Dias atrás o amigo Carlão me chamou para tomar um vinho em sua casa. Eu resolvi levar um baratinho e que havia tido referências como sendo um bom custo benefício etc. Era o neozelandês Yealands Pinot Noir 2010. Paguei 37 pilas no danado, o que, para um Pinot, é bocada. Claro que tinha que ser bebível, pois sou do pensamento que vinho ruim, é caro por qualquer preço. Chegando lá, o Carlão tinha aberto um chileno de respeito, o Von Siebenthal Reserva Carmenére 2007. Na hora vi que passaria vergonha, pois os vinhos de Von Siebenthal que apreciei até hoje estavam muito bons. O próprio Carlão já havia nos brindado com um grande Montelig 2005 (clique aqui). Bem, mas já que levei, tinha que abrir.
E é claro que o Pinozinho levou um soco na cara do Von Siebenthal. Mas absorveu bem a pancada. É um Pinozinho leve, com boa fruta, uns toquezinhos florais, e pronto! Nada mais que isso. Descompromissado é o adjetivo! E por praticamente o mesmo preço que se paga nos EUA, tá feito o negócio. Não decepciona. Se achar em um supermercado da vida por aí, pode colocar no carrinho que não vai ficar triste. O negócio é que bebemos do lado de um Carmenére parrudo, cheio, volumoso, com muita presença. O danado do Von Siebenthal estava uma beleza. Notas de licor de cereja, ameixa fresca, tabaco, café e couro. E aquele apimentado típico da Carmenére, claro. Eu só queria uma carnona mais condimentada para acompanhar. Seria perfeito. Mais um ótimo vinho de Von Siebenthal. Valeu Carlão! Na próxima levo um melhor de briga para encará-lo...rs.
Nota: Ao que parece, o Pinot Noir engarrafado com o nome Confraria dos Sommeliers é o mesmo produzido pela Yealands. Eu conferi no contra-rótulo e está lá... Assim como o Riesling e o Sauvignon Blanc. Assim, de uma conferida nos preços e leve o mais barato, pois estará levando o mesmo vinho.
Flavio,
ResponderExcluirDia desses tb mandei uns pinots depois de um petit verdot e foi uma surra.
Conclusão minha: ou pinot antes (sujeito à surra mesmo assim) ou só pinot.
Abraço!
Caríssimo Alexandre,
ExcluirConcordo com sua conclusão: Companhia para Pinot, só Pinot! Mesmo que seja um grande, é fácil ser oprimido.
Tenho também uma outra máxima: Barolo não se leva a desgustações - Se toma em casa, tranquilo. A chance de não agradar é grande (e de se fazer uma grande injustiça ao Rei dos Vinhos...rs).
Grande abraço,
Flavio
Flavio,
ExcluirGostei dessa máxima do Barolo (rs).
Aliás, nesse mundo do vinho a gente pode imaginar várias situações que limitam a abertura de uma garrafa ou outra, muitas relacionadas aos convivas.
Saúde!
Sem dúvida meu amigo! Acho que essa é outra coisa legal do mundo do vinho: A arte de eleger a melhor botella para cada ocasião.
ExcluirGrande abraço,
Flavio
Já discutiram o que eu ia dizer... "duela-se" Pinot com Pinot, Cabernet com Cabernet e por aí vai. De outra maneira, é complicado de falar em surra. Foram experiências (boas), nada mais.
ResponderExcluir[]s,
Carlão
Sem dúvida Carlão! Senão podemos cometer injustiças. Mas de qualquer forma, o Von socou mesmo o Yealands, pela maior qualidade, não só pela potência.
ExcluirAbração,
Flavio
Flávio, lendo seu post, bateu uma vontade de tomar um PN neozelandês também. Vou postar amanhã no blog.
ResponderExcluirA propósito, vc já viu o Yealands Estate Pinot Noir à venda no Brasil? É uma linha acima desse que vc provou e costuma figurar em listas de best-buys. Nos EUA, custa entre US$ 15,00 e 20,00. Esteve entre os Top100 da WS em 2010. Se souber onde podemos achá-lo, deixe a dica, ok?
Abs.
Isso aí Vitor! Ainda mais com esse calor, um PN vai muito bem. Eu li na WS sobre o Yealands que você se refere (o Marlborough 2008, não?), mas nunca consegui encontrá-lo. Eu achei este que provei legal (sem surpresas, mas bem justo pelo preço). Eu queria colocá-lo junto com o Casa Marin Pinot Noir, o mais simples, que não passa por madeira. Peguei algumas garrafas dele na Wine tempos atrás por um preção. Mas não está mais lá, infelizmente.
ExcluirAbraços,
Flavio