Duas semanas atrás, em reunião da confraria esvaziada, fomos apenas 5 confrades. Mas os vinhos foram daqueles...
Eu vou começar por um que ainda não havia bebido e que tinha grande curiosidade para conhecer: Cobos Malbec 2007! Seu irmão "menor" (que não é tão menor assim....rs) Bramare Marchiori 2006, já foi levado pelo JP anos atrás, e agradado demais (clique aqui). Esse levado pelo Tonzinho, que chegou despretensioso na mesa, sem mostrar muito o que trazia, é o grandão...rs. E olha, atingiu todas nossas expectativas. O vinho também é feito com uvas do vinhedo Marchiori, com mais de 80 anos de idade. Passa 18 meses em barricas novas de carvalho francês e é engarrafado sem clarificação ou filtração. Ao nariz mostra uma riqueza impressionante, com notas de figos, ameixas, chocolate, baunilha, em meio a um toque floral, mineral (grafite), especiado e de café. Em boca é opulento, musculoso, cheio de intensidade, mas ao mesmo tempo, elegante ao extremo. Tem ótima fruta mas tudo equilibrado com perfeita acidez e taninos mais que sedosos. É uma explosão! Um soco com uma luva de pelica. Ele acaricia o palato, mostrando uma bela cremosidade. Delícia, delícia, delícia! Paul Hobbs é mesmo um craque. É vinho para competir com grandes do mundo. Bem, também em preço, que é bem (mesmo) salgado. Mas só como informação, seu irmão de 2011 andou ganhando 100 pontos por aí... E este de 2007, faturou 95 da WS. O 2006 ficou em primeiro em uma lista dos 50 vinhos argentinos, segundo Mr. Parker (junto com o Achaval Altamira 2009). Mas independente das notas, trata-se mesmo de um vinho grandioso... E com muitos anos pela frente. Isso aí, Tonzinho!
O nosso amigo Rodrigo, que fechou a noite com histórias maravilhosas, também levou um vinhaço, que há tempos queria experimentar. Era uma grande falha no Curriculum que eu tinha. Mas graças ao Rodrigo, já a preenchi com este belo Mas La Plana Cabernet Sauvignon 2009, do grande Miguel Torres. Este vinho é feito há mais de 30 anos e segundo o próprio site da vinícola, muita gente desconfiava se seria bem sucedido. Um vinho feito com Cabernet Sauvignon na terra da Tempranillo e Garnacha; A garrafa estilo borgonhês e até o rótulo preto causavam desconfiança. Até o exemplar de 1970 se dar bem em uma degustação às cegas em Paris (inclusive frente a um Latour...). A partir daí, o danado foi ficando cada vez mais respeitado. Dizem que mudou um pouco de lá prá cá, mas continua muito respeitado. O vinho é feito com uvas de um vinhedo de 29 hectares em Penedès. É um Single Vineyard, que vai das margens de um rio até as encostas de uma colina. Segundo o próprio produtor, eles têm mais sucesso com as uvas de plantas próximas à colina. O vinho matura 18 meses em barricas de carvalho francês. Tem cor escura e aromas de cereja preta, cassis, pimenta do reino na dose certa, grafite e cacau. Em boca, repete o nariz e muito intenso, mineral, com taninos firmes e um final longuíssimo. Um Cabernet Sauvignon refinadíssimo, perfeitamente apreciável agora, mas com longa vida pela frente. Satisfez todas as minhas expectativas. Gracias, Doc, por tirar esta falha de meu CV...rs.
Eu levei um vinho da vinícola duriense Carm, dos quais sou apreciador. Era um Carm Grande Reserva 2008. Eu gosto do produtor. Sempre fiquei feliz com seus vinhos. Este Grande Reserva é um de seus vinhos topo de gama, e é feito com Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional. Segundo o produtor, procuraram agregar os taninos firmes da Tinta Roriz com as notas de esteva e taninos suaves da Touriga Franca e as notas de frutos silvestres e florais marcadas da Touriga Nacional. Passa 12 meses em barricas novas de carvalho francês. No início ele se mostrou meio discreto, mas depois de pouco tempo começou a mostrar toda a sua riqueza. Ao nariz mostra notas de cereja preta, framboesa, florais e de chocolate. Dá a impressão que se trata de um vinho tendendo ao doce, mas em boca muda a conversa. É amplo, redondo, com fruta madura e acidez na medida certa. Os taninos são muito sedosos e o final é muito longo e especiado, com alcaçuz, canela e noz moscada. Foi conquistando o pessoal a cada taça. Todos gostamos. Destaque para a sua intensidade e equilíbrio. Um ótimo vinho!
