Este Brunello di Montalcino Col D'Orcia 2005 foi ofertado pelo nosso querido Joãozinho e fez sucesso. Seu nome vem de colina com vistas para o Rio Orcia, que fica no sudoeste de Montalcino. O vinho é feito com uvas de vinhedos orgânicos, cultivados segundo os preceitos da biodinâmica, implementação feita na década de 90 pelo Conde Francesco Marone Cinzano. A vinícola procura manter a tradição de maturação em grandes botti de carvalho da eslavônia (não esloveno, como dizem por aí... inclusive em muitos catálogos de importadoras famosas). O vinho tem uma cor púrpura bem bonita e aromas de ameixas, cerejas, chá e baunilha. Em boca é amplo, com taninos corretos e é claro, aquela bela acidez italiana. Está bem macio para um Brunello de apenas 9 anos. Talvez isso se explique pela safra, que não foi tão portentosa e ficou alí, encaixotada entre duas safras grandiosas na Toscana (2004 e 2006). Os vinhos de 2005 ficaram prontos mais cedo. É a vantagem de as vezes de pegar vinhos de safras não tão poderosas. Isso vale também para Bordeaux e outras regiões. A gente fica apegado em safras grandiosas e esquece às vezes algumas nem tão boas* e que podem gerar bons vinhos e prontos para beber mais cedo, como este Col D'Orcia, que estava muito bom! Logo vem a postagem sobre o 2006... Oriundo de grande safra, estava ainda melhor.
*Nota: Esta observação sobre as safras só não vale para safras péssimas, como a de 2002, que gerou vinhos horrorosos em quase toda a Itália, principalmente em Montalcino. Fuja dela!
Flavio,
ResponderExcluirNão tem como eu deixar de comentar sobre esse vinho cujo exemplar da safra 2004 me encantou por esses dias.
Estou curioso pelos teus comentários sobre o 2006 que tenho uma garrafinha aqui. Já gostei do "prólogo" (rs).
Interessante tb a tua análise das safras boas e nem tanto. Algo a ser pensado realmente.
Abraço!
Oi Alexandre,
ExcluirVi suas impressões sobre o 2004 e fiquei empolgado. É um produtor que eu não conhecia e que me deixou bem feliz. Logo escrevo sobre o 2006. Mas já adianto: Vinhão! rs.
Este negócio das safras é algo que sempre me chamou a atenção. Certamente, dou preferências às melhores, mas se não tem, ou então, dá para conseguir um bom preço em um de uma safra "menos boa", por que não? Bordeaux de 2001, por exemplo, já estão mais prontos, e o preço é bem melhor que os grandes de 2000... Bem, a gente vai em busca de bons vinhos a bons preços, né?
Grande abraço,
Flavio