Vinho bão nessa reunião da confraria, ocorrida há algum tempo. A primeira foto é do Barolo San Giovanni Gianfranco Alessandria 2008, levado pelo Joãozinho, que o trouxe de viagem por minha recomendação. O vinho, de um ótimo produtor, demorou a abrir e mostrou menos fruta que o usual. Ao nariz trazia aromas de tabaco, couro e notas de funghi secchi e minerais. A fruta era discreta, com notas de morango e framboesa. A acidez, como esperado para um Barolão, era boa, claro, e os taninos pegados. Eu senti falta de mais fruta e notas florais no danado. Mas gostei. Já a Wine Spectator, não gostou nem um pouco, tascando-lhe apenas 78 pontos!
Do lado direito do Barolo um Roquette e Cazes 2011 levado pelo JP. Este já havia pintado aqui no blog (clique aqui), mas na época estava novo. Agora já está mais aberto, com taninos redondos e bom equilibrio do conjunto. Notas de kirsch, framboesa, chocolate e especiarias. Um vinho sempre confiável e no caso, de safra excepcional. Para ser bebido já. À direita dele, no centro da foto, o melhor da noite, fácil, levado por este que vos escreve: Chryseia 2007! Já devidamente arredondado pelo tempo, este gigante do Douro mostra uma bela evolução. Aromas de amoras e cerejas, em meio a chocolate amargo, tabaco, notas minerais e especiarias. Em boca, untuoso, intenso, mas com ótima acidez que lhe aportava frescor. Os taninos eram sedosos e o final longo e terroso. Uma beleza de vinho! Gosto do Chryseia com alguns anos nas costas. Ao seu lado um outro vinho que gosto muito, de grande safra: Quinta do Vallado Touriga Nacional 2011. Este, levado pelo JP, só perdeu (por pouco) para o Chryseia. Vinho de ótimos aromas de cereja e cassis, em um fundo de azeitona preta, alcaçuz e cacau. Em boca, tem ótima presença, acidez correta, mineralidade e taninos finos. O final é longo e achocolatado. Mais um ótimo Vallado Touriga, que sempre agrada. Vinhão! E para finalizar, o vinho levado pelo Caio: Chateau Paul Mas Clos de Mures 2013. Vinho do Languedoc-Roussillon feito com Syrah majoritária e pitadas de Grenache e Mourvédre. É um vinho sem exageros, com boa fruta (framboesa e cereja) em meio a especiarias doces. É leve e desce fácil, sempre. Nota-se um leve amargor no retrogosto. Não é para ser bebido ao lado de vinhos pesados, concentrados, do novo mundo.
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