Ontem nos reunimos na casa do Carlão para beber uns brancos. O Carlão abriu um vinho feito pelo mesmo enólogo que produz o ótimo Sol de Sol, Felipe de Solminihac. O vinho em questão era um Alto Las Gredas Gran Reserva Chardonnay 2009, que é feito com uvas de um vinhedo de apenas 1,5 hectares, plantado em 2001, em Perquenco. Não consegui informações sobre tempo de passagem em barricas, o que deve ter acontecido, pelas características do vinho. Ao nariz, mostrava notas de pêra, abacaxi, manteiga e baunilha. Tudo bem equilibrado, sem exageros. Lembrou-me o Amélia. Em boca, repete fielmente o nariz e mostra boa acidez. É sedoso, com um toque até glicerinado. É um vinho de peso, que ocupa um lugar de destaque entre os Chardonnay chilenos. Sem dúvida, vai brigar pela ponta. Aliás, já está brigando. No Guia Descorchados 2011 ganhou 94 pontos e foi eleito o melhor Chardonnay chileno. Gostei dele, que é um vinho muito caprichado, mas confesso para os amigos que ainda prefiro o frescor do Sol de Sol. Mas esta é uma preferência pessoal. Este Alto Las Gredas pede comida e a meu ver iria bem com um peixe em molho cremoso, ou até mesmo, uma boa posta de bacalhau.
Em paralelo, bebemos um Era dos Ventos 2008, já comentado aqui algumas vezes aqui no blog. Levei para os amigos experimentarem, já que ainda não conheciam. Era minha última garrafa. O vinho, brasileiro artesanal feito com a uva Peverella, ainda mostrava aqueles aromas bem marcantes, lembrando carambola e damasco, em meio ao toque apimentado da Peverella. Em boca é que deixou um pouco a desejar. Lembro-me muito bem que repetia bastante o nariz, mas dessa vez, estava mais cansado. Depois de um tempo aberto começou a melhorar, mas já não era aquele vinho de uns anos atrás, infelizmente. Estragado não está, mas já perdeu pegada. Mas continua sendo um vinho diferenciado.
Isso aí!
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