quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Opa: La Rioja Alta 904 2001, Quinta do Carmo Reserva 2007, Herdade do Esporão Touriga Nacional 2010, Colomé Lote Especial Malbec 2012 e Fulvia Pinot Noir 2013

Mais um post bem atrasado, de reunião da Confraria do Ciao ocorrida há algum tempo... (ainda em 2014). E foi uma noite de ótimos vinhos. Algum confrade me corrija caso eu erre a associação vinho-confrade. Vamos lá...

O primeiro da foto (e também da noite...rs) é um La Rioja Alta 904 2001, levado pelo Rodrigo (ou foi o Caião?). Acho que foi o Rodrigo mesmo. Bem, foi a terceira garrafa deste vinho aberta em poucos meses. O JP já havia nos brindado com outras duas (logo vem o post). Aliás, o JP gosta dele. Já nos brindou com um excelente 1998 (clique aqui). E que vinhaço é também este 2001! Bem, eu adoro os vinhos desta safra, que figura entre as melhores dos últimos tempos, junto com 2004 e 2005. Mas os de 2001 me deixam muito felizes. São vinhos incríveis e sem exageros. Como este La Rioja Alta Gran Reserva 904. Que beleza! Aromas deliciosos de cereja, leve baunilha, caixa de charuto, casca de laranja e especiarias. Em boca, amplo, sedoso, com acidez perfeita e final interminável. Vivacidade e finesse! Deixa qualquer um muito feliz. Vinhaço, aço, aço! É outro que virou queridinho da nossa confraria.
Eu levei o Quinta do Carmo Reserva 2007. Bem, tempos atrás bebemos um 2009 que não gostei muito. Mas este 2007 já pintou por aqui e é um vinhão (clique aqui). E me tirou a impressão doce do 2009. E depois de 3 anos em relação à última vez que bebi, o vinho estava ainda melhor. Fruta madura, mas sem exagero, leve toque de baunilha e café com leite. Uma delícia de vinho! Sedoso e amplo. 
No meio da foto, o Herdade do Esporão Touriga Nacional 2010, levado pelo Tonzinho. Este Touriga Nacional era famoso na época das mega degustações da Gula. Sempre estava lá, ocupando lugar de destaque. O rótulo era outro, mas o vinho continua excelente. Obviamente, tem aquelas notas florais características da casta, mas sem exageros. Mostra notas de amora, cacau e grafite. Em boca é fresco e mineral, com final longo e prazeiroso. Uma delícia, sempre. Um Touriga Nacional de livro. Compra certa. 
À direita do Touriga Nacional, o vinho levado pelo Joãozinho, trazido da Argentina: Colomé Lote Especial Malbec 2012. Bem, eu sou suspeito quando se trata de Colomé. São vinhos que eu gosto bastante. Este Lote Especial traz as características dos Colomé: Concentração e fruta marcante, mas sem ser enjoativo. Notas florais e especiarias também dão o tom, em meio a chocolate. Bem gostoso, mas ainda novo. 
E para finalizar, um Fulvia Pinot Noir 2013, levado embrulhado pelo JP. Bem, obviamente, todos acertaram ser Pinot, mas erraram a procedência. Eu gosto muito dos vinhos do Marco Danielle, mas este não me surpreendeu. Eu achei mais maduro que os anteriores, tanto que acabei chutando ser chileno. Para mim, ele pareceu diferente daqueles dos anos anteriores, que tinham um caráter mais inclinado para os borgonheses. Tempos depois o JP abriu um Piratini, que gostei mais, e para mim, lembrava os Fulvia anteriores (logo vem a postagem). Acho que o JP em breve levará os outros (Serena e Monte Alegre). Quero conhecer os estilos deles. Por enquanto, e para mim, no que tange aos da safra de 2013, o Piratini está ganhando a briga.
Isso aí!




4 comentários:

  1. Flavio, cada vez melhor.

    Este La Rioja Alta é coisa de louco. Tomei na Espanha ano passado. E lá custa em torno de 25 euros apenas. Trouxe um 890 1998. Quando achas que deve abri-lo?

    Outra coisa, tomei esses dias um Quinta do Carmo Garrafeira 1987, última safra antes da destruição das vinhas velhas de Alicante Bouschet. O vinho estava coisa de louco, ainda durava fácil uns cinco anos. Das melhores coisas que já bebi, fácil.

    Abs.,

    Roberto.

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    1. Grande Roberto!
      Esse La Rioja Alta é realmente uma beleza! E tem um preção lá na Espanha, né? Se morasse por lá beberia sempre...rs. Fico imaginando o 890...rs. Acho que o 890 98 que você tem já pode ser bebido. O seu irmão 904 de 1998 bebemos tempos atrás e estava no auge. Mas o 904 dizem que é de guarda longa, longa. Você vai resistir? rsrs...
      Rapaz, fico imaginando este Carmo Garrafeira 1987. Raridade total. Para contrariar o pessoal que diz que o vinho português (tirando Barca, Pera Manca etc), não tem guarda longa.
      Abraços,
      Flavio

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    2. Há realmente esse preconceito, Flavio. Coisa besta. Quem fala isso nunca tomou um Mouchão (Colheitas Antigas está aí para provar), um Carmo Garrafeira, como o que falai, um Luis Pato Vinhas Velhas ou algum de Vinhedo. Agora, além de tudo, não tiveram a oportunidade de provar um Buçaco, um Caves São João, estes são longevos até demais heheheh.

      Tomei, ano passado em Portugal, por exemplo, Quinta do Mouro Rótulo Dourado 2000, que ainda tinha muita lenha para queimar mesmo (e veja que o Mouro é feito por um método mais moderno, sujeito, em tese, a menor longevidade), da mesma safra 2000 um Quinta do Cotto Grande Escolha, excelente e com lenha para queimar.

      Por incrível que isso possa parecer, a vitivinicultura portuguesa ainda precisa ser desvendada pelos brasileiros. Sou muito fã dela. Há de tudo, principalmente tradição e diversidade.

      Abs.,

      Roberto.

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    3. Realmente eu não sei de onde tiram que os vinhos portugueses não são longevos, Roberto. Eu já bebi muitos bem antigos e maravilhosos! E você citou alguns exemplos de primeiríssima. Até os mais simples das Caves São João são longevos!
      Você tocou em um ponto bem importante: É preciso mais divulgação dos vinhos portugueses no Brasil. São de uma riqueza impar, e pouco badalados. Também gosto muito deles. Bem, mas se a badalação resultar em aumento de preço (o que geralmente acontece), prefiro que fiquem como está...rs.
      Abraços,
      Flavio

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