Esse é o terceiro exemplar de um vinho de Josko Gravner que eu aprecio. Recentemente apreciei um Rosso 1999, ofertado pelo Akira, e um branco Ribolla 2005, que ainda não publiquei aqui no blog. E fico cada vez mais impressionado com a qualidade de seus vinhos, tanto dos tintos, quanto do branco, que muitos dizem ser "laranja", mas que nem o próprio Josko gosta de designar assim. Mas independente disso, os vinhos Gravner são demais.
Como já mencionei na outra postagem, que tratava do exemplar tinto de 1999, Josko Gravner é um produtor que foge do trivial. O esloveno radicado no norte da Itália, região de Friuli-Venezia Giulia, é mais conhecido pelos seus vinhos "laranja", brancos fermentados por longo tempo em ânforas de terracota juntamente com as cascas e que ganham uma coloração alaranjada com o tempo. São só 18 hectares de vinhedos, sendo alguns, na sua pátria, a vizinha Eslovênia. Sua produção é a chamada natural, com pouca intervenção. Mas embora ele seja até mais conhecido pelos vinhos brancos, ele produz também grandes tintos.
Este Gravner Rosso 2004 vinho é feito majoritamente com Merlot e um pouco de Cabernet Sauvignon. A fermentação é feita em tinas de carvalho abertas, por 21 dias, pelas leveduras das próprias uvas. A maturação ocorre em barricas de carvalho de 200 litros por longos 48 meses. Para preservar as características do vinho, o engarrafamento é feito sem clareamento ou filtração. A produção é pequena, de pouco mais de 3.000 garrafas. Descorchei o danado e vi que a rolha estava perfeita, novinha, pronta para aguentar ainda muitos anos. O vinho tinha uma cor rubi bem viva e brilhante. Ao nariz lembrava muito seu irmão de 1999, com muita riqueza. Notas de cerejas pretas, cassis, café, alcaçuz e minerais. Foi evoluindo e mostrando notas mentoladas, herbáceas e animais. Em boca era seco, com belíssima acidez e mineralidade. Nada de peso e superextração. Mostrava intensidade, mas muita elegância, com destaque para sua grande clareza e final que não acabava nunca (assim como a vontade de beber mais uma taça). Um vinho sensacional! No ano passado, quando bebi o 1999, comentei que foi um dos melhores do ano. Agora, ao beber o 2004, repito o comentário. Se tiver a oportunidade um dia, experimente um Gravner tinto. Dificilmente alguém não ficará impressionado com a sua grandeza. Este vinho teve um detalhe que o deixou ainda mais especial: Foi presente de minha irmã mais velha, que o trouxe da Enoteca Costantini, de Roma. Ficou preocupada se eu iria gostar...rs. Obrigado, Daínha! Acertou em cheio no presentão!
Como já mencionei na outra postagem, que tratava do exemplar tinto de 1999, Josko Gravner é um produtor que foge do trivial. O esloveno radicado no norte da Itália, região de Friuli-Venezia Giulia, é mais conhecido pelos seus vinhos "laranja", brancos fermentados por longo tempo em ânforas de terracota juntamente com as cascas e que ganham uma coloração alaranjada com o tempo. São só 18 hectares de vinhedos, sendo alguns, na sua pátria, a vizinha Eslovênia. Sua produção é a chamada natural, com pouca intervenção. Mas embora ele seja até mais conhecido pelos vinhos brancos, ele produz também grandes tintos.
Este Gravner Rosso 2004 vinho é feito majoritamente com Merlot e um pouco de Cabernet Sauvignon. A fermentação é feita em tinas de carvalho abertas, por 21 dias, pelas leveduras das próprias uvas. A maturação ocorre em barricas de carvalho de 200 litros por longos 48 meses. Para preservar as características do vinho, o engarrafamento é feito sem clareamento ou filtração. A produção é pequena, de pouco mais de 3.000 garrafas. Descorchei o danado e vi que a rolha estava perfeita, novinha, pronta para aguentar ainda muitos anos. O vinho tinha uma cor rubi bem viva e brilhante. Ao nariz lembrava muito seu irmão de 1999, com muita riqueza. Notas de cerejas pretas, cassis, café, alcaçuz e minerais. Foi evoluindo e mostrando notas mentoladas, herbáceas e animais. Em boca era seco, com belíssima acidez e mineralidade. Nada de peso e superextração. Mostrava intensidade, mas muita elegância, com destaque para sua grande clareza e final que não acabava nunca (assim como a vontade de beber mais uma taça). Um vinho sensacional! No ano passado, quando bebi o 1999, comentei que foi um dos melhores do ano. Agora, ao beber o 2004, repito o comentário. Se tiver a oportunidade um dia, experimente um Gravner tinto. Dificilmente alguém não ficará impressionado com a sua grandeza. Este vinho teve um detalhe que o deixou ainda mais especial: Foi presente de minha irmã mais velha, que o trouxe da Enoteca Costantini, de Roma. Ficou preocupada se eu iria gostar...rs. Obrigado, Daínha! Acertou em cheio no presentão!
