domingo, 24 de novembro de 2013

Vinhos muito bons na confraria: Esporão Reserva Branco 2012, Schiopetto Pinot Bianco 2007, O.Fournier Spiga 2005 e Quinta do Crasto Vinhas Velhas 2005!

O dia estava quente e a noite prometia não ser muito diferente. Liguei para o Caio e combinamos levar brancos na reunião da confraria. O Caio levou o Esporão Reserva Branco 2012, que ainda não havia sido bebido na confraria. Havíamos bebido o 2011 tempos atrás. Infelizmente, não consegui a ficha técnica do 2012, e prometo atualizar as informações tão logo eu a consiga. No entanto, não acredito que seja muito diferente. O 2011 é feito com Antão Vaz, Arinto, Roupeiro e Semillon, e passa 6 meses em barricas novas de carvalho francês e americano, sobre as borras finas. Meu amigo Idinir me disse que sentiu mais frescor no 2012. Talvez tenha alguma diferença na maturação. Também notei bom frescor neste 2012. O vinho tinha notas cítricas, pêra, maçã e baunilha. Muito gostoso, mesmo! Sempre digo que, na sua faixa de preço, é difícil ser batido. 

O outro branco foi um que levei, do tradicional produtor Mario Schiopetto, da região de Collio, Friuli. O vinho era um Schiopetto Pinot Bianco 2007. Este já é vinho mais austero que o anterior. É vinho sem madeira, com afinamento em tanques de inox, sobre as borras, por 8 meses. O vinho já tinha cor mais escura, dourada e aromas menos frugais. Notas de frutas cítricas, casca de limão siciliano e florais. Um fundinho de levedura também era notado. Em boca mostra ótima acidez e mineralidade. Um belo branco italiano feito com uma uva que é preterida por outras castas mais batidas, principalmente aqui no Brasil, mas que dá ótimos vinhos e com aptidões gastronômicas.
O Paolão levou um Spiga 2005, de O.Fournier. O vinho fica uns degraus acima do mais leve Urban Uco e logo abaixo do Alfa Spiga. O top do produtor é o grande O.Fournier, que só é produzido em safras excepcionais (como esta de 2005). Os vinhos de José Manuel Ortega são sempre muito bem feitos e este não foge à regra. O vinho, da grande safra de 2005, foi feito com 100% Tempranillo e passou 13 meses em barricas de carvalho francês e um ano em garrafa antes de ser comercializado. Ao nariz mostra notas de ameixa madura, café, baunilha e alcaçuz. Em boca é denso, cheio e muito sedoso. Tudo correto. É daqueles sem arestas e que agradam mesmo. Caractertíca de O.Fournier. Um ótimo vinho e que bateu de frente com o outro ibérico descrito a seguir. 

Bem, e o JP não baixou a guarda: Levou um grande Crasto Reserva Vinhas Velhas 2005. Este já apareceu aqui no blog algumas vezes (clique aqui). É um vinhaço e que foi terceiro na lista dos Top 100 da Wine Spectator em 2008. Deu para acompanhar bem a evolução deste vinho ao longo desses anos. O Paolão achou que este estava um pouco na descendente. Eu achei que entrou no platô e que não vai evoluir mais. É clara a diferença em relação ao que bebemos no ano passado, que se mostrava mais firme e com notas minerais. Este levado pelo JP mostrava fruta bem madura, com destaque para a cereja preta em meio a chocolate e alcaçuz.  As notas minerais já estavam ausentes. Os taninos muito redondos, maduros. Estava bom? Claro! Estava ótimo! Mas como eu disse, distinto dos que bebemos anteriormente e com a evolução um pouco adiantada em relação ao que esperávamos. Para mim, especificidade de garrafa. Bem, eu ainda tenho uma garrafa deste 2005 e dará para tirarmos a dúvida. Mas a tendência é que eu não o guarde por muito mais tempo na adega. Está na hora de pintar aquela vertical de 2005 a 2010...rs.
Isso aí!

