Dias atrás o Tonzinho preparou mais um daqueles seus belos assados, e o JP e eu fomos lá conferir, cada um como uma botella de responsa na bagagem. E o Tonzinho estava lá esperando, com a carne e um chilenão de primeira a nossa espera. Bem, vamos aos vinhos.
Eu levei o Brunello de Montalcino Piccini Villa al Cortile Riserva 2004. Villa al Cortile fica na DOCG de Montalcino, a cerca de 15 km da cidade de Montalcino. É um vinho top da vinícola e que na belíssima safra de 2004, fez muito sucesso. E não é para menos. Apesar de novo, o vinho já mostrava todas as qualidades de um bom Brunello. O vinho foi maturado por 36 meses em barricas novas de carvalho francês e passou 6 meses em garrafa antes de ser comercializado. A sua cor era belíssima, um rubi escuro bem vivo e límpido. Ao nariz, muito complexo, com notas de cereja preta, alcaçuz, café e chocolate. Em boca, muito intenso e surpreendentemente, com taninos muito sedosos para um vinho tão jovem (em se tratando de Brunello). Com o tempo em taça ficava cada vez mais macio e intenso. Uma beleza! Eu sou suspeito quando se trata de Brunellos, mas realmente este mostrava tudo que um bom Brunello tem que mostrar. Que delícia!
O JP levou um Trapiche Gran Medalla Malbec 2006. Cada vez mais os vinhos da Trapiche me agradam. Não teve um que não me agradou, desde o Medalla, até o Iscay e seus Single Vineyards (clique aqui). Este Gran Medalla estava uma beleza! O vinho foi talhado pelo enólogo Daniel Pi, com Malbec de 4 diferentes regiões e maturação por 18 meses em barricas novas de carvalho francês. Um vinho com aromas ricos, sem aquele exagero de fruta madura. Mostrava aromas de ameixa, café, uva passa, cereja preta, tostados e alcaçuz. Em boca, repetia o nariz e mostrava ótima acidez, taninos presentes (doces, sedosos e muito bem integrados) e final longo. Nada enjoativo, pelo contrário, uma taça pedia outra. E foi ganhando complexidade com tempo em taça. Uma beleza de vinho! No mesmo nível (de qualidade e preço) dos Single Vineyards. Muito recomendado!
E para finalizar, o Tonzinho abriu uma garrafa de um vinho que queria muito experimentar, tendo em vista os elogios que lhe são feitos: o Terrunyo Carmenére 2007. Muitos dizem que o Terrunyo é um dos melhores vinhos feitos com esta uva no Chile. Bem, agora tem os caros Carmin de Peumo, Kai e outros na briga, mas em comparação com outros excelentes Carmenére, como o Microterroir de Los Lingues da Casa Silva, ou o Purple Angel, ele fica muito bem na fita. O vinho é feito com Carmenére (85%) do bloco 27, do vinhedo Peumo, com pitadas de outras castas. Sua maturação foi de 19 meses em barricas de carvalho francês (majoritariamente novas e parte com 1 ano de uso). É um vinho que mostra notas de frutas maduras, como a cereja preta, cassis, em meio a chá preto, tabaço e especiarias. Em boca era mineral, amplo e potente, com taninos doces e muito sedosos. Um belo Carmenére, de primeira! Atendeu completamente minhas expectativas!
Bem, foi mais uma daquelas tardes de primeira na cozinha do amigo Tom! E dessa vez, com 3 vinhos impecáveis.
O JP levou um Trapiche Gran Medalla Malbec 2006. Cada vez mais os vinhos da Trapiche me agradam. Não teve um que não me agradou, desde o Medalla, até o Iscay e seus Single Vineyards (clique aqui). Este Gran Medalla estava uma beleza! O vinho foi talhado pelo enólogo Daniel Pi, com Malbec de 4 diferentes regiões e maturação por 18 meses em barricas novas de carvalho francês. Um vinho com aromas ricos, sem aquele exagero de fruta madura. Mostrava aromas de ameixa, café, uva passa, cereja preta, tostados e alcaçuz. Em boca, repetia o nariz e mostrava ótima acidez, taninos presentes (doces, sedosos e muito bem integrados) e final longo. Nada enjoativo, pelo contrário, uma taça pedia outra. E foi ganhando complexidade com tempo em taça. Uma beleza de vinho! No mesmo nível (de qualidade e preço) dos Single Vineyards. Muito recomendado!
