Em uma de minhas últimas postagens mencionei que a última reunião da confraria não tinha sido lá essas coisas. Nem tanto por causa dos vinhos, mas por falta de liga, sei lá... Mas essa de ontem, foi uma das melhores que tivemos esse ano. Isso porque, além dos vinhos serem de ótima qualidade, combinaram muito bem entre si. E não foi nada combinado entre os confrades.
Bem, mas vamos aos belos vinhos...
O primeiro deles foi levado pelo amigo Paolão, e foi um Laurona 2005 de Celler Laurona. Esta vinícola fica em Falset, centro da D.O. Monsant. A vinícola foi fundada em 1999 pelo famoso René Barbier, produtor do grande Clos Mogador, e que atualmente é enólogo da vinícola juntamente com Fernando Zamora. O Laurona é o vinho de entrada da vinícola, e é feito com Garnacha (55%), Merlot (20%), Syrah (15%) e Cabernet Sauvignon (10%). A maturação é feita em barricas de carvalho de 500 litros por 16 meses. É um vinho rico, com notas de frutas negras, florais, chocolate e especiarias, como o alcaçuz e canela. Em boca mostra potência, ótima acidez e mineralidade. É um ótimo vinho, que precisa respirar para mostrar suas qualidades. Valeu Paolão!
O outro espanhol foi levado pelo JP. Desta vez, de Rioja: O Marques de Cáceres Gran Reserva 2004. Vinho de uma ótima safra e de um produtor não decepciona. Tempos atrás consumimos um Reserva 2000 que estava muito bom. Sem contar o grande Gaudium 1994 que mandei ver (clique aqui). Este Gran Reserva mantém a qualidade. É um vinho rico, feito com um corte tradicional de Rioja (Tempranillo, Garnacha e Graciano), e que mostra notas de ameixa bem madura, cereja, tabaco, couro e baunilha. Bem aromático! Em boca, muito sedoso, mostrando frescor e com taninos redondos. O final é longo e especiado. Outro ótimo vinho! O JP mandou ver! Mais um ibérico de primeira!
E agora mudando de país, mas ainda na península, partimos para os portugas. Eu levei um Chocapalha Reserva 2007. Este eu estava curioso para experimentar, pois vinhos feitos por Sandra Tavares da Silva sempre agradam. O vinho, da grande safra de 2007, é da região demarcada de Lisboa (antiga Estremadura). É feito com Touriga Nacional (55%), Tinta Roriz (30%) e Syrah (15%), com fermentação em lagares por 12 dias e maturação em barricas de carvalho francês 90% novas por 20 meses. Apenas 6.800 garrafas foram produzidas. Ao nariz mostra notas de violeta (mas sem exagero), de Kirsch, amoras maduras, chocolate, alcaçuz e baunilha. Em boca, logo após a abertura da garrafa, mostrou potência. No entanto, após um tempo e evolução em taça, mostrou uma sedosidade belíssima! É um vinho muito rico e macio. Elegante mesmo. Mas abra com atencedência e se possível decante, para ver suas qualidades. Não é por que fui eu quem levei, mas estava muito bom!
E para fechar a noite ibérica, um que é figura batida na confraria (do lado bom, claro...), o Quinta do Crasto Vinhas Velhas 2009, levado pelo Tonzinho. Já havia degustado uma tacinha desse 2009 tempos atrás (clique aqui) e estava um pouco fechado. Mas agora, abrindo com atencedência, em uma taçona, o negócio melhorou! Ao nariz, muito aromático, com notas de frutas maduras, kirsch, chocolate e alcaçuz. Em boca, repete o nariz e mostra muita elegância, típica desse belo vinho. O que falar dele? Uma beleza, sempre! Valeu Tonzinho!
Bem caríssimos, essa noite foi excelente: Vinhos de primeira, todos agradando muito. Redenção total!
Veja abaixo a foto da turma reunida...
Veja abaixo a foto da turma reunida...
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