Fonte: http://www.guarapari.es.gov |
Confesso que há alguns meses tenho pensado em fechar o blog. Não só porque a atividade tem me tomado muito tempo, mas também, porque noto que tenho levado a coisa muito a sério. Aliás, esse é um problema que preciso resolver. Lembro-me quando comecei a jogar tênis com um amigo, em uma quadra no Parque das Águas de Caxambu, durante um congresso (nos intervalos das atividades, claro... rs). Ele e eu apenas jogávamos a bola para o outro lado, sem técnica alguma (que ele não leia esta postagem...rs). Mas a gente se divertia demais. Logo entrei em uma escola, comprei livros, a melhor raquete (cordas do Guga), o melhor tênis, bolas com a melhor (nano)tecnologia etc. Resumo da ópera: Perdi o companheiro de jogo! E parei de me divertir jogando tênis. Em vez de dar risadas, gastar energia para perder a "pochete" e tudo mais, queria agir como um profissional. Que besteira! Aquele meu amigo, que me levou pela primeira vez a uma quadra de tênis, me chamou a atenção quanto a isso, dizendo que eu tinha que fazer as coisas mais por diversão, e que eu não conseguia fazer nada sem ir a fundo na questão. Eu tenho notado que estou fazendo o mesmo em relação ao vinho. Antigamente, quando morava em São Paulo, me divertia indo a lojas no centro da cidade, perto do Mercadão, e comprando algumas garrafas com a grana limitada que tinha. Eu não tinha adegas climatizadas, taças próprias para cada vinho, decanters especiais, saca-rolhas high-tech etc. Tinha a vontade de tomar vinho. No máximo, lia aquela edição especial da revista Gula, com a tradicional lista anual dos melhores vinhos. Mas acho que foi aí o começo de tudo. Lembro de ter fotocopiado a lista dos melhores do ano e levado comigo em visita a uma loja no centro de São Paulo, que eu gostava muito. Ao ver aquilo, o proprietário chileno, deu risadas e me perguntou se eu também era daqueles que tomava vinho com base nas listas de revistas. Hoje, reflito bastante pensando naquele momento. Depois daquilo, vieram os (muitos) livros, revistas (impressas e eletrônicas), listas (e mais listas), Guias (e mais Guias), compras diretamente em importadoras (sem a conversa descontraída com o vendedor), compras pela internet (impessoalidade total), megadegustações, confraria e o blog... Ah, o blog... E com ele, as centenas de acessos diários, a posição entre os mais visitados, os mais relevantes etc. Estava eu novamente envolvido em um grande emaranhado...rs. Para que?
Eu criei o "Vinhobão" apenas para facilitar o registro de vinhos que bebia, sozinho, ou preferencialmente, com meus amigos. Antes, eu retirava o rótulo mergulhando em água quente, colava em uma agenda e escrevia algumas parcas linhas para registrar aquele momento tão especial. E de vez em quando, abria calmamente a agenda para relembrar os vinhos que havia bebido. Hoje, vejo que estou levando a coisa a sério demais, e não era isso que eu pretendia. Quero beber vinho bão, e pronto! Sem complicação!
No entanto, vejo no blog uma coisa muito positiva e que me leva a continuar: Os amigos que ele me trouxe! Alguns, (por enquanto) apenas virtuais, outros, já tive o prazer de conhecer pessoalmente, como o Eugênio, do Decantando a Vida e o Vitor, do Louco por vinhos. Espero logo encontrar outros blogueiros, os quais visito diariamente. Além disso, tem as muitas (mesmo) pessoas que acessam o blog diariamente, e a quem devo respeito. Se passaram por ali por vontade própria, ou por acidente "internético", não importa. Fico feliz em responder cada comentário, da forma mais polida possível. Aliás, fico chateado quando comento em um blog e não tenho resposta. Opa! E eu ía me esquecendo dos meus confrades, que acredito visitem diariamente o blog (visitam? rs).
No entanto, vejo no blog uma coisa muito positiva e que me leva a continuar: Os amigos que ele me trouxe! Alguns, (por enquanto) apenas virtuais, outros, já tive o prazer de conhecer pessoalmente, como o Eugênio, do Decantando a Vida e o Vitor, do Louco por vinhos. Espero logo encontrar outros blogueiros, os quais visito diariamente. Além disso, tem as muitas (mesmo) pessoas que acessam o blog diariamente, e a quem devo respeito. Se passaram por ali por vontade própria, ou por acidente "internético", não importa. Fico feliz em responder cada comentário, da forma mais polida possível. Aliás, fico chateado quando comento em um blog e não tenho resposta. Opa! E eu ía me esquecendo dos meus confrades, que acredito visitem diariamente o blog (visitam? rs).
Bem, mas decidi que vou manter o blog em 2013. No entanto, serei mais light e descompromissado. E quero beber vinho sem neuras, devagar (como eu gosto), sem me importar com que o Parker ou qualquer outra pessoa achou dele... Como se estivesse sentado em uma cadeira, de frente à uma bela praia... Me divertindo...
Feliz 2013 a todos!
Nota pós-postagem: Leiam o belo texto escrito pelo amigo Vitor, do excelente blog Louco por Vinhos.
Nota pós-postagem: Leiam o belo texto escrito pelo amigo Vitor, do excelente blog Louco por Vinhos.