Ps. Mudei o título da postagem por que dava a impressão de que todos os vinhos eram ibéricos


16 comentários:

  1. Vc esteve aqui em Brasília? Fiquei esperando um contato seu para quem sabe podermos fazer algo enogastronomico. Mas vá bene, espero uma outra oportunidade.Esse 2005 Vinhas velhas 2005 é fantástico mesmo, já tive o prazer de beber... grande abraço!

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    1. Oi Hélio,
      Estive sim. Tentei contatá-lo, mas não tinha como. Bem, mas teremos outras oportunidades, sem dúvida. Eu gostei muito da estadia aí em Brasília. Quero voltar logo, sem dúvida.
      Então, o Vinhas Velhas 2005 é mesmo um vinhaço! Eu só achei que esta garrafa, em particular, teve a evolução acelerada, o que acontece as vezes. Mas não deixou de encantar.
      Grande abraço!
      Flavio

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  2. OK, da próxima vez não escapa, quero te levar para almoçarmos ou jantarmos na Vintange importadora para tomarmos alguns franceses que tenho bebido e que por causa deles não compro mais chileno e argentino...kkkkk

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    1. Combinado, Hélio! Aliás, passei na Vintage do Shopping...
      Abraços,
      Flavio

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  3. Vc passou na franquia, lá quase não tem o que é bom... vou te levar na original, lá o gerente é meu brother e além de tomarmos os vinhos de lá, podemos levar vinhos de outras importadoras tb.

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    1. Ôpa! Combinado! Da próxima vamos ver se dá certo tomarmos uns goles juntos.
      Abração,
      Flavio

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  4. Blz Flávio

    Como vc disse na faixa de preço o esporão é realmente dificil de ser batido (experimentei um de 2009) aff!
    Qto ao castro...só posso dizer que é um vinhaço...e fala a verdade Flávio 8 anos tá no limite para esvaziar...

    Abs
    Orlando

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    1. Oi Orlando,
      É mesmo um vinho de responsa... Então, o Crastro Vinhas Velhas costuma aguentar mais. Eu já bebi um 2003, acho que há um ano, e estava ótimo. E este 2005, me parecia ter mais estrutura e eu pensava que ia aguentar mais. Eu imagino que seja mesmo uma característica da garrafa em particular.
      Abraços,
      Flavio

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  5. Flávio,

    Também sou fã do Esporão Reserva, tanto o branco como o tinto. Este 2012 está bom como sempre, mas eu achei o 2011 mais complexo. Inclusive comprei umas garrafas para ir abrindo.

    Já o tinto da safra atual, 2010, achei que está muito novo, só devo abrir outro em 2015.

    O Quinta do Crasto 2005 eu tomei duas vezes, e achei um vinho já pronto na época. De toda a forma surpreende o cansaço prematuro, esperava que ele fosse mais longe.

    abraços,

    Alexandre/DF

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    1. Oi Alexandre,

      São bons mesmo os danados, né? Então, o Esporão branco 2011 eu só provei, mas lendo uns blogs portugueses tenho notado que estão elogiando muito os brancos de 2011. Agora com sua impressão sobre ele, vou pegar umas garrafas para guardar.
      Também acho que o tinto 2010 está novão. Mas mostra futuro, não? Acho que pegarei umas garrafas e deixarei descansando. Só não sei se tenho a sua paciência para esperar até 2015...rs.
      Quanto ao Crasto 2005, espero que a última garrafa que tenho esteja mais inteira, mas não acho que ganhará com o tempo. No caso deste da postagem, já está começando a perder. Também esperava que ele fosse mais longe. Bebi um 2003 há pouco mais de um ano, e estava perfeito.

      Abraços,

      Flavio

      Ps. Ah, vou te escrever naquele endereço.

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  6. Flávio,

    O Esporão Branco 2011 foi um dos meus "top ten" de 2012, um vinho que realmente surpreendeu. Não sei até que ponto irá melhorar, mas senti certo potencial de evolução. Eu sou realmente um fã, e acompanho estes vinhos da Esporão com regularidade, ano a ano.

