A vinícola alentejana
Herdade da Mingorra fica a poucos quilometros da cidade de Beja, no Baixo Alentejo. A Herdade divide os 1.400 ha com a Sociedade Agrícola dos Barrinhos e Herdade dos Pelados, e além dos vinhedos, que ocupam 135 ha, a área contém oliveiras, cultura tradicional e floresta. A adega conta com cerca de 2.000 m2 e conta com a assessoria do enólogo Pedro Hipólito. O proprietário da Herdade, Henrique Uva, tem investido também em produtos gourmet. Seus vinhos, por outro lado, são conhecidos por terem ótima qualidade pelo preço. Bem, não é muito o caso deste
Vinhas da Ira 2005, ofertado pelo amigo Paolão. O vinho é topo de gama e seu preço é mais salgadinho. No entanto, a qualidade justifica. O vinho é feito com Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Aragonez e Touriga Nacional, e matura 18 meses em barricas de carvalho francês. É um vinho denso, opulento, de guarda por excelência. Ao nariz mostra notas de fruta em compota (amora e ameixa), chocolate, notas florais e um fundinho de baunilha. Em boca é amplo, denso e com taninos presentes, mas redondos. O final de boca é longo e austero. É um vinho distinto, complexo e próprio para ser guardado em adega por uns anos. Muito bom! Se for bebê-lo, abra com antecedência e decante para aerar. A propósito, os vinhos da Herdade da Mingorra eram importados pela Grand Cru, mas já não mais. Uma pena, pois os dois que bebi do produtor são excelentes, incluindo o
Alfaraz Reserva Branco 2007 e este Vinhas da Ira 2005.
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Texto interessante do contra-rótulo |
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