sábado, 1 de julho de 2017

Harmonium Nero d'Avola 2010, Pulenta VII Gran Corte 2012, Pêra-Grave 2014 e outros...

Da esquerda para a direita... Quinta do Valdoeiro Syrah 2010, levado por este que vos escreve. Vinho frutado, aromas de amoras maduras, baunilha, café e chocolate. Muito redondo em boca, taninos sedosos e toque de especiarias. Levei embrulhado, ninguém acertou, mas todos gostaram. Na primeira impressão o JP acertou ser um Syrah... Mas acabou mudando de opinião e dançou. O mais barato da noite, e brigou com todos, sem nenhum pudor. Syrah da Bairrada... Ótima compra! Do lado dele, um Pulenta VII Gran Corte 2012, levado pelo Paulinho. Vinho denso, feito com Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot e Tannat. No começo, nervoso, mas com um pouco de tempo na taça mostrou complexidade, com um mentolado gostoso. Rico em frutas e fundo tostado. Suplica por uma carne. Novo ainda, e deve evoluir muito bem. Do lado dele, um queridinho da turma: Lindaflor 2010. Mais um 2010 na noite... Levado pelo Caião. Denso, concentrado, Malbec de manual. Notas de ameixa e achocolatadas. Final longo, como sempre. A única coisa é que meu fígado já não tá encarando com tanta disposição sua potencia. A turma gosta muito. Prova disso é que, na mesma noite, o JP também levou uma garrafa do mesmo ano. Liquidação na fronteira dá nisso...rs. O Little John levou um Cuvelier de los Andes Gran Vin 2009. O vinho também é um corte, parecido com o Pulenta. A família proprietária também é dona do Chateau Leoville-Poyferré e Le Crock, em Bordeaux. Tem assessoria do onipresente Michel Rolland. Malbec cortada com Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot e Petit Verdot. Muita fruta madura, estilo Michel Rolland, com notas especiadas, de chocolate e café. Acho que deve estar como vai ficar o Pulenta acima daqui a uns anos. Potencial para aguentar bastante na adega. O Tonzinho levou (de novo) um Campo Viejo Gran Reserva 2010. Bem, o vinho já pintou por aqui (clique). Eu não sou muito fã dos Campo Viejo, mas aqui a safra ajudou bastante. Está bem acertado o vinho. Ufa... Ainda faltam dois. E foram dois que mais gostei, junto com o Valdoeiro. O Thiago levou o Pêra-Grave 2014, feito pela Quinta de São José de Peramanca. É feito com Aragonez, Cabernet Sauvignon, Syrah e Alicante Bouschet, com estagio de 12 meses em barricas de segundo uso. Fruta bonita, fresca, em meio a chocolate amargo. Em boca, bom frescor e mineralidade, com taninos finos e sedosos. Uma delícia de vinho, muito agradável. O de entrada da vinícola, que tem me surpreendido. Logo escrevo sobre o Pêra-Velha Grande Reserva, seu vinho top. E para finalizar, um vinho de categoria levado pelo Paolão: Harmonium Nero d'Avola 2010, da vinícola Firriato. O vinho é feito com Nero d'Avola de três vinhedos únicos, selecionados. Estagia um ano em barricas francesas e americanas. É um vinho muito rico em aromas, com notas de amoras e cerejas, em meio a cacau e ervas. Em boca, boa textura, acidez correta e taninos redondos. É bem complexo e vai mudando com tempo em taça. O toque de ervas e fundo mineral dão um charme ao vinho, que, diferente de muitos exemplares feitos com esta casta, não tem aquele dulçor e concentração que às vezes enjoam. Para quem torce o nariz para a Nero d'Avola, por estes motivo, este é uma ótima pedida. Acompanhamento perfeito para massa com molho vermelho. 
Conclusão da noite: Bebi mais dos mais baratos Quinta do Valdoeiro Syrah e Pêra-Grave. Depois, partindo para os mais caros, destaque para o Harmonium.


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