terça-feira, 28 de março de 2017

Famille Perrin Gigondas La Gille 2010 lidera noite na confraria

Noite cheia na confraria. A foto mostra os vinhos apreciados. Para mim, o primeiro da noite foi o vinho levado pelo JP (finalmente!). Era um Famille Perrin Gigondas La Gille 2010. O vinho é feito com Grenache e Syrah, com envelhecimento em foudres e barricas. É um vinho com aromas de framboesas e cassis, em meio a especiarias, notas florais e minerais. Em boca é mais seco, e mostra clareza e frescor. Os taninos são evidentes e finos, e o vinho mostra boa mineralidade. O vinho, de grande safra no Rhone, se destacou frente aos outros, quase todos com notas mais doces. Muito bom! 
Seguindo com os demais, o Rodrigo levou um Las Ocho 2013, espanhol da Chozas Carrascal. Eu já comentei aqui sobre o 2010, que gostei bastante e achei um bom custo benefício. O vinho vem da região de Valência e como o próprio nome diz, é feito com 8 uvas, as quais são vinificadas separadamente. É vinho com bom corpo, fruta madura (ameixas e amoras) entre notas balsâmicas e tostadas. Em boca toques de chocolate amargo e um fundo de café. Achei um pouco mais doce que seu antecessor, mas a qualidade se mantém. 
Do lado dele, um Beronia Gran Reserva 2008, levado pelo Little John. Este também já havia bebido e gostado, até mais que seu antecessor de 2006. O vinho está bem redondo, madeira doce, presente, mas nada que incomodasse, cereja preta e tostado. Vinho muito gostoso e que mantém a regularidade. 
No centro da foto, o vinho levado pelo Paul, Rei dos portugueses, mas que desta vez levou um vinhão argentino: D.V. Catena Cabernet Sauvignon La Piramide 2011. O Paul comprou este vinho por minha recomendação, e fez a gentileza de levá-lo. Gracias, amigo! Esta é uma linha que fica acima da linha D.V. normal. É irmão do D.V. Malbec Adrianna e D.V. Nicasia. O vinhedo Piramide tem seu nome em homenagem ao formato da vinícola e é plantado em altitude de 950 m. A produção é limitada a 50 barricas. O vinho tem notas de cassis e abaunilhadas, que com o tempo foram se mesclando a notas de especiarias, principalmente pimentas. Em boca é muito macio, sedoso, com acidez média e taninos redondos. Tem um dulçor característico, lembrando alguns Cabernet americanos, mas bem mais comedido. Eu acho que bebemos muito rapidamente. Ele merecia ter sido decantado, pois com o tempo ele foi se equilibrando mais. Um bom Cabernet Sauvignon, mas que não considerei muito superior a um D.V. Cabernet-Cabernet normal. Alguns anos em adega lhe fariam bem.
O penúltimo vinho da foto, levado por este que vos escreve, é um Soffocone di Vinciguata 2007, produzido pelo artista plástico italiano Bibi Graetz (do famoso, e caro, "Testamatta"). O vinho é feito com Sangiovese (80%), Colorino (10%) e Canaiolo (10%), e maturado 12 meses em barricas de carvalho. Meu amigo Vitor, fã e entendedor de vinhos italianos (e outros tantos), havia me dito que bebeu um tempos atrás e achou um pouco pesado. Eu decidi então deixar o meu mais tempo na adega, para beber com 10 aninhos. E me parece que o tempo lhe fez bem. O vinho tinha aromas de cereja preta, chá, tostados e um toque de couro. Em boca mostrou boa acidez e taninos redondos. O final era longo e com um toque de chá preto. Paul e eu gostamos do danado. Considerei o segundo da noite (empatado com o Beronia), só atrás do Gigondas.
E para finalizar, um bordeaux levado pelo Thiago: Chateau Saint-Louis Vieux Galvesse 2011. O nome é grande, mas o vinho não. E é só...rs.


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