Embora com uma história centenária, L'Azienda Antonelli começou a produzir e comercializar vinhos só em 1979, no coração da DOCG Montefalco (Umbria). As uvas são produzidas de forma orgânica. As principais uvas plantadas na Azienda são a Sagrantino e Sangiovese, mas também plantam algumas de origem francesa, como a Merlot e Cabernet Sauvignon, e as brancas Grechetto e Trebbiano Spoletino.
As uvas para este Sagrantino di Montefalco Antonelli 2000 provêm de vinhedos antigos e de baixo rendimento. O amadurecimento do vinho é inicialmente feito em barris de 500 litros, de tosta leve, e depois em barris de 250 litros por 12 meses, seguidos de 12 meses em garrafas. Não há filtração ou clarificação. Ao ser aberto, o vinho, de cor rubi escura, com bordas avermelhadas, estava um pouco reticente, e demorou a se mostrar. Em boca, idem. Aliás, estava "nervoso", bem secão e herbáceo. Só se revelou depois de uma hora, quando mostrou notas de ameixas e cerejas, em meio a notas herbáceas, café e uns toques de cânfora. Em boca, repetia o nariz e mostrava-se bastante seco (o que mudou um pouco depois de um bom tempo). Os taninos são presentes, o que é típico da Sagrantino. É um vinho temperamental. Mesmo com seus 15 anos, mostrou força. Quem beber logo ao ser aberto pode estranhar. Mas deixando respirar, terá um vinho bastante interessante na taça, e ávido por uma boa carne na brasa ou queijo duro. É para paladares acostumados com italianos. Eu gostei. Foi mais um da seleção de italianos "mais velhinhos" que o Akira adquiriu em São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário