quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Decanter Wine Day em Araraquara: Ótimo evento organizado pelo Empório Basílico!

Tempos atrás fui a Araraquara participar de um evento organizado pelo Empório Basílico, com vinhos da importadora Decanter. O evento foi muito bem organizado e tinha ótimos vinhos. Bons espumantes, boa lista de brancos e muitos tintos de várias nacionalidades. Eu gostei de muitos, mas para não me estender muito, destacarei alguns. A primeira foto é de um branco borgonhês que gostei muito: Santenay Comme-Dessus 2011, do Domaine Roger Belland. O vinho tinha aromas de pera e maçã, em meio a toques amendoados, leve baunilha e minerais. Em boca mostrava ótimo frescor e mineralidade, com final amendoado. Muito gostoso! É daqueles que a gente mata a garrafa e nem vê.
Nos espumantes, meu destaque vai para o Ferrari Maximun Brut e para o português Skuadro Kompassu 2011. O primeiro, muito elegante, fresco e com boa cremosidade. Uma demonstração da qualidade dos espumantes italianos e do produtor renomado. O segundo, fresco, boa presença e mais seco, como costumam ser os espumantes bairradinos. O brasileiro Lírica Crua, da Vinícola hermann, é para paladares que gostam de apreciar coisas diferentes. Ele não passa por degourgement, e as leveduras ficam na garrafa. Eu gostei.
Na foto acima, destaco também o Alambre 2010, um ótimo Moscatel de Setubal de José Maria da Fonseca. Doce de laranja da terra, damasco seco e tabaco se destacam em um vinho com dulçor equilibrado por ótima acidez. Levei prá casa na hora! Nota: Bebi depois de um ano e me deliciei!
Nos tintos, muitos vinhos de qualidade. Mas eu queria destacar três.
O primeiro é o J de José de Sousa 2011. O vinho é feito com Grand Noir, Touriga Francesa e Touriga Nacional. As uvas são maceradas com pisa a pé e o vinho fermenta em antigas ânforas da Adega José de Sousa. É maturado em meias-pipas de carvalho francês, por 14 meses. Menos de 5.000 litros foram engarrafados. Tem aromas de ameixas em compota, amoras, chocolate e especiarias doces. Em boca destaca-se pela intensidade e sedosidade. É muito elegante e de grande persistência. Um vinhão! Pode ser bebido agora ou guardado por bons anos. 
Outro vinhaço que gostei muito foi o Arzuaga Reserva 2006. Bem, o produtor é excelente, e o vinho estava uma delícia. Aromas de cereja preta, tosta e alcaçuz. Em boca, grande presença, bom frescor, taninos redondos e final muito longo. Uma beleza! 
E para fechar o trio, um Cellole Chianti Clássico Gran Selezione 2010, de San Fabiano Calcinaia (foto abaixo). É um Chianti da nova classificação, e que se destaca por aromas e paladar com algum exotismo. Tem aromas florais, de cereja preta e terrosos. Em boca mostra frescor e mineralidade. Um ótimo vinho que deve evoluir muitíssimo bem em adega, mas que já pode ser abatido. 

Bem, teve muita coisa, até mesmo que não fotografei. Mas acho que já dá para notar que o evento foi bem legal. Não perderei o próximo! Parabéns, Rodrigo!



2 comentários:

  1. Grande Flávio, pela primeira vez uma postagem só com vinhos que conheço de longa data e pela primeira vez vou discordar de você. O J pra mim é muito comum, muita propaganda pra pouca coisa, achei o conde de Vimioso mais expressivo, quanto aos outros dois concordo plenamente o Cellole é muito bom, bebi algumas garrafas dele ao longo desse ano e tenho uma guardada pra experimentar daqui há um ou dois anos e os Arzuagas são fantásticos, o crianza já sensacional, o preço é que machuca o coração. Grande abraço!

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    1. Grande Hélio!
      Não tem problema nenhum discordar, meu amigo! Vinho é isso aí! Você citou um que não bebo há tempos, o Vimioso. Costumava beber quando ainda era da outra importadora. Realmente um ótimo vinho, principalmente o Reserva. Também, feito por João Portugal Ramos era de se esperar coisa boa. Quanto aos outros citados, o problema é mesmo o preço, que dá uma machucada. Se os Arzuaga fossem um pouquinho mais baratos, frequentariam mais minhas taças...rs.
      Grande abraço!
      Flavio

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