    Comprei duas garrafas do PS Branco desta mesma safra, 2011, mas ainda não tomei nenhum (tenho aqui a 2008 ainda). Foi também muito elogiado pela crítica, e pelo que vi do irmão menor deve também surpreender.

    Quanto ao tinto 2010 senti o mesmo potencial, é claramente vinho para guarda, vai nos trazer muita felicidade ainda.

    O Crasto RVV eu pulei o 2006 e 2007 (vacilei), tenho aqui o 2008 e 2009, e devo abrir um já no próximo ano. Os Crasto também são imprescindíveis em termos de custo-qualidade.

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    1. Oi Alexandre,
      Que ótimo saber isso do Esporão branco 2011! Agora ele entrará mesmo na cesta...
      O PS 2011 deve estar demais. E você tem aí perto a Sabores de Portugal, que sempre tem bom preço nele. Recentemente bebi um 2009 que estava uma delícia. O 2012, experimentei em uma degustação da Qualimpor em São Paulo e fiquei impressionado. Lembrava um ótimo Chateauneuf (só que bem mais em conta...rs).
      Concordo com você, os Crasto são bons no quesito custo-qualidade. Embora recentemente o preço deles, principalmente do VV, esteja subindo. Mas é garantia de contentamento, sempre.
      Abraços,
      Flavio

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  7. Flávio,
    Provei o Esporão branco 2011 e achei muito bom. No Angeloni de Londrina, dá pra comprar os PS branco 2011 e tinto 2009 por menos de R$ 300 o par, o que é razoável diante do que se pede por aí.
    Rapaz, o que houve com esse Crasto? Será o Benedito? Ainda nem pensava em abrir minha outra garrafa, mas agora vou apressar os trabalhos!
    Abs,
    Vitor

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    1. Oi Vitor,
      Só agora revi sua postagem sobre o Esporão branco 2011. Na verdade, eu tinha até comentado nela, mas não me lembrava. E sua avaliação para ele foi muto boa. Realmente o par de PS por 300 tá bom. Aqui fica bem mais caro. Na Sabores de Portugal dá prá pegar por volta de 300 a dupla também.
      Então, quanto ao Crasto, eu peguei os meus dois na Wine, logo que abriram a loja (pós Estação..). A garrafa que bebi há pouco mais de um ano estava ótima. Eu não estou com muito medo em relação à segunda, não. Como mencionei, acho que este da postagem teve sua evolução acelerada (embora, como disse, estivesse muito gostoso).
      Eu vou abrir a minha no ano que vem, talvez em uma vertical de 2005 a 2010...
      Abraços,
      Flavio

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    2. Flavio e Victor, comprei o PS branco 2012, na grande promoção de julho da Wine, por R$ 102,00. Falam que o PS branco é dos melhores brancos portugueses, não tenho base para dizer isso, nem de longe. Mas é um excelente vinho, casa, perfeitamente, com um bacalhau alto regado a azeite.

      Quanto ao PS tinto, aqui em Recife ainda se acha por pouco mais de R$ 150,00. Recentemente, provei o 2007: achei excelente. Movido por isso, adquiri as últimas três garrafas dele em uma loja (um supermercado de bairro chamado RM que tem uma oferta de vinhos enorme, incluindo-se alguns bem caros como o Pêra Manca, o Muga Aro, o Malleulous de Sanchomartin e outros. Já comentei sobre ele aqui) pelo preço acima.

      Abs.,

      Roberto.

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    3. Oi Roberto,
      100 pilas pelo PS branco 2012 foi um preção! Pena que eu não peguei, pois este 2012 foi um dos que mais gostei da linha. O PS branco é muito bom mesmo. Mas tem outros brancos portugueses excelentes, como o Redoma Reserva (uma beleza), Quinta da Pellada Primus e os grandiosos brancos do Palácio do Buçaco.
      Abraços,
      Flavio

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