sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Niver do Paulinho: Vertical de Viña Alberdi Reserva!



Aniversário do Paul, que nos brindou com vários vinhos, incluindo uma vertical de Viña Alberdi, da La Rioja Alta. 

A noite começou com um branco: Roquevale Reserva branco 2011, feito com Fernão Pires, Roupeiro e Arinto. O pessoal gostou, mas eu tive minhas reservas. Não é vinho para beber sozinho, e sim, com uma posta de bacalhau. Notas amadeiradas, baunilha e abacaxi. Senti falta de frescor em boca.
Depois, fomos para os tintos, com um Pesquera Crianza 2013, de Ribera del Duero, abrindo a fila. Pesquera sem exagero de baunilha (que às vezes pinta nos vinhos jovens do produtor), cereja, toques terrosos e de ervas frescas. Diferente de alguns anteriores. Muito bom! No nível dos Alberdi que se seguiram. O poder da safra ficou claro na vertical, tendo se destacado os vinhos das reconhecidamente, melhores.

Viña Alberdi Reserva 2005: Tranquilo o melhor da noite. A safra de 2005 foi grande, e refletiu no vinho. Vinho com aromas de cereja, caixa de charuto, madeira velha. Bela estrutura e frescor em boca, com final de tabaco e leve couro. Muito bom! 

Viña Alberdi Reserva 2006: O mais fraco da noite. Aqui também a safra se manifestou. Sem o frescor dos outros. Mais ralo e mais maduro, com notas terrosas ao fundo. Foi geral a constatação.

Viña Alberdi Reserva 2007: Na fruta, lembra o 2005, mas tem menos estrutura em boca. Mas tem bom frescor, acidez cítrica e final condimentado. Abaixo do 2005, mas muito bom também!

Viña Alberdi Reserva 2008: Diferente de todos seus irmãos. Boa fruta (cereja), madura, toques animais (couro). Sedoso em boca, com taninos bem redondos. Menos cítrico que seus irmãos de 2005 e 2007. Mas gostoso também!

Viña Alberdi Reserva 2011: O segundo melhor da noite, na minha opinião. Safra boa! Vinho com bela fruta, cereja e pitanga, notas florais e cítricas, com um fundinho mentolado muito gostoso. Belo frescor e taninos em boca. Ainda com muita força para evoluir. Muito bom!

Para mim, a sequência, decrescente, foi: 2005, 2011, 2007 e 2008 empatados e 2006 na rabeira (mas não que não estivesse bom...rs).

E para finalizar a noite, dois Sauternes (muito gelados, a meu ver - Esqueceram no freezer!). O primeiro foi um selecionado para o restaurante La Tour D'Argent, de Paris. Vinho cremoso, com bom Botrytis, notas de damasco e gengibre. Bem gostoso. Foi muito bem com queijo azul.
O segundo foi um Sauternes Schroder e Schyler 2009. Faltou força nele. Aromas de abacaxi e poucas notas de Botrytis. Em boca, menos doce que o primeiro, mas também, com menos intensidade. Faltou peso...

Noite muito boa, Paul! Gracias e felicidades!



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