E para finalizar, o Tonzinho abriu uma garrafa de um vinho que queria muito experimentar, tendo em vista os elogios que lhe são feitos: o Terrunyo Carmenére 2007. Muitos dizem que o Terrunyo é um dos melhores vinhos feitos com esta uva no Chile. Bem, agora tem os caros Carmin de Peumo, Kai e outros na briga, mas em comparação com outros excelentes Carmenére, como o Microterroir de Los Lingues da Casa Silva, ou o Purple Angel, ele fica muito bem na fita. O vinho é feito com Carmenére (85%) do bloco 27, do vinhedo Peumo, com pitadas de outras castas. Sua maturação foi de 19 meses em barricas de carvalho francês (majoritariamente novas e parte com 1 ano de uso). É um vinho que mostra notas de frutas maduras, como a cereja preta, cassis, em meio a chá preto, tabaço e especiarias. Em boca era mineral, amplo e potente, com taninos doces e muito sedosos. Um belo Carmenére, de primeira! Atendeu completamente minhas expectativas!
Bem, foi mais uma daquelas tardes de primeira na cozinha do amigo Tom! E dessa vez, com 3 vinhos impecáveis.
A turma reunida: Só cachorro grande!!! |
Olha a cor do Brunellão!!! |
Flávio,
ResponderExcluireu tb sou suspeito pra falar de vinhos italianos, mas acho que o Brunello traçou os outros dois com facilidade, não foi?
Abs
Caríssimo,
ExcluirSaudações Cruz-Maltinas!
Bem, vou ter que esquecer que fui eu quem levou e confirmar sua suspeita: Traçou sim! Embora os outros também sejam ótimos vinhos, o Brunellão ficou em outro patamar. E este, em particular, estava muito pronto, como se tivesse bons anos a mais. Uma beleza!
Abraços,
Flavio
Agora sim!
ResponderExcluirFlávio, outra megadegustação! Ê, vidinha mais ou menos, rsrs.
Meu Brunellão morre nesse ano, com todas as merecidas honras. Será o elixir pra alguma 4ª feira chuvosa e monótona. Na mesma hora, ele me transportará pra um domingão de céu azul! Que ótima compra!
Os argentinos elogiam bastante o Medalla Real Cabernet, que está na minha wishlist. E aquele Iscay 2006 já saiu da adega pra sala, ou seja, está com os dias contados. Em breve, dou notícias dele.
O Terrunyo é meu Carmenere de segurança. Na dúvida, puxo uma garrafa e fica tudo certo. Acho que ele se aproxima dos tops, custando a metade (ao menos fora do Brasil). Aqui, tem um dos maiores ágios entre os chilenos, lamentavelmente. Tenho 02 garrafas do 2007 e 01 do 2008, compradas por cerca de US$ 35,00. Ele não costuma evoluir tanto com a guarda, já sai maduro de fábrica. Ainda assim, mantém a qualidade bem por muito tempo, então não preciso ter pressa com ele.
Abs.
Grande Vitor!
ExcluirRapaz, foi boa mesmo... Êta vida dura... rsrs. E o pior é que tava um calorzão danado. Mas abatemos assim mesmo. No entanto, se você for apreciar a sua garrafa do Brunellão em uma 4a feira chuvosa, fria como está esses dias, ficará melhor ainda. Foi uma ótima compra! Você vai gostar! E assim como eu, pode se arrepender se pegou uma garrafa só... Estou aguardando sua postagem sobre o Iscay. Eu gostei muito do 2003. Acredito que o 2006, pela safra, deve estar melhor ainda. Os Trapiches têm me agradado muito.
Caramba, bem que os caras poderiam praticar um ágio menor no Terrunyo, não? Eu gostei bastante do Carmenére. Do que conheço de vinhos feitos com ela, não precisa mais que ele oferece (ainda não consegui apreciar o Carmin de Peumo, e no preço que chega aqui, sem chances...).
Abraços,
Flavio
Bela a cor desse Brunello, Flavio.
ResponderExcluirPelo geito, arrasou.
Cruz-maltinos, hein? Bom, ao menos no meio de semana, contra o galo, os amigos foram rubronegros desde criancinha. Kkk
Mas, vou dizer, vez ou outra sonho com um Terrunyo Carmenere 2004 que bebi no passado.
Dos melhores vinhos já provados. De carmenere, certamente o melhor.
Abraço!
Pois é, Alexandre: O danado tinha uma cor belíssima! Arrasou mesmo.
ExcluirQuanto ao sangue cruz-maltino, agora entendes meu amor também pelos bons vinhos portugueses...rsrs. E como você disse, nesse campeonato de pontos corridos, temos que torcer para o nosso time e secar os outros...kkkk.
Rapaz, o Terrunyo Carmenére é realmente muito bom. Como eu citei, acredito que em termos de Carmenére não é preciso mais. Aliás, toda a linha Terrunyo é muito boa. Mas como disse o Vitor, poderia ter um pouco menos de ágio no Brasil.
Grande abraço!