Dias atrás fomos à uma degustação bem organizada da Casa Deliza, em São Carlos, na qual havia bons vinhos, principalmente para o dia a dia. Na faixa um pouco mais alta, gostei do duriense das Caves Santa Marta, o Conde de Guião 2013. É um vinho feito com uvas clássicas do Douro, e sem uso de madeira. O rótulo é uma obra de arte, muito bonito. O vinho ainda está novo, claro, mas mostra a que veio. A ausência da madeira deixa que a fruta se manifeste sem influências. É um vinho com notas florais, de amoras e minerais. Os taninos ainda carecem de mais tempo para arredondar, mas com uma carne gordurosa o vinho deve ir muito bem. O vinho é complexo e tem boa estrutura e deve ganhar com uns anos de descanso em adega. Mas se for beber agora, deixe aerar em decanter para ele amaciar. Eu achei o melhor vinho do evento.
Da Casa Ermelinda gostei do sempre bom Mimosa, feito com a conhecida Periquita (Castelão), na sua safra de 2012.
Mas fiquei surpreso mesmo foram com os vinhos da cooperativa UDACA (União das Adegas Cooperativas da Região Demarcada do Dão). Eu não provei o Eloquente, que é um vinho suave, mas todos os outros estavam muito bons para sua faixa de preço. Aliás, surpreendem neste quesito. São vinhos que custam abaixo de 30 Reais! O UDACA Colheita 2010, feito com Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen e Alfrocheiro (informação do 2006), que pelo informado, não passa por madeira, é muito bom pelo preço. Boa complexidade, fruta na medida, boa acidez e fácil de beber. O UDACA Touriga Nacional de 2011, que passa 12 meses em madeira, é mais complexo, apresenta os típicos toques florais da casta, mas sem exageros, e notas de amora silvestre, azeitona preta e minerais. Vinho de ótimo preço! Mas atenção: São vinhos que se destacam pela ótima relação custo-benefício e bem apropriados para o dia a dia ou um evento descontraído com amigos. O Touriga Nacional já fica um degrau acima.
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