sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Top 100 da Wine Spectator 2013: Milagre! O primeirão é um espanhol!

Bem, e chegou a hora da revelação do vencedor dos Top 100 da Wine Spectator em 2013. Depois de 6 americanos, "por absoluta coincidência", terem ocupado lugar entre os 10 primeiros, na companhia de 2 rodanienses e um italiano, chegou a hora do primeirão. E para surpresa geral, um espanhol, cujo produtor faz muito sucesso em nossa confraria e aqui no blog. É o riojano Imperial Gran Reserva 2004, da CVNE. Lembro-me de uma vez na confraria que o 1998 bateu de frente com grandes vinhos, entre eles um Lafite. Confesso que fiquei muito surpreso com a indicação, pois a meu ver, os vinhos espanhóis costumam ser injustiçados pela revista. Bem, mas antes tarde do que nunca. Eu nunca bebi o 2004, mas o 1998 estava maravilhoso, assim como o 1999 e o 2001, que apenas provei recentemente no Encontro da Vinci (clique aqui). Bem, à velha história batida de que o vinho é o preferido do Rei Juan Carlos, se somará o fato de ter faturado o primeiro lugar na lista dos Top 100. Ou seja, o marketing vai aumentar. Mas o fato é que ele realmente é um grande vinho. Ótima escolha da revista!!! A propósito, os vinhos da CVNE são importados pela Vinci (que mostra em seu site o da safra 2001).

Vejam abaixo os comentários da revista:


Over the past 20 years, Spain has experienced a dramatic upheaval in its deeply rooted wine industry. The epicenter of this revolution in style and character has been the country's most prestigious wine region, Rioja. 

Beginning in the 1990s, a vigorous debate pitted traditionalist bodegas against a new wave of vintners. Should Rioja maintain the supple, elegant style that had flourished since the early 20th century? Or adopt a richer, more structured approach more in harmony with the world's other great reds?

Though the polemics have been fierce, a few producers have found a middle ground that is rooted in history yet open to innovation. Among them, the benchmark bottling, for its pedigree and consistency, may be the Cune Imperial. "I feel Imperial falls in the middle of the traditional/modern divide," says Cune CEO Victor Urrutia, a member of the family that has owned Cune for five generations.

Cune (an acronym for Compañía Vinícola del Norte de España) was founded by brothers Eusebio and Raimundo Real de Asúa in 1879. Now one of Rioja's most important wineries, Cune was among the 19th century producers that helped define classic Rioja, growing several grape varieties (predominantly Tempranillo), fermenting and blending the wines in large wooden or concrete vats, and then maturing them in barrel for many years before release.

Cune was one of the first bodegas to bottle and export its wines, and one of its earliest labels, which gained renown in the 1920s, was called Imperial. It was intended for the English market, and bottled as an "Imperial pint," about 500ml.(There are actually two Imperial bottlings—Reserva and Gran Reserva. In general, Gran Reserva is made with fruit from older vines and spends extra time in barrel.) 

The grapes for the wine have always come primarily from a 50-acre parcel in Villalba in Rioja Alta. Yet, Imperial has evolved. The vineyards, once traditionally head-pruned, are now trained in rows on wires, as in Bordeaux. The percentage of Tempranillo in the blend has increased, from around 75 percent to 85 percent, while the white grape Viura has been abandoned as a component. Through most of the 1900s, all the barrels were made of American oak, and maturation extended 10 or 12 years. Today, about 30 percent of the barrels are French oak, and the wine is bottled after about three years. The wines are fermented with native yeasts.

The wine itself has maintained a consistent character. Imperial is rarely aggressive or musclebound, but it doesn't lack structure or grip. New oak never protrudes, nor the oxidation that can result from excessive barrel aging. There is ripe fruit, but it is framed by spice and mineral notes. The wine never seems too young or too old. 

"I think Rioja reaches full maturity much quicker than Bordeaux," observes Urrutia, "but has the virtue of staying on its plateau for a very long time." The 2004 Gran Reserva, aged in bottle at the winery, was released in the U.S. market in 2013 and, at $63, it is a remarkable value.

For its ability to balance past and future in such delicious harmony, the Cune Imperial Rioja Gran Reserva 2004 is Wine Spectator's 2013 Wine of the Year.

Tasting Note: Firm and a bit austere, this red shows depth and drive, with chewy tannins supporting plum, tobacco, licorice and mineral flavors. The structure is solid but the wine remains fresh. Maturing now, this has a long life ahead. Drink now through 2024. –Thomas Matthews

Special Designation: Highly Recommended
Region: Rioja, Spain
Issue Date: Sept. 30, 2013

6 comentários:

  1. Flávio,

    Duvido que alguém tenha acertado essa!

    Achei interessante a escolha. Só lamento o fato de que o vinho deve subir de preço, conhecendo a política atual de preços da importadora.

    abraços,

    Alexandre/DF

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    1. Oi Alexandre!
      Eu também duvido que alguém tenha acertado. Eu estava crente que seria um outro americano, ou um porto vintage 2011. Como tinha já pintado dois Chateauneuf 2010, as chances de ser outro diminuiram. Mas um rioja... Realmente foi uma surpresa. Espero que isso não resulte em aumento de preços (ou desaparecimento do vinho).
      Ah, deixa eu aproveitar a mensagem para dizer-te algo. No dia 20 vou a Brasilia e fico até o dia 23. Quem sabe não nos reunimos com o pessoal daí para uns vinhos? Qualquer coisa, escreva para meu e-mail (dfhs(at)ufscar.br prá gente combinar.
      Grande abraço!
      Flavio

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  2. Pode deixar!

    Amanha vou dar um pulo à Alto Paraíso/Go com uns amigos, mas devo voltar até quinta ou sexta-feira.

    Depois te passo um email pra combinarmos.

    grande abraço!

    Alexandre/DF

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    1. Legal, Alexandre!

      Aguardo então sua mensagem para combinarmos.

      Abração,

      Flavio

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  3. Flávio, que ótima surpresa!
    Só o fato de não ser americano já me alegra; sendo espanhol, foi luxo!
    Agora vamos esperar a lista dos top 100, com os manjados Don Melchor 2009, Achaval Ferrer Malbec 2012, Norton Reserva Malbec 2011, Marques de Casa Concha Cabernet 2010, etc.
    Tem cota pra vinho de supermercado? Se tiver, anota o Rosso di Montalcino da Castigion del Bosco 2011, rs. Pena que a produção não é grande, o que dificulta a lembrança num guia de compras. Só 2.000 cxs pros EUA, é pouco pros padrões americanos. Melhor pra gente, assim o preço não sobe.
    Abs,
    Vitor

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    1. Oi Vitor!
      Realmente uma ótima surpresa! Eu gosto muito deste vinho. Como mencionei, há alguns anos fizemos uma especial de final de ano e o 98 bateu de frente com um Lafite. E para muitos, venceu. E como você disse, só de não ser o sétimo americano, já está bom. Você citou vários que podem pintar nela, sem dúvida. E tomára que não me aparecem trocentos vinhos americanos que a gente nunca verá por aqui. Ah, eu peguei umas garrafas do Marques de Casa Concha 2010. Dizem que está muito bom, com maior frescor. Vamos ver...
      Bem, logo que sair a lista amanhã, posto aqui.
      Abração!
      Flavio
      Ps. Tava sumido, hein?

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