Os vinhos do Atelier Tormentas já apareceram várias vezes aqui no blog. O Pinot Noir, em particular, sempre faz sucesso em nossa confraria. Há pouco mais de um mês, recebi minha compra en primeur de 2012. E nela, veio o Fulvia Pinot Noir Garagem 2012. Estava um pouco apreensivo para abrí-lo, pela idade, mas mandei ver (ainda em 2013). Como diferenças em relação aos seus predecessores, de 2009 e 2011, a garrafa mais "feínha" (mas o rótulo é bonito) e o álcool mais alto, o que se mostrou ao nariz (pelo menos no começo). O senti fechado também, e meio reticente em se mostrar. Mesmo decantando, dando aquela agitada para aerar, o vinho resistia. Só depois de um bom tempo começou a se abrir. Aí, mostrou notas de frutas silvestres, minerais e cítricas. Em boca, tinha boa acidez, mineralidade e taninos firmes. O lado cítrico também estava lá. Comparando com os seus antecessores é, para mim, o mais nervoso e austero. Claramente, precisa de um bom tempo em adega. Acho que pelo menos 2-3 anos. Agora, tá pegado e qualquer impressão pode ser precipitada. Se é bom? Sim! Mas vamos dar-lhe tempo! Vou guardar as outras garrafas na adega.
Até o momento, o meu eleito entre os Fulvia PN ainda é o 2009.
Flavio, meu caro, ainda não provei os famosos vinhos de Marco Danielle. Vi críticas muito favoráveis como as suas; sabendo, contudo, de alguns que não os deram tanta pompa, em especial pelo preço cobrado.
ResponderExcluirSei que é difícil (ou quase impossível) comparar. Mas, em termos de pinot noir, a qual borgonhês você o compara (ou, até mesmo, o equipara)? Algum premier cru ou grand cru famoso de algum produtor não menos importante?
Tenho essa curiosidade.
Abs.,
Roberto.
Caro Roberto,
ExcluirVocê precisa experimentar os Tormentas. Quanto ao preço, eu sempre os compro en primeur, o que deixa os preços mais acessíveis.
Realmente é difícil comparar o Fulvia PN com um borgonhês. Eu nunca fiz uma degustação com eles em paralelo. Vi na internet algumas degustações com inclusão do Fulvia em meio a grandes borgonhas, e com bons resultados para o primeiro. Mas é difícil falar. O que posso dizer é que o vinho foge ao padrão sulamericano e pende muito mais para a borgonha. Dessa última vez que o bebi, foi no dia seguinte de ter bebido um belo PN do Oregon, que para o meu gosto, estava superior (apesar de ser 2 aninhos mais velho, ou menos novo...rs). Esse Fulvia 2012 está muito novo e certamente ganhará com o tempo. Quero bebê-lo daqui a uns 2 anos pelo menos.
Grande abraço,
Flavio
Sinceramente achei o 2012 desequilibrado, até na madeira. O produtor fala em 5 anos de guarda mínima. Esperemos.
ResponderExcluirOi Figueiredo,
ExcluirObrigado pelo comentário. Seja sempre bem-vindo aqui no blog.
Concordo com você! Talvez o tempo lhe faça bem. Vamos esperar. Eu ainda fico com o 2009.
Abraços,
Flavio