãos. A cereja se mescla com leves toques herbáceos e de casca de laranja. Vinho correto em boca, com taninos redondos e boa acidez. Um Marques de Riscal é sempre um Marques de Riscal.
E para finalizar, aquele que levei, e que a turma e eu achamos o rei da noite, o Cartuxa Reserva 2005. Já comentei aqui sobre o 2007 (clique aqui e aqui), que mostrava fruta mais madura. Neste 2005 a fruta aparecia em notas de ameixa, pitanga e amora, envoltas em notas florais e um fundo de chocolate amargo e alcaçuz. Muito rico! Em boca, é mais seco que o 2007, mais gastronômico e com maior acidez. O vinho é feito com Aragonez, Trincadeira e Alfrocheiro (que eu gosto muito...). No 2007 o corte inclui a Alicante Bouschet. Eu gostei demais do danado. Aliás, todos gostaram muito. Seria duro escolher entre ele e o 2007, pois ambos são excelentes. Vinhos distintos, mas os dois com muita qualidade. Se achar um 2005 por aí, não hesite, pegue uma garrafa porque vai gostar. Só lembrando que é o Reserva, não o justo Colheita.
É isso aí! Até a próxima!
Flávio,
ResponderExcluirOnde preencho a ficha pra pleitear uma vaga na Confraria do Ciao? O trem anda bão demais da conta por aí, sô!
Encontrei o Cartuxa Reserva por pouco mais de 100,00 pratas. Vale o preço?
Abs.
Grande Vitor!
ExcluirSua vaga já está reservada para quando vier em São Carlos, sem dúvida! Já é membro honorário!
Então, o preço que você viu está bom demais. Geralmente pedem perto de 180 pilas nele. Esse eu peguei uma bocada por 120, e já fiquei alegre. Acho que vc deve mandar ver...
Abração,
Flavio