sexta-feira, 30 de maio de 2014

Carmelo Patti e Passionate Wine: Destaques no Encontro de Vinhos de Ribeirão Preto

Nesse último Encontro de Vinhos em Ribeirão Preto apreciamos ótimos vinhos. Mas estou fazendo esta postagem em separado por que se tratam de vinhos especiais. Alguns deles já são conhecidos aqui no blog, os de Carmelo Patti. Mas os outros, da Passionate Wine, projeto pessoal do irriquieto Matias Michelini (Zorzal), eu ainda não conhecia. E me agradaram bastante. Bem, mas vamos aos Carmelo Patti. O simpático e atencioso Sebastian, da Neve Wines, nos serviu com entusiasmo o Carmello Patti Cabernet Sauvignon 2005, que eu já havia apreciado tempos atrás, mas muito rapidamente (clique aqui). Desta vez deu para apreciar o vinho mais tranquilamente, e confirmar a sua ótima qualidade. Vinho distinto, com notas de cerejas maduras, ameixas, tabaco e especiarias. Em boca, ótima presença e taninos levemente arenosos. Uma beleza! Se você ainda não conhece, tem que ir atrás.
O Carmelo Patti Malbec 2007 também é muito bom, sem aqueles traços meio enjoativos da maioria dos vinhos argentinos feitos com esta uva. Tem um fundinho especiado, terroso e animal bem legal. Ele andou ganhando muitos elogios por aí, inclusive, foi eleito melhor vinho argentino pelo Descorchados 2012, o que é um ótimo reconhecimento. Mas eu ainda prefiro o Cabernet...
E depois de apreciar os vinhos do Sr. Carmelo, passamos para os vinhos de Matias Michelini, enólogo irriquieto e que tem ganhado muitos elogios pelos seus vinhos. Comecei pelo Montesco Punta Negra 2012, um Pinot Noir bem diferente, que para mim, se destacou. Segundo Sebastian, ele matura em grandes tonéis de 1.500 litros, de 1948 (se me lembro bem...). É um vinho sem muita extração, sem exageros, com notas de cereja seca e framboesas, em meio a notas terrosas e especiadas. É leve, delicado e muito agradável, pedindo sempre uma outra taça. Este vamos apreciar de novo. Gostei muito!
Daí passei para o Montesco Parral 2012, um corte de Malbec, Cabernet Sauvignon e Bonarda (40:30:30), com passagem de 12 meses em barricas de carvalho francês e americano. O vinho é denso, com fruta madura,  notas minerais e especiadas. A baunilha aparece em meio a notas tostadas. Lembrou alguns bons exemplares americanos. É muito sedoso em boca. Está novo ainda e deve ganhar com algum tempo de adega.
Mas eu gostei mais do seguinte, que era o Demente 2012 (foto abaixo), um corte de Malbec e Cabernet Franc. É um vinho mais pegado, mineral e com aquele toque especiado da Cabernet Franc, que eu tanto gosto. Um ótimo vinho! Faturou 93 pontos do Mr. Parker e 94 pontos no Descorchados 2014. A ser conhecido. É outro que deve ganhar complexidade com um tempinho descansando.
E para finalizar, o Montesco Agua de Roca 2013, um Sauvignon Blanc de baixo teor alcoólico (9%), bastante cítrico e com muita mineralidade (daí o nome). Um vinho bem diferente e que pede comida. Como disse meu amigo Vitor, do saudoso Louco por Vinhos, é vinho diferente, que pode causar estranheza a paladares menos rodados. Realmente, diferente. 
Bem, gostei dos vinhos apreciados no estande da Neve Wines. Os Carmelo Patti, sempre muito bons, e os de Matias Michelini, que eu não conhecia, me surpreenderam. Espero que logo estejam no Brasil.
Eu e o Demente... Foto emprestada do Face da Neve Wines - tirada pelo Sebastian


Nenhum comentário:

Postar um comentário