Tenho bebido poucos vinhos do Dão - Muito menos que queria, ou até, deveria, pois são vinhos que muito me agradam. Eles têm aromas e gosto de vinho, algo meio difícil hoje em dia...rs. Por outro lado, costumam ter bons preços em comparação com seus balados colegas do Alentejo e principalmente, Douro.
Mas nessa quinta-feira matei a vontade e abri um Quinta dos Carvalhais Colheita 2008. A Quinta dos Carvalhais foi adquirida em 1990 pela gigante Sogrape, e produz belos vinhos no Dão. Este em questão é feito com Touriga Nacional, Trincadeira e Alfrocheiro, com estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês e americano. Tem uma cor rubi bonita e aromas finos de violeta, groselha, amora, baunilha e chá preto. O álcool, no começo, aparece um pouco, mas depois tudo fica mais integrado. Depois de algum tempo em taça vão surgindo notas gostosas de alcaçuz e o vinho remete a vinhos do Rhone. No entanto, em boca é um típico Dão, com acidez vibrante e taninos firmes. Quem não está acostumado, ou gosta de vinhos mais doces, com mais extração, pode estranhar. Eu gosto muito de vinho assim, estilão bem gastronômico. No caso deste colheita, vale a pena decantar porque ele ganha com aeração, e apreciar com uma leitoa à pururuca... Vinho recomendado.
A propósito, eu adquiri o vinho na Mercearia 3M, do amigo Idinir. Sua importadora é a Zahil.
Flávio, muita gente afirma que a safra 2008 no Dão e em Lisboa (Extremadura) foi ainda melhor que a 2007. Na dúvida, sempre que acho uma garrafa perdida, trago pra casa, especialmente se for de Touriga Nacional.
ResponderExcluirTô apostando que vão envelhecer bem. Esse que vc bebeu ainda suportaria boa guarda, não acha?
Abs.
Oi Vitor,
ExcluirBom saber que no Dão a safra de 2008 foi ainda melhor que a grande 2007. Vou ficar de butuca. Uma vez, acho que no Decanter Wine Show, o Sr. Domingos Alves de Souza me ofereceu um Porto 2008, dizendo que para ele, era ainda melhor que os badalados 2007.
Eu também gosto muito da Touriga Nacional do Dão. Como disse, tenho tomado pouca coisa de lá, mas acho que seus vinhos merecem mais atenção. Uma vez peguei umas garrafas do Quinta do Perdigão Touriga Nacional 2001 nas saudosas (mesmo) queimas da Mistral. Não me esqueço desse vinho, que para mim, foi um dos melhores portugueses que bebi.
Esse Carvalhais ainda tem muita vida pela frente, sem dúvida. E eu peguei o danado em uma oferta daquelas pague 2 e leve 3. Comprei com uns amigos e saiu por um preço muito bom.
Abraços
Então, ele bate de frente com o Vinhas Velhas, do Crasto, ou não? Note que "bater de frente", como comentei, está mais para "não fazer vergonha" (rs) do que para atropelar. Eu não defendi que o Colheita atropele o Vinhas Velhas, defendi que dá uma encarada boa. No final, o palpite condiz ou fica aquém?
ResponderExcluir[]s,
Carlão
Oi Carlão!
ExcluirPara mim, ele não passa vergonha frente ao Vinhas Velhas, mas fica na rabeira. É um vinho bom, mais tradicional e menos comercial. O Vinhas Velhas já agrada a todos, com mais fruta, mais sedosidase. É um vinho difícil de ser batido na sua faixa. Acredito que o irmão mais velho do Colheita (o Reserva) pode sim, ser páreo para o Vinhas Velhas. Bem, são estilos diferentes... Mas eu gostei dele sim. E pelo preço que pagamos, gostei mais ainda.
Abração,
Flavio
Complementando, Carlão: O Carvalhais Colheita pode ser encontrado por 8 Euritos em Portugal, enquanto o Vinhas Velhas, 25. Aqui no Brasil é que a diferença estava pequena (na época). São vinhos de faixas diferentes.
ExcluirAbraços,
Flavio
Caro Flavio, estou com uma garrafa 2000 desse mesmo produtor para derrubar. Recentemente provei um Dão Aliança reserva 2001, vinho barato, acho que paguei 30 reais. Fiquei apaixonado pelo estilo, não cansa, né?
ResponderExcluirAbs e saúde
Silvestre
Caríssimo Silvestre,
ExcluirEstou esperando a sua postagem sobre esse 2000, que deve estar uma beleza! Você deu uma boa definição para os vinhos do Dão: Eles não cansam! Realmente! São vinhos com gosto de vinho, e além de tudo, têm bom preço. Preciso beber mais deles...rs.
Grande abraço!
Flavio