Em reunião de semanas atrás estávamos em poucos na confraria. Apenas 3 botellas foram descorchadas, mas foram boas.
A primeira foi levada pelo amigo Paulinho, rei dos portugas. Era um Chocapalha Vinha Mãe 2010, vinho da região de Lisboa produzido pela (excelente) enóloga Sandra Tavares da Silva. É feito com Touriga Nacional (40%), Tinta Roriz (30%) e Syrah (30%), de uvas dos vinhedos mais antigos da Quinta (por isso o nome "Vinha Mãe). Matura 22 meses em barricas de madeira. É um vinho com aromas florais, amoras maduras, ameixa e cacau. Em boca é amplo, com muita estrutura, boa acidez e taninos maduros. O final é longo e com notas tostadas e de chocolate amargo. Mais um ótimo vinho da vinícola, que sempre agrada. Decantação por uma horinha é recomendada.
Eu levei um Gran Bajoz Viñas Viejas 2004, espanhol da região de Toro. Eu gosto muito dos vinhos desta região, e este, da bela safra de 2004 e com 11 anos de vida, estava muito redondo. Os aromas eram de fruta madura, com destaque para ameixa e cereja, em meio a café e tabaco. Em boca repetia o nariz, fruta levemente licorosa e taninos devidamente arredondados pelo tempo. Evoluiu muito bem nesses anos. Gostei!
E para finalizar, um Chaski Petit Verdot 2011 levado pelo JP. O vinho, produzido pela chilena Perez Cruz, surpreendeu pelo equilíbrio. Ao nariz mostrava notas de frutas maduras em meio a especiarias, chocolate e toques balsâmicos. Em boca se mostrou redondo, com boa acidez e final especiado. Os taninos ainda merecem um tempinho para ficarem mais redondos, mas já estão corretos. A meu ver, é o melhor Chaski já produzido. Muito bom e de bom preço. É um dos chilenos mais agradáveis que bebi recentemente. Se for bebê-lo, deixe o danado descansar um pouquinho na garrafa ou decanter para que ele respire um pouco.
Isso aí!
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