Nota: Como os leitores podem ver, mudei o título da postagem e também tirei uma frase que falava do uso de adjetivos para vinhos. Fiz isso por que um leitor anônimo reclamou, dizendo (entre outras) que eu já havia dado o meu recado em relação a isso. Concordei com ele, apesar de achar que faltou elegância em seu comentário. Por este motivo, e por ter comentado como anônimo, dei-me o direito de não publicar o referido.
No entanto, concordo que vinhos com preços "salgados" têm obrigação de agradar. Talvez eu passe a publicar apenas sobre vinhos de preços mais palatáveis e que agradem, incentivando o seu consumo. Mas aí, como privar da leitura aquelas pessoas que gostam de ler sobre grandes vinhos? Pensarei sobre o tema...
Por outro lado, devemos sempre considerar que vinhos que custam uma fortuna aqui podem ser encontrados a preços justos fora (ou então adquiridos em promoções - quando elas são verdadeiras). Assim, é sempre bom ter dicas sobre eles, para que em uma oportunidade, coloquemos na cesta.
No entanto, concordo que vinhos com preços "salgados" têm obrigação de agradar. Talvez eu passe a publicar apenas sobre vinhos de preços mais palatáveis e que agradem, incentivando o seu consumo. Mas aí, como privar da leitura aquelas pessoas que gostam de ler sobre grandes vinhos? Pensarei sobre o tema...
Por outro lado, devemos sempre considerar que vinhos que custam uma fortuna aqui podem ser encontrados a preços justos fora (ou então adquiridos em promoções - quando elas são verdadeiras). Assim, é sempre bom ter dicas sobre eles, para que em uma oportunidade, coloquemos na cesta.
Caríssimo Flávio, penso que vc sempre faz uma grande favor a nós que apreciamos o vinho. Fico muito feliz de teres voltado a publicar suas impressões e opiniões sobre o tema, impressões que são via de regra meus guias para compra, sem um erro até o momento. Infelizmente vivemos em um país que nem todos podem comprar os vinhos de alta gama, boa parte de suas postagens me deixam apenas com a vontade, mas são altamente relevantes por tratarem do vinho como um todo, a forma como explicas e descreves os vinhos bebidos, pelo menos a mim, deixa a impressão de ter bebido tb... grande abraço e grandes vinhos amigo!!!
ResponderExcluirCaríssimo Hélio,
ExcluirMuito obrigado pela mensagem, meu amigo! A sua visita e comentários sempre me deixam muito felizes. Quem visita o blog sabe que, embora ele contenha na maior parte das vezes, vinhos tops, eu fico muito contente quando posso comentar sobre um vinho de bom preço e de boa qualidade. Eu tenho a felicidade de ter confrades que sempre levam vinhos grandes (e com os quais me junto para comprar vinos mais caros). Bem, todos viajam sempre e trazem as malas cheias de vinhos bons. Eu, viajo as vezes e tenho alunos e colaboradores que sempre me trazem vinhos de fora. Por outro lado, sempre ficamos de olho em promoções de verdade para comprar vinhos que não compraríamos a preços normais. Todos sabemos que comprar vinho no Brasil é um grande desafio. Mas dá para achar de vez em quando coisas boas a bons preços. Quer ver uma oportunidade? Entre no site http://www.momentodovinho.com.br/sale e veja a promoção que estão fazendo. Os brancos de Barmes Buecher são incríveis! O Vadoeiro Syrah, por 68 Reais, é uma belíssima compra. O Porto Vintage Duorum Vinha do Castelo Melhor 2008, por 89, é mais barato que no exterior, e é um grande vinho. Esses são apenas exemplos... O que me deixa alegre mesmo é quando bebo um belo vinho comprado a bom preço.
Bem, meu amigo, eu estou aguardando mesmo é o dia em que poderemos sentar e tomar umas belas taças juntos. Já o fiz com alguns amigos do blog. Falta você!
Um grande abraço,
Flávio
Será um prazer meu caro! Se vier a Brasília novamente não exite. Falando em dicas vou deixar a minha Chianti Castello di Volpaia Riserva. Numa degustação às cegas que fizemos no restaurante Francisco, com a presença de seus sommeliers e outros grandes apreciadores de vinho, cuja o tema era Brunello, Rosso ou Chianti, esse vinho foi eleito o melhor, com um pequeno detalhe, ninguém acertou que era chianti, todos disseram se tratar de um grande Brunello.
ResponderExcluirOpa! Valeu a dica! Quero beber um dia esse Volpaia! Vendem na Winemeup, né?
ExcluirAbraços,
Flavio
Valeu pela dica da promoção, Flávio. Não conhecia esse site. Vou ficar de olho daqui pra frente. Seria ótimo ter notícias sobre promoções como essa aqui no blog. Abraço.
ResponderExcluirOi Felipe,
ExcluirNa medida do possível, colocarei no blog algumas dicas. É que geralmente, acabam logo os vinhos. Quando sai a postagem já foi...rs. Mas sempre que der publicarei algo.
Abraços,
Flavio