segunda-feira, 31 de julho de 2017

Gravner Breg 2000, Dominique Laurent Vosne-Romanée 2007 e Escultor 2010

Bebemos estes vinhos em uma noite na qual foram apreciados dois grandes (na verdade, enormes...) borgonheses, que infelizmente, estavam passados. Assim, nem vou mencionar quais eram.

Gravner Breg 2000: Obra do grande Josko Gravner, do Friuli. É feito com Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Grigio e Riesling itálico. O último que não usou ânfora. As uvas foram fermentadas separadamente e afinadas juntas por 3 anos em grandes botti de carvalho da eslavônia. A cor é amarelo escura, devido à fermentação em contato com as cascas, e os aromas de pêssego, marmelo, maçã e mel. Em boca, no entanto, me decepcionou. Para mim, estava cansado, com acidez abaixo do esperado para lhe aportar frescor. Muito diferente de um esplendoroso Gravner Ribolla 2005 que bebi tempos atrás, que mostrava-se vivo e vibrante (logo postarei). Dava para beber? Sim, claro. Mas quando eu lembrava do Ribolla, ficava triste. Uma pena.

Dominique Laurent Vosne-Romanée Vieilles Vignes 2007: Um vinhão do chamado "mágico das barricas". Aromas florais, de cereja preta, terrosos e tostados. Em boca, bom corpo, taninos sedosos e final mineral. Uma delícia de vinho, que evapora ligeiro da taça... Compensou os outros dois borgonheses estragados que nos fizeram chorar.
Este Escultor 2010 foi feito com Trincadeira, Aragonês e Petit Verdot (um pouquinho diferente de seu irmão de 2007). Apenas 3333 garrafas foram produzidas. É vinho feito apenas em algumas safras. Top da alentejana Monte do Pintor. Ao nariz, notas de fruta madura, ameixas e amoras, em meio a baunilha, chocolate e tostado. Em boca, denso, boa acidez e muito sedoso. Destaque para sua maciez e intensidade. Fica degraus acima de seu irmão Monte do Pintor Reserva, que já é muito bom. Vinho dos grandes, que teria bons anos pela frente, o que deveria até contribuir para dar uma atenuada na baunilha. 






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