A Mercearia 3M, do amigo Idinir, promoveu uma bela degustação esta semana em parceria com a importadora Cantu. Tudo estava excelente. Além dos vinhos, à vontade (como sempre - uma marca do Idinir), belos queijos, frutas e uma pasta muito boa. Quero destacar alguns vinhos dentre os vários degustados.
Do Chile, os vinhos da Ventisquero estavam muito bons, com destaque para o Grey Carmenére 2007 (bom representante da cepa); o Vértice (corte de Carmenére e Syrah), muito elegante, e o top Pangea 2006, um Syrah 95% e 5% Cabernet. O Pangea é muito bom, mineral, com notas de groselha madura,cacau, leve apimentado e baunilha.
Da Argentina os vinhos de Susana Balbo mostraram a regularidade da vinícola. Os Ben Marco são muito bons, mas eu destaco dois excelentes custo-benefícios: O Crios Syrah/Bonarda 2008 e o Dominio del Plata Malbec/Cabernet Sauvignon 2009. Este último, feito com 55% Malbec, 40% Cabernet Sauvignon e 5% Merlot, tem boa complexidade pelo preço e é muito macio, talvez resultado do estágio em barricas de carvalho americano de segundo uso (além do carvalho francês novo).
Ainda nos sul-americanos, não posso deixar de citar os vinhos da vinícola uruguaia H.Stagnari. Seus vinhos foram apresentados por sua proprietária, Virginia Stagnari, que é uma pessoa muito simpática, alegre e que fala com entusiasmo de seus vinhos, e com razão. A H.Stagnari é uma vinicola boutique que produz vinhos muito premiados. Eu gostei de todos. O Dayman 2003 é muito elegante e já está redondinho; o top Dinastia 2006, que tem outras variedades além da tannat, é complexo e deve melhorar nos próximos anos, mas o que mais me agradou foi o Tannat Viejo Stagnari 2007. Um vinho redondo, sedoso, com boa fruta e notas de chocolate e baunilha na medida. Um vinho muito premiado e que tem um excelente custo-benefício. Já havia provado exemplares dos anos de 2004 e 2005 há algum tempo atrás, e gostado muito. Este 2007 deve envelhecer muito bem. Acompanhamento perfeito para um belo churrasco.
A Itália estava muito bem representada. Foram muitos os vinhos. Eu destaco um de bom custo-benefício da Vigne a Porrona, o Sangiovese Montecucco 2008, um corte de 80% Sangiovese, 15% Petit Verdot e 5% Alicante, muito bom para seu preço. Vinho com boa fruta, notas florais e um tostado gostoso. Perfeito para massas e deve ser bom parceiro para uma pizza. Subindo alguns degraus, gostei muito também do Brunello La Poderina 2005. Possui notas florais e de chá (tangerina), com bom frescor e elegância. Ainda está novo, mas já pode ser bebido após decantação. O Idinir tem o 2004 na Mercearia, que deve ser ainda melhor, pela safra. Gostei também do Nemorino 2007, de I Giusti & Zanza, um corte de Syrah 60%, Sangiovese 30% e Merlot 10%. Vinho floral, fresco, alegre e de bom custo benefício.
Para terminar, gostei dos portugueses. O Ciconia Reserva 2008 estava muito bom, com notas minerais, boa fruta e notas de couro e especiarias. Mas ainda está novo, devendo melhorar em 1 ou 2 anos. E não poderia deixar de citar os vinhos da Quinta do Vallado. O normal, 2008, é muito bom (embora a madeira apareça um pouco demais para o meu gosto), mas o Vallado Reserva 2006 estava uma delícia. E olha que nem foi a melhor safra dele (o Reserva 2007 foi número 22 nos top 100 da WS em 2010, com 96 pontos! E é uma maravilha.). Este 2006 tem notas de groselha e cereja (kirsch), mescladas à notas de madeira bem agradáveis. É um vinho cremoso, e com final longo. Vallado Reserva é sempre aposta certeira! Parabéns pelo evento Idinir!
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