Nesse domingo à tarde, com o calorzão danado que fazia na geralmente fresca São Carlos, resolvi abrir uma garrafa de vinho branco para refrescar. A idéia foi boa, mas o vinho que escolhi era mais que apenas um vinho refrescante. Foi um Alfaraz Reserva Branco 2007, um alentejano da Herdade da Mingorra, a qual é propriedade de Henrique Uva. O vinho é um varietal, feito com a casta Antão Vaz, e passa 6 meses em tonéis de carvalho em contato com as borras. É um vinho estruturado, rico, de bom corpo e longe de ser daqueles só para bebericar. Ao contrário, pela sua força, é bom também para acompanhar comidas de mais peso. É um vinho de bela cor dourada, com aromas florais, de frutas secas, maracujá, mamão papaya e casca de laranja. Foi ganhando diferentes nuanças com o tempo. Em boca, repetia o nariz, mostrava bom corpo, leve amanteigado e tinha boa acidez, própria para acompanhar comida (Acredito que seria par perfeito para peixes de couro, mais gordurosos). A madeira aparece, mas está bem integrada e não incomoda. Gostei do danado! E se por 68 pilas já tinha um bom preço, pelas 34 pilas que paguei em uma promoção da Grand Cru Ribeirão Preto, ficou melhor ainda! Uma pena que a Grand Cru não esteja mais trabalhando com os vinhos deste produtor, pois os dois que provei são muito bons (logo postarei sobre o seu tinto top, Vinha da Ira 2005).
Nota: Esse é daqueles que meu amigo Eugênio, do Decantando a Vida, começaria a apreciar já pela cor.
Flavio, com certeza a cor dourada dos vinhos brancos, indicando corpo, oxidação, evoluçao me encantam antes mesmo de provar o vinho. Esse exemplar por 34 pilas eu já comprava só pela cor.
ResponderExcluirAbraço
Rapaz, foi uma surpresa quando verti o liquido na taça. Pensei que ia sair um vinho palha, clarinho, e saiu um vinhão douradão e bem rico. Foi uma ótima compra.
ExcluirAbraços,
Flavio