domingo, 5 de janeiro de 2014

Clarendon Hills Piggott Range Syrah 2001: Australiano de primeira grandeza!

Ainda em 2013, para comemorar o seu final, o Carlão nos brindou com um Clarendon Hills Piggott Range Vineyard 2001. A noite teve ainda dois outros tintos que foram apreciados em outras ocasiões e que, por isso, nem comentarei: Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003, levado por este que vos escreve (clique aqui) e Peter Lehmann Stonewell 2001, levado pelo Akira (clique). Ou seja, foi noite de grandes vinhos. E nesse caso, nada de ficar elegendo o melhor da noite etc... O negócio é aproveitar as grandes garrafas.
Mas vamos aquele levado pelo Carlão. A vinícola Clarendon Hills fica em Clarendon, sul da Austrália, e foi fundada em 1990 pelo bioquímico (isso aí!) Roman Bratasiuk. A idéia de Bratasiuk: Produzir grandes varietais a partir de vinhedos únicos. E desde então, seus vinhos começaram a ganhar notoriedade e colecionar prêmios. E com isso, obviamente, os preços acompanharam. São vinhos caros. O vinhedo Piggott Range foi plantado em 1965 (ótimo ano!) e é considerado um Grand Cru por Bratasiuk. Segundo ele, os vinhos deste vinhedo começam a se abrir após 15 anos de adega, e têm potencial para 50 anos de guarda. Bem, mas vamos ao 2001. Quando cheguei, a garrafa já estava aberta e os caras já com um fundinho de taça, para "sangrar", segundo eles...rs. Quando coloquei na taça e levei ao nariz, parecia um cofre fechado. Incrível para um vinho de quase 13 anos. Fechadão! Levou mais de uma hora para começar a se abrir. Pecado não ter sido decantado por algumas horas. Mas depois de um tempo, se mostrou um grande vinho. Boa fruta, sem exagero, com notas de amoras e cerejas pretas, em meio a notas florais, chocolate, aniz, alcaçuz e grafite. Com o tempo, foram surgindo muitas notas de especiarias, um apimentado gostoso e sálvia. Lembrou-me o lado especiado de seu conterrâneo Torbreck. É vinho multicamadas! Em boca, denso, mas nada enjoativo, especiado e mineral. O final, interminável. Um grande vinho! E concordo com o produtor: Poderia ter ficado ainda muitos anos na adega. Valeu, Carlão! Vinhaço!

2 comentários:

  1. Que ficar mais tempo na adega que nada... pau nele! (rs)

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    1. Concordo plenamente!!! E isso vale para o 2003...kkkk.
      Abraços,
      Flavio

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