sábado, 2 de junho de 2012

Noite de cachorro grande: Roda I, Pintia, A-Crux, Cheval des Andes, Achaval Bella Vista, Korem, Má Partilha e um Graham's 10 anos para arrematar!

Estou atrasado com esta postagem... O pessoal da Confraria tá reclamando... Então, vamos lá. Na semana passada, na cozinha do Tom, belos assados (como sempre) e ótimos vinhos! A noite foi power de novo! Só belos vinhos. De entrada, o Paulão já mandou ver em um A-Crux Blend 2001, de O. Fournier. Eu já postei aqui sobre o belo 2002, mas este 2001 não fica atrás. Belíssimo vinho, Argentino com alma Espanhola, com  a Tempranillo como majoritária e pitadas de Malbec e Merlot. Um vinhaço! Notas de cassis, cereja em compota e caramelo. Em boca intenso, com final longo e muito sedoso. Quer agradar alguém que gosta de vinho? Dê um A-Crux prá ele. Valeu Paulão! A propósito, o A-Crux é importado pela Vinci
E já que falamos de um Argentino com alma espanhola, vamos migrar para dois espanhóis. E que espanhóis! O primeiro deles foi levado pelo JP: Roda I Reserva 2006. Vinho que passa 16 meses em barricas francesas 50% novas. Rioja com nariz de Ribera. as notas de bala toffee saltavam da taça, em meio à cereja e alcaçuz. Em boca, repetira o nariz e deixava um retrogosto levemente herbáceo e cítrico. Aí sim lembrava um Rioja. Um belo vinho. O Caião achou um pouquinho ralo (eu também), mas um belo vinho. Levou um chinelinho do primo Argentino, ainda mais considerando o custo/benefício, mas é um ótimo vinho! O tempo lhe fará bem (nesse caso, faria...rs). É comercializado pela Expand
E como estamos na Tempranillo, vamos a um Toro. Um Toro de Vega Sicilia, o Pintia 2005, levado pelo amigo Rodrigo. Tempos atrás apreciamos o 2007, que estava ótimo. Mas esse 2005 estava mais arredondado pelo tempo. Potencia e elegância juntos. Notas de frutas escuras maduras, chocolate amargo, alcaçuz e minerais. Em boca, amplo, potente e sedoso ao mesmo tempo. Falar o que? Uma delícia! Valeu Rodrigo! O Pintía é importado pela Mistral
E vamos em frente... Que tal voltarmos à Argentina? Vamos lá, para dois grandes. O primeiro foi um Cheval des Andes 2007 levado pelo amigo Marcelo Marga. Já apreciamos um desses (clique aqui). Bem, e esta garrafa parece que estava melhor ainda. Vinho encorpado, com notas de ameixa, cassis e tabaco. Em boca, poderoso, cheio, com leve madeira no retrogosto. Um vinhão! Só queria tomar um mais velhinho um dia... A gente não aguenta!!! O Cheval pode ser encontrado em vários fornecedores, como o Costibebidas
E seguindo com outro Argentino, um outro de pedigree: Achaval Ferrer Finca Bella Vista 2008. Este eu queria provar faz tempo. E não decepcionou, claro. Vinho potente, cheio de camadas. Notas de violeta, mescladas com alcaçuz, amoras e notas minerais. Vinho amplo, que teria muitos anos pela frente. Imagino ele com 10 anos! Só imagino, por que esse, já foi... Valeu Tonzinho! Só por curiosidade: A Finca Bella Vista é a mais antiga de Achaval Ferrer. Possui apenas 5 hectares com vinhas plantadas em "pé-franco", com mais de 100 anos de idade. Ou seja, é artigo de primeira! Os vinho da vinícola já foram importados pela Expand (que ainda tem umas garrafas), mas agora são importados pela Aurora-Inovini
E daí voamos para Portugal, apreciar um Merlot tradicional da Bacalhôa, o Má Partilha 2009, levado pelo Caião. Bom vinho, com notas de chocolate amargo, frutas negras e pimenta preta. A madeira aparece bastante. Muito novo. Melhorará com o tempo, mas mostra potencial.
Eu levei um italiano da Sardegna, o Korem Isola dei Nuraghi 2004, de Argiolas. Já apreciei esse  2004 e gostei muito (clique aqui). O negócio dele é se um camaleão, e não demos tempo para ele mostrar este lado. Logo ao principio, notas de cassis, groselha, tabaco e chocolate. Acidez perfeita, como se espera de um italiano. Mas ele não pode seguir seu caminho camaleão, pois acabou... Eu gostei muito. O Marga também. A  Vinci importa os vinhos de Argiolas.
E para fechar, um dos Portos 10 Anos que mais gosto: Graham's 10 Anos! Eu gosto muito desse vinho. Este, que é de uma leva diferente do último que apreciei, tinha menos notas amendoadas e mais florais e de groselha. Até a cor era mais escura, mais grená. Lembrava mais a característica de um Nieeport. Muito bom, como sempre! Valeu JP! Welcome home!

4 comentários:

  1. Flavio,
    Não há como ler esse post sem a todo momento dar uma olhada no rótulo das maravilhas que o circundam.
    Conheço o Pintia que, há tempos pasaados, em uma degustação, para mim, venceu o Alion.
    Uma degustação assim acrescenta no mínimo mais uns 05 anos de vida. Garantido!
    Abraço!

    ResponderExcluir
  2. Caríssimo Alexandre,
    Obrigado pelo belo comentário. Realmente foram grandes rótulos apreciados. Divido com você a opinião sobre o Pintia. A mim, ele também impressiona mais que o Alion. Eu ainda não tive a oportunidade de apreciar uma com mais tempo de adega. Acredito que deve ganhar muita complexidade.
    E espero que você esteja certo quanto aos 5 anos a mais de vida!!! rsrs... E que seja apreciando muitos vinhos!!!
    Um grande abraço,
    Flavio

    ResponderExcluir
  3. Flávio,
    coincidentemente, na viagem q fiz a Mendoza na semana passada, provei o Alfa Crux Blend 2003 e o Achaval Finca Bella Vista 2011 (prova direto da barrica).
    Apesar de o Achaval ainda estar na barrica e bem mais novo, encantou mais. Imagino daqui alguns anos como ficará.

    Abs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caríssimo,
      Obrigado pela visita e comentário.
      Esse Bella Vista é um bebezinho! rsrs... Mas ele realmente impressiona, principalmente pela potência e estrutura (é cheio de camadas). Mas eu quero apreciar um desses com pelo menos uns 8 anos de vida, pois aí sim, acho que ganhará em complexidade. O A-Cruz é um vinho mais pronto, que lembra um bom Ribera del Duero, e que dificilmente decepcionará.
      Um grande abraço,
      Flavio

      Excluir