Nosso confrade Tom está por demais envolvido com a Pão To Go e tá sobrando pouco tempo prá gente...rs. Mas nesse final de semana fomos lá na cozinha matar as saudades e mandar frutos do mar com bons vinhos. A idéia era só brancos, mas como estava um dia frio prá dedéu, levamos também tintos. A lista foi grande e vou falar apenas de alguns.
O Joãozinho levou um bom Chablis L'Orangerie du Chateau 2013, de Jean Bouchard. A Maison fica ao lado da Albert Bichot, onde vinifica seus vinhos. Este Chablis é bem fresco, com boa mineralidade e toques de pêra e abacaxi. Bom para frutos do mar.
Joãozinho também levou um ótimo Montchenot 2003, argentino com alma francesa, e que surpreende pela sua longevidade. É um vinho feito com Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec. Diferentemente de seus conterrâneos, geralmente com bastante extração, muita fruta e álcool, este Montchenot mostra fruta na medida certa, muita clareza e frescor, com taninos redondos e final especiado. Um ótimo vinho e que tem um preço muito convidativo na Argentina. Vale a pena conhecer.
O Thiago levou um Cono Sur Reserva Especial Chardonnay 2013, que apresentava notas de abacaxi e um fundinho de mel, boa mineralidade e acidez. A Cono Sur faz bons vinhos, e este estava bem legal.
O Paulinho sempre pega pesado, e levou um belo Pêra-Manca branco 2011. Vinho de bom corpo, da bela safra de 2011, mostrava intensidade e ótima fruta, com destaque para maçã e pêra, em meio a toques cítricos e um fundo de mel. Não é vinho para bebericar, e sim, acompanhar comida. Mais que frutos do mar, umas postas de bacalhau fariam bom par.
O mesmo Paulinho levou também um ótimo Roquette e Cazes 2011. O irmão menor do Xisto sempre faz bonito, mas as vezes, quando novo, costuma mostrar muita madeira. Mas este 2011 está uma beleza: Tudo na medida certa! Vinho intenso, boa fruta, boa acidez e taninos redondos para seus poucos anos de vida. O final é longo e prazeiroso. Mais um exemplar de sucesso da bela safra. Deve melhorar com alguns anos de adega.
Eu levei um branco já comentado aqui, o Quanta Terra Grande Reserva 2009. Vinho de peso, com cor amarelo escura e notas de damasco, amêndoas e mel. Assim como o Pêra-Manca, par perfeito para uma boa posta de bacalhau. Mas foi muito bem com os frutos do mar.
Eu levei também um Conde de Los Andes Gran Reserva 2005. O vinho é um Riojano clássico, da víncola Paternina, com madeira presente, boa acidez, cereja seca, toques cítricos e tabaco. Destaque para sua relação preço/qualidade. É muito barato pelo que oferece. Se achar no mercado, coloque na cesta que ficará feliz.
Little John e Il Capo JP! |
Bem, e entre tantos vinhos, não dá para não mencionar um que já apareceu por aqui 2 vezes, mas que pode aparecer quantas vezes quiser, pois é dos grandes. Foi levado pela segunda vez pelo JP, que pegou pesadíssimo: Flaccianello dela Pieve 2009! Sangiovese na veia! Intenso, concentrado, com cereja preta e alcaçuz em meio a um elegante tostado (que se equilibra com tempo em taça). A acidez é excelente, os taninos redondos e o final é interminável. É vinho de primeira grandeza. Isso aí, JP!
Bem pessoal, teve mais, como mostrado na foto. Mas a postagem tá ficando grande demais...rs.
Valeu, Confrades!!! Comida excelente, belos vinhos e companhia de primeira!
Flavio,
ResponderExcluiresse Montchenot é fantástico, o melhor argentino que já tomei.
E quanto ao Conde de los Andes Gran Reserva, eu comprei o 2004 pela dica de um outro texto seu, e era realmente um vinho que entregava muito pelo preço dele. Adorei!
Os outros, eu não conheço, mas também devem ser fantásticos.
Oi Rodrigo,
ExcluirO danado do Montchenot é muito bom, né? E quando se ve o preço na Argentina, ele fica ainda melhor...rs. É um vinho muito clean, não? Sem exageros. Isso é bom... Eu ainda não bebi aqueles que trazem os anos no rótulo. Devem surpreender.
O Conde de Los Andes surpreende pelo preço. O 2005 está um pouco diferente do 2004, que eu achei um pouquinho melhor. Mas ainda oferece bastante pelo preço. Compra segura, né? Pelo preço que é vendido não se acha nada igual.
Abraços,
Flavio
Eu comprei o Montchenot 2003 aqui, mesmo, no Brasil. Paguei pouco mais de R$100, e pelo que ele apresenta e pelo que tem de potencial de guarda, já achei o preço muito bom. E se um dia eu visitar Mendoza, vou querer trazer uma mala cheia de Montchenots, quem sabe algum com um pouco mais de idade...
ExcluirE sem dúvidas, os dois são mais do que compras seguras: são vinhos bãos de verdade, e com preços muito acessíveis.
Oi Rodrigo,
ExcluirOnde você encontrou o Montchenot no Brasil? O preço está muito bom, considerando o custo Brasil. Eu devo ir na fronteira daqui a uns meses e sem dúvida vou trazer uns... Queria experimentar o branco também. Você já bebeu? É muito barato lá também.
Abraços,
Flavio
Flavio, desculpe pela demora na resposta.
ExcluirNo início do ano passado, o Fernando da Winelands trouxe algumas garrafas do Montchenot por este preço. Já faz mais de uma ano, e hoje imagino que estaria mais caro, mas acho que ele não está mais trazendo.
Eu tomei o branco, que a Winelands também trouxe, e colocou no clube. Eu o tomei bem jovem, era intenso no aroma, mas com uma estrutura elegante. Não sei se guardado por alguns anos ele ficaria melhor.
Eu comentei a respeito no meu blog:
http://www.sobrevinhoseafins.com.br/2014/03/montchenot-branco-2013.html
Abraço,
Rodrigo
Grande Rodrigo!
ExcluirValeu! Vi no seu blog o comentário sobre o Montchenot Branco! Muito boa a descrição. Deu prá ter uma ótima idéia de como é o danado. Quando eu for para Puerto Iguazu vou pegar uma garrafa para experimentar. O preço lá é convidativo. Embora com esse dólar subindo às alturas...rsrs.
Pena que não se encontre facilmente os Montchenot aqui no Brasil, né?
Abraços,
Flavio