quarta-feira, 5 de julho de 2017

Sagrantino de Montefalco Arnaldo Caprai 25 Anni 2000: Um gigante!

Sagrantino de Montefalco Arnaldo Caprai 25 Anni 2000: Um super vinho ofertado pelo amigo Akira em seu aniversário! Eu já havia bebido outros Sagrantino, mas não este especial de um dos maiores produtores dele. O vinho demorou a se abrir. Ficou umas duas horas reticente. Mas depois disso, o danado arrebentou. Aromas de cereja preta, alcaçuz, tabaco, café, cacau, defumados e terrosos. Aos poucos foi surgindo um mentolado muito gostoso. Grande riqueza aromática! Em boca, uma explosão: Intenso, denso, carnudo, mas com ótima acidez, taninos redondos, mineralidade e um final interminável. Impressionante! Evolução belíssima nesses 17 anos! Os fãs de Brunellos devem tentar conhecer o poder deste vinho da Umbria. Nesta mesma noite foi aberto um Brunello de ótimo produtor, e o Sagrantino passou em cima sem dó. Vinhaço! Recomendadíssimo! Mas lembre-se de decantar ou beber devagar, deixando o danado mostrar o crescimento em taça. Não é vinho para apressados.

Mas a noite começou com este Domaine du Clos Naudin Vouvray Brut Reserve 2007. Espumante do Vale do Loire, feito com Chenin Blanc, por um produtor tradicional. Cor bonita, bolhas finas, aromas florais, boa fruta e panificação. Bom frescor e cremosidade em boca. Uma prova que não é só em Champagne que são feitos grandes espumantes na França. E também que esse negócio de ficar falando que o espumante brasileiro é o segundo melhor do mundo é precipitado. Além da França, Itália, Espanha, Portugal e até Inglaterra, produzem ótimos espumantes. Claro que temos ótimos espumantes aqui, mas entrar nessa onda de melhor, segundo melhor, terceiro melhor etc, não sei se ajuda.

Teve ainda um americano do Napa Valley, o Orin Swift The Prisoner 2006. Este é feito com um corte inusitado de Zinfandel, Cabernet Sauvignon, Syrah, Petite Syrah, Charbono e Grenache. Vinho complexo, fruta madura, groselha e cereja, em meio a notas de couro, alcaçuz e tostadas. Denso em boca, até um pouco licoroso. Acho que já atingiu o seu ápice. Para fãs do estilo.




2 comentários:

  1. Grande Flavio,
    O Prisoner me chamou a atenção pela muito boa apresentação ( garrafa e rótulo). Ao bebê-lo percebe-se um vinho muito bem feito, com muito bom corpo e persistência. O grande problema para mim foi o excesso de doçura em nariz e boca. Como você mesmo disse, é para quem gosta do estilo.

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    1. Grande Márcio!
      Concordo plenamente com você! Eu bebi um 2008 dele e era idêntico. Bem feito, mas com este excesso de doçura. Acho que é a contribuição da Zinfandel. É daqueles vinhos que a gente bebe uma taça e tá bom, né?
      Abraços,
      Flavio

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