O nosso amigo Rodrigo, que fechou a noite com histórias maravilhosas, também levou um vinhaço, que há tempos queria experimentar. Era uma grande falha no Curriculum que eu tinha. Mas graças ao Rodrigo, já a preenchi com este belo Mas La Plana Cabernet Sauvignon 2009, do grande Miguel Torres. Este vinho é feito há mais de 30 anos e segundo o próprio site da vinícola, muita gente desconfiava se seria bem sucedido. Um vinho feito com Cabernet Sauvignon na terra da Tempranillo e Garnacha; A garrafa estilo borgonhês e até o rótulo preto causavam desconfiança. Até o exemplar de 1970 se dar bem em uma degustação às cegas em Paris (inclusive frente a um Latour...). A partir daí, o danado foi ficando cada vez mais respeitado. Dizem que mudou um pouco de lá prá cá, mas continua muito respeitado. O vinho é feito com uvas de um vinhedo de 29 hectares em Penedès. É um Single Vineyard, que vai das margens de um rio até as encostas de uma colina. Segundo o próprio produtor, eles têm mais sucesso com as uvas de plantas próximas à colina. O vinho matura 18 meses em barricas de carvalho francês. Tem cor escura e aromas de cereja preta, cassis, pimenta do reino na dose certa, grafite e cacau. Em boca, repete o nariz e muito intenso, mineral, com taninos firmes e um final longuíssimo. Um Cabernet Sauvignon refinadíssimo, perfeitamente apreciável agora, mas com longa vida pela frente. Satisfez todas as minhas expectativas. Gracias, Doc, por tirar esta falha de meu CV...rs.
Eu levei um vinho da vinícola duriense Carm, dos quais sou apreciador. Era um Carm Grande Reserva 2008. Eu gosto do produtor. Sempre fiquei feliz com seus vinhos. Este Grande Reserva é um de seus vinhos topo de gama, e é feito com Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional. Segundo o produtor, procuraram agregar os taninos firmes da Tinta Roriz com as notas de esteva e taninos suaves da Touriga Franca e as notas de frutos silvestres e florais marcadas da Touriga Nacional. Passa 12 meses em barricas novas de carvalho francês. No início ele se mostrou meio discreto, mas depois de pouco tempo começou a mostrar toda a sua riqueza. Ao nariz mostra notas de cereja preta, framboesa, florais e de chocolate. Dá a impressão que se trata de um vinho tendendo ao doce, mas em boca muda a conversa. É amplo, redondo, com fruta madura e acidez na medida certa. Os taninos são muito sedosos e o final é muito longo e especiado, com alcaçuz, canela e noz moscada. Foi conquistando o pessoal a cada taça. Todos gostamos. Destaque para a sua intensidade e equilíbrio. Um ótimo vinho!
O Caião levou um La Massa 2009, já descrito aqui no blog (clique aqui). Dois anos atrás, quando bebemos, estava fechado. Mas agora já está bem melhor. Como o tempo ajuda bons vinhos... Está ótimo agora! Fruta madura, tostado, tabaco e alcaçuz em nariz e boca. Acidez correta e taninos já redondos. Beleza!
Ih, estava esquecendo o vinho que o JP levou. Bem, melhor esquecer mesmo... Não é Doc? Este ano não tem prá ninguém: JP vai faturar o troféu Yellow Tail!
Ih, estava esquecendo o vinho que o JP levou. Bem, melhor esquecer mesmo... Não é Doc? Este ano não tem prá ninguém: JP vai faturar o troféu Yellow Tail!
Nossa, botaram pra quebrar, desses aí infelizmente soh bebi o Mas La Plana, mas não foi qualquer um foi 2003, aquele do livro.... estava espetacular, depois bebi um 2005 tb muito bom. Aí o preço dele disparou no Brasil, a última garrafa comprei a 140 dilmas hoje eh quase 300. Tenho muita curiosidade com o Cobos e o Carm já bebi todos abaixo e soh não bebi o Grande Reserva por não encontrar aqui em bsb. Grande Abraço, não comento todas as postagens, mas todo dia entro pra ver se tem novidade. Nunca pare por favor!
ResponderExcluirOi Hélio,
ExcluirEu quero muito beber um Mas La Plana mais velhinho. Imagino que este 2003 estava uma beleza... Mas como você disse, o preço está cada vez mais alto. Por 140 dilmas seria uma excelente compra. O Cobos é uma beleza. Mas te confesso uma coisa: O Bramare Marchiori não fica a uma distância tão longa dele. Mas em preço... Quanto ao Carm, eu gosto dos vinhos da vinícola. Também não havia bebido o Grande Reserva, e gostei bastante. Eu comprei a última garrafa na World Wine de Ribeirão Preto, por um preço mais que convidativo.
Espero que se mantenha como um frequentador assíduo aqui do blog. Sua presença é muito importante.
Abração,
Flavio