sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Poggio Granoni 2006, M.O.B. 2011, Quinta do Perdigão Alfrocheiro 2007, Erasmo 2009 e Gran Tarapacá Etiqueta Azul 2012

Noite boa da confraria. O Thiago levou um toscano, o Poggio Granoni 2006, da vinícola Castello di Farnetella (Felsina). A propriedade fica na DOCG Chianti Colli Senesi. É um corte de Sangiovese (70%) e quantidades iguais de Cabernet Sauvignon, Syrah e Merlot, com maturação por 12 meses em barricas de primeiro e segundo uso. Tem aromas muito límpidos de framboesa, pitanga, tabaco, café e toques minerais. Acidez vibrante e taninos sedosos. Fundo levemente apimentado. Um belíssimo vinho! Valeu, Thiagão!
O Caião levou um ótimo Quinta do Perdigão Alfrocheiro 2007. Sou fã dos vinhos do Dão, e muito da Perdigão. Sempre lembro de um Touriga Nacional 2001 que bebi, que deixou saudades. Este Alfrocheiro estava também ótimo. Aromas vegetais, folhas secas, em meio a fruta bem dosada. Em boca, mais seco e com toques vegetais, que lhe davam uma característica mais gastronômica. Um estilo mais austeror, até com certa rusticidade (que eu gosto). Não é vinho para ser bebericado, e sim, para acompanhar comida. Gostei muito!
O JP (se não me engano) levou um que queria conhecer, o Gran Tarapacá Etiqueta Azul 2012. É um vinho feito apenas em colheitas que a vinícola considera excepcionais. Ele tem algo no blend que eu gosto: Cabernet Franc! Ela é majoritária no corte, sendo 29% de Las Pircas e 14% de Hacienda Chada, ambos no Alto Maipo. O vinho tem ainda 21% de Cabernet Sauvignon de Mirador e 15% de CS de Vial. O corte se completa com 21% de Syrah. É um vinho muito rico, tanto ao nariz quanto em boca. Tem aromas de frutas silvestres, cereja preta, baunilha, picância na medida, algo tostado e mineral. Em boca é amplo, volumoso e muito equilibrado. Nada de exageros aqui. O final de boca é longo e levemente achocolatado. Um ótimo vinho, com grande potencial de guarda. Seu irmão Etiqueta Negra também gosta de uma adega. Mas eu gostei ainda mais deste Etiqueta Azul. Tendo chance, experimente. Pode ser encontrado a preço justo.
Eu levei outro chileno, que gosto muito: Erasmo 2009. Nesta safra ele deu uma fugidinha em relação àquele corte clássico bordalês característico, e incluiu uma pitada de Syrah. O corte final tem 60% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot, 10% Cabernet Franc e 5% Syrah. A maturação é por 18% meses em barricas e mais 12 em garrafa. A cor continua bonita, rubi, brilhante. Ao nariz, notas de amoras, cassis, leve apimentado e um mentoladinho que vai surgindo com o tempo em taça. Em boca, repete o nariz, mostra boa acidez e taninos redondos. O final é longo e especiado. Mais uma vez, um Erasmo que mantém a sua qualidade e boa relação custo/benefício.
E para fechar, o Paulinho, Rei dos Portugueses, nos brincou com um replay de um belíssimo M.O.B. 2011, já apresentado aqui. Mas só lembrando, o vinho é produto de um projeto de 3 grandes enólogos portugueses na região do Dão, mais especificamente, na Quinta do Corujão: Jorge Moreira, Francisco Olazabal e Jorge Serôdio Borges. Como eu perguntei na outra postagem: Precisa dizer mais? Este vinho mostra grande elegância, aromas de framboesas e amoras, em meio a especiarias doces. Em boca possui ótimo frescor e sedosidade. Perfeito agora, mas deve ganhar ainda mais complexidade com algum tempo de adega. Pode repetir quantas vezes quiser, amigo Paul! Eu, pelo menos, ficarei muito feliz!
Isso aí!





Nenhum comentário:

Postar um comentário